terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Pane no sistema.

Temporada de baixa criatividade, já arrisquei inúmeros inícios e nenhum correspondeu suficientemente às minhas expectativas para vir parar aqui. Não que todos os postados tenham sido tão refinadamente selecionados, mas é totalmente necessário existir pelo menos um pouco de coesão e afinidade. Quando algo decente sair, postarei de imediato. Enquanto isso...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Onipresença, onipotência e onisciência.


A modernidade se apresenta para nós com um caráter tão surpreendente que chega a ocultar os malefícios que vieram acoplados a sua essência. Em meio a tantas inovações, esquecemos muitas vezes de valorizar o primordial, aquilo que site de pesquisa nenhum irá conseguir encontrar por nós: a nossa alma. Não só o lado espiritual, mas a metáfora que isso significa, um misto de valores familiares, relíquias tão valiosas que nenhum preço estabelecido seria justo o suficiente para comercializá-las. Dentro da chamada 'educação de berço' aprendemos também muito sobre religião, influenciados por nossos familiares e ao longo da vida por pessoas dos mais diferentes níveis de afinidade. Religião, por si só, é um dos temas mais complexos para se debater, devido a gama de opiniões e os complexos pontos de divergência e convergência entre estas. Um dos pontos de questionamento, tidos para uns como um pecado e para outros como insignificante é a existência de Deus. Escrever sobre isso requer um cuidado redobrado, pois achismos não se encaixam nessa literatura tão polêmica. A tal dúvida, que é compartilhada por incrédulos e indecisos, margea discussões históricas e instiga diversas pessoas a buscarem nos lugares mais inimagináveis provas para comprovar suas teses. Ao meu ver, o assunto distrincha tantas falas não por contradição de opiniões, mas sim por interpretações. A frase de que 'Deus é um só' é suficientemente conhecida, mas ainda há quem faça uma leitura diferente e discorde ou concorde irrevogavelmente. Deus, pra mim, é toda aquela energia boa que nos motiva a acordar pela manhã e sair a luta em mais um dia difícil. É aquela força que surge inexplicavelmente quando mais ninguém está ao seu lado, aquele desejo constante de proteger, desejar o bem, fazer o bem. É aquele turbilhão de sensações advertentes que tentam te impedir de cometer uma besteira, ou que te incentivam quando surge em sua mente a vontade de ajudar. Pra mim, Deus está em todos os lugares onde permeia a bondade. E se o mundo não é só alegria, não é só uma questão de presença ou ausência de um ser celestial: é apenas fruto da comodidade de nós, seres humanos, ao esperarmos que todas as respostas e soluções apareçam sem que tenhamos que batalhar por elas. Ir ou não a igreja é claramente uma opção, que de forma alguma é capaz de sozinha determinar o caráter de alguém; porém, assimilar toda essa boa energia e canalizá-la para construir momentos cada vez mais positivos na sua vida e na do próximo faz toda a diferença, não para segregações ou determinismos, mas para agraciar o seu interior e deixá-lo convicto que se trata de uma boa alma, uma alma que pratica o bem.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009


