Enquanto buscamos destaque em novas áreas, deixamos de lado nossas raízes e criamos um exército de excêntricos sem essência. Pessoas programadas para sorrir das mesmas piadas, que de tanto buscar um diferencial acabaram num processo de massificação. Até em nossas revoltas somos facilmente enquadrados em algum grupo já determinado. Isso tanto acontece por excessivas e desnecessárias delimitações quanto pela nossa necessadidade já inconsciente de integrar algum clã. Condicionamos nosso raciocínio a se limitar e fechamos a porta na cara das oportunidades de desenvolvimento, individual ou mútuo. Mesmo minhas palavras oriundas de um privilegiado conjunto léxico se tornam mesmices quando repetidas sem contexto, visando apenas impressionar. A vida não é isso. Extrapolar limites deixa de ser uma violação e acaba se tornando uma obrigação nesse mundo tão orientado a restrição. Liberdades aparentes não convencem nem satisfazem o ego daqueles que tem a mínima noção do que é ser livre. É um pecado associar essa expressão a infrações e desrespeito quando ela apenas expressa a possibilidade de vivermos despidos de qualquer máscara, sem carecer de maquiarmos a nossa verdadeira existência. Significa poder não ter vergonha de se comportar diferente, não temer a exclusão por parte dos tolos e compreender que eles não são, nem de longe, os melhores referenciais que podemos conseguir. Não apoio caminhar na contra mão, mas considero extremamente válido fazê-lo caso isso esteja na rota do caminho que você escolheu. As pessoas são facilmente convencidas, seja pelos tantos pontos fracos distribuídos por suas histórias quanto pela obrigação que elas se impõe de aceitar ou fingir compreender argumentos de boa oratória. As aparências ainda reinam e são capazes de mediar as trocas entre lebres e coelhos distribuindo vantagens mesmo que aos falidos. A enganação é frequente e só percebemos seus malefícios quando somos nós os enganados: caso contrário, sequer notamos sua ocorrência. Outro grande problema que carregamos é de buscar o individualismo nas horas em que ele menos se aplica. Ou simplesmente ignorar a prática da reciprocidade e só manifestar interesse coletivo quando esse coincidir com o seu próprio. Somos egoístas por natureza e egocêntricos por habituação. Quando posto dessa forma, parece não haver solução para os males do mundo, e talvez realmente não haja. No entanto, se ainda lhe restarem esperança só não se esquece de que agravá-los em hipótese alguma te ajudará a sanar o problema.
domingo, 29 de agosto de 2010
ego
Enquanto buscamos destaque em novas áreas, deixamos de lado nossas raízes e criamos um exército de excêntricos sem essência. Pessoas programadas para sorrir das mesmas piadas, que de tanto buscar um diferencial acabaram num processo de massificação. Até em nossas revoltas somos facilmente enquadrados em algum grupo já determinado. Isso tanto acontece por excessivas e desnecessárias delimitações quanto pela nossa necessadidade já inconsciente de integrar algum clã. Condicionamos nosso raciocínio a se limitar e fechamos a porta na cara das oportunidades de desenvolvimento, individual ou mútuo. Mesmo minhas palavras oriundas de um privilegiado conjunto léxico se tornam mesmices quando repetidas sem contexto, visando apenas impressionar. A vida não é isso. Extrapolar limites deixa de ser uma violação e acaba se tornando uma obrigação nesse mundo tão orientado a restrição. Liberdades aparentes não convencem nem satisfazem o ego daqueles que tem a mínima noção do que é ser livre. É um pecado associar essa expressão a infrações e desrespeito quando ela apenas expressa a possibilidade de vivermos despidos de qualquer máscara, sem carecer de maquiarmos a nossa verdadeira existência. Significa poder não ter vergonha de se comportar diferente, não temer a exclusão por parte dos tolos e compreender que eles não são, nem de longe, os melhores referenciais que podemos conseguir. Não apoio caminhar na contra mão, mas considero extremamente válido fazê-lo caso isso esteja na rota do caminho que você escolheu. As pessoas são facilmente convencidas, seja pelos tantos pontos fracos distribuídos por suas histórias quanto pela obrigação que elas se impõe de aceitar ou fingir compreender argumentos de boa oratória. As aparências ainda reinam e são capazes de mediar as trocas entre lebres e coelhos distribuindo vantagens mesmo que aos falidos. A enganação é frequente e só percebemos seus malefícios quando somos nós os enganados: caso contrário, sequer notamos sua ocorrência. Outro grande problema que carregamos é de buscar o individualismo nas horas em que ele menos se aplica. Ou simplesmente ignorar a prática da reciprocidade e só manifestar interesse coletivo quando esse coincidir com o seu próprio. Somos egoístas por natureza e egocêntricos por habituação. Quando posto dessa forma, parece não haver solução para os males do mundo, e talvez realmente não haja. No entanto, se ainda lhe restarem esperança só não se esquece de que agravá-los em hipótese alguma te ajudará a sanar o problema.
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2 comentários:
continue assim!
eu sou o anônimo que você nem sonha quem possa ser, mais apesar da nossa distância eu gosto muitoo de ter seu blog como refúgio para pensamentos e reflexões sobre vários temas.
Parabés pelas palavras.
Anonimo? distancia? hummmm
refugio?
Jeito de inteligente! Gostei !
Ainda bem q apareceu por aki, sinal q está tudo bem!
Bem vinda (o)
ass: Val
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