Falas das mais variadas pessoas, com as mais distintas importâncias apontam para o fato de que só depende de nós o quão chato a nossa vida vai ser. De fato, não tenho dados de relevância científica pra comprovar a tese, mas tenho algo que, nesse caso, vale até mais: experiência. Não tenho cento e nove anos de idade, sou ainda uma jovem imatura que acredita que pode (quase) tudo. No entanto, como a maioria das pessoas, já reparei no quanto as coisas mudam simultâneas a pequenas alterações em suas próprias escolhas. Não sei o quanto vago isso está ficando pra você, mas pra evitar que isso aconteça exemplos são sempre a melhor pedida. Reclamar é algo muito paradoxal: odiamos ouvir reclamações a nosso respeito ou que não tenha nada a ver conosco, mas se repararmos bem é uma das coisas que mais gastamos nosso luxuoso tempo fazendo! E são de coisas tão bobas, que parece até piada: acordar cedo, acabar o leite quando se quer fazer um bolo, ter que estudar, não ter nada pra fazer, estar com fome, estar sem fome... São quase sempre desnecessária mas nem por isso descartadas. Se, por acaso, todas as pessoas do mundo resolvessem dar um dia de 'folga' as reclamações, imagine só como seria esse dia? Tão perfeito quanto difícil de ocorrer, mas que é totalmente interligado a nossas escolhas, a nossa simples ação de optar por não perturbar o próximo. Claro, há divergências, como em qualquer outro tipo de discussão, uma vez que a variedade de pessoas não acompanha a compatibilidade entre as suas respectivas escolhas, ou seja, o que faz bem pra mim pode não fazer pra você. Mas vivendo até aqui o que me chamou a atenção é optar sempre pelo que vai te fazer bem e, a partir daí, adaptar para que não prejudique ninguém! A dica é simples de ser dada, fácil de ser captada, mas na hora de executar... nem sempre obtém tanto êxito assim. E daí ? Você desistiu de andar quando levou o primeiro tombo? Ou então morreu de desilusão quando teve a primeira decepção amorosa? NÃO!
Qual é, estamos todos muito bem vivos e aptos a determinar escolhas condizentes com a nossa vontade irremediável de estar sempre bem.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Lado Esquerdo



Mas guarde sempre os poucos e bons que tiver...
Preservar é uma arte um tanto quanto complexa para leigos. E, pelo que consta, uma vida inteira pode não ser suficiente para sairmos dessa categoria.
Há algum tempo amigos eram seres extraordinários, aos quais confiava-se facilmente a própria vida sem ter o que temer. Hoje, não mudou. Apenas são classificadas como amizade algumas relações mais estreitas, que tem dentro de si sentimentos e precedentes não muito condizentes com a realidade em questão. Encontrar alguém pra confiar sem limites tornou-se uma tarefa nada fácil. E, diante do trabalho árduo, a opção mais frequentemente recorrida é nomear sem méritos alguns semi amigos. Entretanto, do mesmo modo como não dá pra levar uma semi vida, dizer semi palavras nem amar um semi amor é complicado ter amizades pela metade. Os bons amigos são facilmente reconhecidos pelo seu instinto protetor, sua onipresença, sua compreensão e suas advertências. Tudo composto pela maior sinceridade possível, sem simulações e farsas. Nos encatamos com o novo e temos o hábito de desviar a verba destinada ao antigo para arriscar naquilo desconhecido. A nossa sorte é que a amizade, assim como o amor, é paciente. Aguarda a nossa empolgação ir embora, nossos devaneios nos retornarem a relidade e tornarmos a perceber que os verdadeiros nos bastam. Não são delimitados por data, convivência ou sentimento... apenas chegam em nossas vidas e mostram o quão importante era aquela parte que faltava! Aquela que eles, somente eles, representam.



/ficaadica

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009


As vezes a maré muda de rumo, o certo e o incerto se fundem e iniciam trocas constantes, as quais impossibilitam determiná-los seguramente por muito tempo. Perdidos nesse conflito secular de certo e errado, bom e ruim, estamos nós. Seguimos um caminho com uma certeza aparentemente fixa de que conseguimos diferenciar o que nos faz bem do que faz mal, as pessoas que conosco estarão sempre e as que terão de manter distância constante. Se não fosse o fato de errarmos nessas determinações, estaria tudo bem. Circunstâncias tomam a nossa vez e passam a segregar e determinar papéis que as pessoas irão desempenhar em nossas vidas, caracterizando-as somente a partir daí e não como quem ela realmente é e pode ser. Quando você escolhe pra si seus ideais, transmite ao próximo quais foram essas escolhas e induz que eles também as sigam ou simplesmente te liguem a elas para sempre. Se você, por um acaso, muda de opinião no decorrer do percurso, as pessoas podem ser mais questionadoras do que sua própria consciência já é. A aceitação da mudança por parte dos outros parece ser ainda mais intrigante do que pra nós, uma vez que nos demos ao trabalho de alimentar a mente alheia com nossas opiniões, quase sempre repassadas como certezas absolutas. Reverter essa situação e fazer enxergarem que tudo não passou de uma errônia pré análise, ou de um reres preconceito, confunde totalmente quem te escutou pregando sempre um discurso totalmente inverso a esse novo. Precisamos ter cuidado com as pessoas, até com nós mesmos. Mas, sempre que possível, devemos deixar que ela ao menos se mostre realmente pra você para só depois definir em qual departamento ela estará, nos amados, odiados, ignorados, ou qualquer outra subdivisão que você queira criar. Agir por influência de outros, por impulso ou por ignorância pode te privar de vivenciar momentos únicos e construir situações algumas vezes irreversíveis de inimizade. Dê uma chance a vida para que esta te presenteie com as melhores pessoas na mesma intensidade que deseja receber essa oportunidade num futuro não muito distante; vamos nos permitir.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009


Assim como o silêncio pode representar um desarranjo interno descomunal, a euforia pode traduzir a necessidade de equipar-se com sílabas mudas. Alguns sentimentos mal administrados se tornam estacas, fincadas num ponto de apoio imaginário que iniciam um movimento de translação, obstruidor de qualquer tentativa de progresso. Alimentar-se dessas angústias degenera as esperanças e prende cada vez mais suas expectativas num campo restrito, que bloqueia sua visão do gigantesco mar de novas aventuras que se encontra logo alí. Viver encrustrado em devaneios descrentes e decrescentes faz despertar cobiças, ilustrações a cerca da vida alheia, tornando essa sempre mais atrante e mais agradável do que a que tens. Não faz sentido apoiar-se na desistência, e aceitar ser apenas admirador de outrém, de suas conquistas, lamentar suas derrotas, e não despertar em si uma vontade de também aderir a luta. Os outros também tem problemas, e muitas vezes também olham a sua vida como um modelo perfeito a ser seguido. Estar satisfeito com suas criações é algo que foge ao voluntário, e passa a ser obtido após análises otimistas e determinadas, que visam valorizar seus feitos e instigá-lo a poder enumerá-los ainda mais. Olhar o lado bom da vida não é a única questão a ser trabalhada, ainda que tenha extrema importância na estruturação de uma visão de mundo mais consistente; entretanto, a busca principal deve se focar em enxergar o lado ruim sem priorizá-lo e saber, irrevogavelmente, que ele sempre exisitirá. Mas que nunca será forte o suficiente para arrebatar seus ganhos nem fraco demais para que você se iluda com uma vida utopicamente perfeita. Talvez existam abordagens mais eficazes correspondentes a cada intenção e disposição, no entanto em todos os casos dar o primeiro passo é sempre o mais árduo trabalho: ele é o mais sujeito aos tombos, mas é o único que pode conduzi-lo aos saltos.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

superficialmente perto.

Pelo que uma pessoa se apaixona?
Falamos de paixão com uma propriedade singular, como se dominássemos todas as possíveis variações desse sentimento. Como se compreendessemos cada detalhe que se esconde e já tivéssemos desvendado todos os mistérios que compreendem esse estado de espírito que é estar apaixonado. Mas, se por um instante, largarmos mão das complexidades e lançarmos um olhar indagante para o trivial, chegamos a conclusão que falta uma pequena, porém importante, parte no quebra cabeça: nos apaixonamos exatamente pelo que?
Há quem diga que é pela pessoa, em sua totalidade. Afirmam apaixonar-se até pelos defeitos, mesmo sabendo que a única prova disso é a capacidade de suportá-los e não de ter afinidade por algum. Falar em partes também não foge muito a regra: amamos cheiros, gestos, risos, abraços, vozes, beijos... tudo aquilo que provoca a sensação indescritível e incomparável que se instaura com a paixão. O ponto principal, aquele sempre existente motivador para que eu inicie algum tema, é a materialização. O contato físico foi, é e sempre será essencial nos relacionamentos, não na apelação obscena do termo, mas no caráter de trasmissão, de carinho e cuidados que só este pode proporcionar. Entretanto, há quem afirme com certeza que é possível amar a longa distância. Se essa afirmação me fosse feita há alguns meses atrás, o máximo que sairia de mim seria uma risada irônica e uma frase descrente. Porém, minha opinião atual diverge da passada e endossa a tese: é possível desenvolver sentimentos por pessoas que sequer conhecemos, de fato. A dúvida que ronda as relações tão distantes é quase sempre a mesma, identidade. Se a pessoa existe, se finge ser alguém que não é, e outras tantas indagações que querem dizer exatamente o mesmo. A principio, pensamos em 'n' possibilidades que envolvem critérios sérios, como segurança própria. Com o passar do tempo, acabamos encantados e envolvidos demais num mundo aparentemente fictício, mas que nos é muito mais sadio do que as tragédias do mundo real. Apaixonar-se é encontrar algo que proporcione um bem surreal, uma sensação de manhã ensolarada, um frio na barriga e todas aquelas velhas emoções sempre listadas quando o assunto é paixão. É entender o que antes não fazia sentido e ficar boba com coisas que você sempre julga criteriosamente utilizando a razão. Portanto, não há regras que englobem com perfeição a heterogeneidade existente na composição do todo no qual estamos inseridos. Apaixone-se por aquilo que fizer sentido para você, e quando alguém te questionar com perguntas sensatas demais para o momento, recomende apenas uma coisa: 'apaixone-se você também!'

segunda-feira, 23 de novembro de 2009


Uma busca deveria ser guiada por um objetivo. Quando a situação foge a esses padrões, se torna, no mínimo, inusitada. Correr atrás de nada é ainda mais complexo por não ter com quem compartilhar; ninguém além de você e seus pensamentos descontrolados conseguem ao menos fingir compreender toda essa loucura. O problema é a força que essa inomeável cena adquire, fazendo com que você continue, ainda que sozinha. A solidão começa a ser algo frequente, extremamente presente e ligeiramente agradável. Aos poucos você se esquece do que tem que sentir falta, e ruma ao seu alvo invisível, mas totalmente coerente a seu ver. Seu mundo, é isso que você cria e nele é barrada a entrada de qualquer um que não acredite completamente em sua existência: todos. E trancado nele só ficam você e suas loucuras, tão sadias quanto um enfermo as vésperas de partir. Não é voluntário entrar e sair vai um pouco além: é impossível. Escrever sobre isso se assemelha a biografias de manicômio, não que eu já tenha visto uma, mas apenas imagino o quão parecidas devem ser, com todas aquelas idéias desorganizadas que perambulam nas mentes dos internos. Mas desabafar é algo que ainda é permitido nesse mundo, que aos poucos está prestes a duas inevitáveis coisas: desabar ou solidificar-se. Não peço que leiam nem que se preocupem; não se deêm ao trabalho de tentar entender. Eu mesma, já desisti.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Eterno perde ganha.

O calor, o cansaço, o tédio e o ócio. Coisas que podem não pertencer a um mesmo campo semântico, mas que compõem um grupo preciso sintetizador de idéias. Talvez esse não seja o caso, mas o incômodo que essa segunda feira atípica, pelo menos na minha rotina estudantil, provocou é algo que merece seu relato devidamente expresso. Entretanto, entrelinhas há toda aquela velha complexidade de sempre, que não se contenta em ser simplória como os acontecimentos banais de pessoas comuns. Não, tem sempre que haver um cunho filosófico que embase o que eu estou prestes a escrever. E sim, isso acaba sendo muito chato na esmagadora maioria das vezes. Chato ou não, convém expor que por trás dos adjetivos mal pensados e críticas oriundas de mentes exaustas há problemas bem maiores do que a capacidade do nosso imaginário de cogitá-los. Solicitando o empréstimo de frases, o que se escondeu por trás do meu olhar vago durante a totalidade da inutilidade do dia se resume bem em 'o que obviamente não presta, sempre me interessou muito'. Relevando as particularidades e intenções de Clarisse Lispector, (pra quem não sabe, a autora da frase!) ao usar a expressão como síntese pessoal, deixo claro que há uma amplitude no significado do 'não presta' : não se resume a drogas, sexo e, porque não, rock'n'roll. Remete, muito mais, aquilo que não me pertence e nem tem motivos concretos para fazer parte do meu acervo pessoal. Desafios sempre atiçaram a mente humana a despertar o sentimento dotado de toda verocidade chamado desejo; alcançar aquilo que não temos é relativamente empolgante, mas alcançar aquilo que, por ventura, não podemos ter é ainda mais atraente. O problema é fazer um balanço dos benefícios e malefícios de tal cobiça e concluir que, se há um motivo para aquilo pertencer a outras mãos, é nelas que ele deve permanecer. Pensar assim não exclui tentativas nem desaparece com a empolgação do processo, mas apenas acrescenta uma pitada extremamente necessária de consciência. Vale aplicar aqui outra frase, cujo autor eu desconheço, mas agradeço muito pelo feito: não faça com o outro aquilo que não quer que façam com você. Aceite os fatos: os seus e os dos outros. Ceder e lutar são antônimos que podem, sim, coexistir.

sábado, 7 de novembro de 2009

Estar ausente, dói. Não só sentir o vazio deixado por alguém, mas principalmente se sentir alheio a coisas que antes eram suas é também um martírio. Se ver engajado em uma realidade específica torna as coisas comuns, e estar acomodado faz com que deixemos passar meros detalhes que só se intensificam na falta dos mesmos. Assistir da platéia o seu espetáculo é ser apenas observador da sua própria história. Muitos instintos nos levam a afastar pessoas, a mantê-las sempre no perímetro de segurança e barrar toda tentativa de romper suas barreiras automáticas. Mas, há algo que permite modificar essa configuração imposta: as nossas escolhas. "São nossas escolhas que revelam quem realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades"¹. Ninguém escolhe estar sozinho ou incapaz de compartilhar seus ganhos e fracassos; mas é totalmente resultado do que optamos se permitir viver, de fato, ou simplesmente pagar pelo camarote e admirar a construção de uma vida que jamais será realmente sua.




¹ - J.K. Rowling, by Albus Dumbledore in Harry Potter and the Chamber Of Secrets.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

fácil, extremamente...difícil!

E eu continuo a minha tese de que tempos difíceis deveriam vir com uma data de validade, pra amenizar a angústia se esta tiver data prevista para encerrar-se. No entando, noventa e nove por cento das minhas idéias não são tão prósperas e muito menos levadas a sério por alguém, sequer por mim. Mas em momentos tão complexos de se entender o curso das coisas e o porquê do mesmo, carregar consigo utopias além de um escape para o stress cotidiano é uma arma secreta contra aqueles que querem ofuscar sua chama de vida com todo o discurso sobre a realidade e suas dores. Entender como tudo carece explicação, como todos obedemos à uma tendência esquisita de complicar e, principalmente, como todos colaboramos tão expressamente para afastar as felicidades nos momentos mais oportunos não é nada fácil ! Pensar nisso tudo nos leva a crer que, ao contrário do que é a intenção teoricamente, caminhamos no caminho contrário a busca do nosso bem próprio! Se nos contentássemos em acreditar no que o outro diz, em não mentir para o tal outro, em deixar que as coisas aconteçam naturalmente sem querer retarda-las ou apressa-las, aí sim a órbita ao nosso redor seria plenamente favorável! Olhando assim parece até que nós, seres humanos, gostamos de tomar o caminho mais difícil... mas, peraí: é isso mesmo que acontece! E não há constatação científica, indicação de que seja pelo maior aprendizado obtido com os obstáculos, nem nada... o problema maior é que, de tanto nos preocuparmos em acertar, em agradar, ainda que sem admitir, acabamos pensando em detalhes demais, que sequer deveriam existir! Se um dia haverá alguém que conseguirá agradar em todos os quesitos, eu não sei. O que posso afirmar seguramente até agora é que, na atualidade em que vivemos, alguém com essa característica de unanimidade está longe, bem longe de existir! Não adianta se esforçar ao extremo para se encaixar nos padrões que alguém te impõe. A coisa é tão simples e perfeita que, ao encontrar alguém que mereça partilhar seus momentos, guardar seus segredos e complementar seus sentimentos, o encaixe vai acontecer naturalmente! E assim, com todas as suas manias, defeitos, teses e bobagens, a pessoa vai adorar gastar seu tempo com você! Fato que entender tais situações passa bem longe de colocá-las em prática, mas tentativas são o melhor caminho para o acerto, e tentar focá-las cada vez mais naquilo que se tem em mente é sempre a melhor solução. Enquanto não obtemos o tão buscado êxito, vamos nos contentando em ser meros seres humanos, recheados de erros e dispostos sempre a cruzar todo um oceano do que simplesmente atravessar a ponte.

terça-feira, 3 de novembro de 2009



Os espasmos de esperança, de que tudo que pode dar certo de algum modo irá dar. A vida pode não funcionar num mecanismo tão utópico como estes meus pensamentos, mas uma coisa é certa: ela é tão maleável quanto meus anseios conseguirem moldá-la. O produto bruto que compomos inicialmente é constantemente lapidado por rajadas de aprendizados, oriundos dos mais inesperados momentos, revelando mais uma vez que não há nada pré-determinado que resista a força e a intensidade da vontade verdadeira de construir algo melhor para o seu próprio amanhã. A plantação de cada um renderá frutos suficientes para saciar o mesmo, o que nos impede de plantar a mais esperando poder dividir ou plantar menos esperando poder receber. Somos donos dos nossos próprios destinos, o que não impede que façamos interseções com os de outrém; mas nada que mescle irreversivelmente o que está por vir para ambos. A nossa construção é marcada pelo erguimento de pilares primordiais, que tem em sua composição não apenas boas coisas, mas principalmente o aprendizado obtido em todas aquelas que não foram de caráter tão benéfico assim. Após fixadas as bases, começamos a dar forma ao passo que amadurecemos: escolhemos caminhos e pessoas para trilhá-los em nossa companhia. Mais uma vez, como em todas as etapas do processo, estamos sujeitos a erros no ato de optar por algo ou alguém, mas qualquer opção marcada irá trazer seus resultados. Um aprendizado efetivo na maioria das situações é o de tirar algo de útil de qualquer acréscimo de vivência. O dom de ensinar coisas complexas, como ciências, religião, política ou amores, não é tão comum como se pensa: as vezes, confundimos o saber contar suas experiências com o preparar alguem para passar por algo semelhante. Transmitir conhecimento de forma específica para a aplicação é algo que requer, acima de tudo, a mais sincera das vontades. No entanto, toda intenção de ajudar é válida, ainda que você não saiba como, com que palavras ou em que momento fazê-lo. Quando as coisas caminharem nesse eixo, opte pelas tentativas espontâneas; se não corresponderem as suas espectativas, ao menos terão saído do campo das idéias e terão colaborado para que, numa próxima vez, você obtenha mais êxito no ato de humanizar-se.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

"...a alternativa correta é :

Respostas pra indagações complexas da vida não possuem um compartimento próprio onde aguardam que sejam solicitadas e daí simplesmente saltam até você. Contrária a toda essa facilidade, a localização das soluções encontra-se não só em um, mas em vários momentos que muitas vezes passam até despercebidos. Fragmentos das mais variadas situações se deslocam para outras, onde parecem não fazer sentido, mas estão aguardando que alguém vá em sua busca. Juntar todos esses cacos é, de longe, cansativo, desmotivando várias pessoas que se julgam incapazes de interpretar sua própria existência em busca de auxílio na obtenção do êxito naquilo que fizer. A esse tipo de pessoa talvez realmente não caiba a posse das respostas que, de tão valiosas, deve ser muito bem valorizadas. Porém, algumas vezes não podemos contar como respostas sendo artefatos enterrados em alguns lugares do passado: elas ainda podem estar por vir, e aí solicitam de nós uma coisa ainda mais difícil... paciência! Apelar para reclamações a cerca do simples 'não entendimento' das coisas é a arma que mais lançamos mão no discurso cotidiano, talvez pela amplitude característica do termo, ou simplesmente porque nos recusamos a buscar conhecer e apenas optamos por ficar alheios. Respostas, formuladas ou encontradas, situações, sonhos, planos, erros, medos... são todos componentes de um mesmo grupo chamado vida, e não merecem uma atenção particular maior do que se deve dar ao todo. Algumas vezes acabamos nos prendendo a um dos itens, ignorando o fato de haver uma gama de outros igualmente úteis e talvez até mais construtivos. Em suma, lembre-se das suas aulas de gramática e apague a aplicabilidade da metonímia na sua produção vital: nada de trocar o todo pela parte. a parte pelo todo as vezes pode até ser positivo, mas bom mesmo é dar a importância específica a cada qual e aprender a fazer com que trabalhem de forma conjunta beneficiando o mais interessado: VOCÊ!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Febres

Nada que faça referências a reações a alterações biológicas, que fique claro desde já. Ao utilizar esse termo, evoco os surtos que determinados fatores provocam no nosso comportamento habitual. Numa análise bruta, o primeiro, e talvez por isso o mais importante, que me vem a cabeça é, sem dúvidas, os livros/filmes e seus personagens tão propositalmente semelhantes a nós. Não que eu me pegue por aí fazendo vidros de cativeiros desaparecerem e nem que eu resida sob armário algum de escada, mas ao ler ou assistir a cada produção Harry Potter é impossível não me identificar com algumas angústias vividas pelo jovem bruxo. Referências pessoais, a meu ver, são sempre mais completas, por isso faço sempre uso das minhas para complementar minhas teses. Mas isso não impede que falemos também da mudança virtual repentina para Forks que assolou o mundo 'orkutiano' quando estourou Crespúsculo. Toda essa incidência de fanatismo exatamente na fase onde a busca por identidade está em seu fervor talvez não seja meramente casual. Há tantos estudos por trás de uma produção de magnitude comparada a destas citadas que seria totalmente tolo pensar que são meras obras do acaso. Surgiram, de fato, de mentes magníficas, cuja criatividade deixa boquiaberta qualquer autora meia boca de blogs casuais. Porém, após a síntese dessas preciosidades, elas passam a vez para produtores e editores que buscam atores e paisagens convidativas, transformando as perfeitas palavras e linhas em futuros amores platônicos de jovens facilmente atraídos pelo desconhecido. Se isso soou como uma crítica, por favor releia todo o trecho acima e confira comigo que não há farpas em minhas notas. Apenas gosto de analisar o que acontece com um olhar (ou pelo menos uma tentativa de consegui-lo) externo ao que nos encontramos submetidos. É claro que me incluo nesse meio citado e que me pego inúmeras vezes imaginando como seria ter uma aula de poções. Entretanto, é sempre válido canalisar corretamente o que é fantasia e o que é realidade, cuidando para que essas em algum momento se misturem, propiciando mais graça a vida, mas que não se trate de uma união irreversível.

sábado, 24 de outubro de 2009

No Name

" Os desejos contrariam os conceitos físicos de força e todas as suas teses envolvendo massa e acelereção, mas asseguram seus preceitos quando o assunto é intensidade. A verocidade de um momento tão singelo aos olhos dos inocentes, mas carregado com todo sentimentalismo selvagem que se pode esperar de situações assim. Lembro-me vagamente daquele semblante, natural aos meus olhos, mas extremamente deslocado dos padrões de uma multidão. A calmaria se instaurou em mim com mais paradoxal força do que deveria e menos duração do que eu podia ter planejado previamente. A propósito, eu acabara por aprender que para permanecer ao seu lado, meus planos deveriam ser colocados num vazio juntamente com meus medos e anseios. Seus vícios me encantavam de uma forma tão revoltante, que entendimento passava longe de ser algo que eu dominasse naquele momento. Uma fúria boa, um sentimento inequiparável a quaisquer outros nomes que eu ou você conseguissemos pensar. Se era sua negligência que me atraía a você, não sei. Seus olhares rispidos, desprovidos de qualquer sentimentalismo banal de fato me encantavam. Aventuras e surpresas sempre me interessaram mais que cartões e declarações que tinham sempre curtíssimo prazo de validade. Talvez fosse por esta razão que meu corpo se encontrava alí, estático, desobedecendo os instintos de segurança que me ordenavam sair daquele manto negro banhado a árvores e solidão. Não havia muito a que se escutar, a não ser a sua respiração mesclada ao seu desprezo, mas acoplada a suas ordens implícitas em seus olhares, que queriam me conduzir sempre pra mais perto. O suor evidenciava seu medo, mas em sua totalidade jamais deixaria transparecer qualquer sinal de insegurança. Mais uma coisa a qual me admirava era sua capacidade de ofertar aconchego, não com carícias, mas com atitudes reais nem tão carinhosas quanto se convêm ser. No fundo eu sabia e me importava com o fato de que havia deixado preocupados meus amigos e entes queridos, mas um pensamento maior ofuscava minha veia de consciência, e me fazia, por alguns instantes, esquecer minha vida e tudo que lhe dizia respeito. A negritude no firmamento começava a se desfazer, e meu estado petrificado ainda não havia se modificado. Foram horas apenas nos entreolhando, como quem busca ver algo. Ou apenas senti-lo. Meus sentidos aguçados, mas todas minhas dores e vontades biológicas firmemente ignoradas. Eles só funcionavam para observar, e nada fazer. Quando o primeiro raio de sol incendiou os fios avelã de seus cabelos, num sorrateiro movimento, tudo desapareceu. Sua ausência desbancou toda a realidade e esmagou meu momento utópico: estava sozinha, no desconhecido, com um sentimento de êxtase ainda pulsando nas lembranças da sua presença, mas não havia nada alí que fosse hospitaleiro. Não sabia como voltar, as vezes me fugia a sanidade até meu local de origem. Tantas eram as incertezas que preferi me apegar na única coisa que, naquele momento, parecia me fazer sentido: eu precisava tê-lo mais uma vez. "

Sessão "publicando as obras não publicáveis". Divirtam-se, ou somente aguardem a volta dos posts reflexivos (:

terça-feira, 20 de outubro de 2009

" é coisa pra se guardar...

Dias chuvosos não são bons apenas para ibernar: eles servem também de inspiração. Isso, pra você, pode não ser uma verdade absoluta, mas pra mim com certeza as coisas funcionam exatamente desse jeito. Não sei se é a ociosidade, ou a calmaria paradoxal que os barulhos produzidos pelos elementos de uma tempestade... mas algo nisso tudo tem um quê de reflexão. Independente de explicações, o fato é que o pensamento do dia foi relacionamentos. Não, não estarei mais uma vez ocupando o espaço pra falar de amores frustrados, desilusões, paixonites e afins. Hoje, a prioridade é pra aquela que é, ao meu ver, a segunda mais importante relação que mantemos em vida: a amizade. Perdendo apenas para os laços familiares, não conheço um ser humano sequer que questione a significância dos seus amigos. O que constrói tudo aquilo que somos está diretamente ligado aos vínculos que formamos e na forma como eles vão atuar nas nossas vidas. E há amigos de todos os tipos, para todas as situações, sejam elas as mais inimagináveis. Amizades de infância, que se tornam algo equiparado ao casamento só que, é claro, não tão monótono e irritante: se conhecem a longa data, decoraram manias boas e ruins, brigaram, reataram e hoje, por mais distantes ou incomunicáveis que se encontrem, sabem bem que tudo aquilo que passaram juntos dificulta toda e qualquer tentativa de separação. Amigos espontâneos, cuja afinidade surge e se estabelece num piscar de olhos, transformando um mero desconhecido em um cúmplice com apenas alguns minutos de papo jogado fora. Amigos difíceis, que necessitou todo um processo de aceitação, onde o sentimento não foi a primeira vista, nem a segunda, muito menos a terceira, e o sentimento por pouco não se confundiu com outros bem contrários de aversão, mas que no fim das contas resultou em afinidade abundante e laços consistentes. E por que não, amigos amores, que foram frutos de outros sentimentos, mas que renderam boas amizades prevalescentes na presença ou ausência daquele sentimento que as proporcionou. É tanta variedade, mas todas com o ponto em comum mais importantes de todos: são máquinas geradoras de felicidade! E o melhor, não há valor a ser pago... cobra-se, nesses casos, apenas a reciprocidade!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Nossa realidade é multifacetada. De acordo com a minha disposição a lidar com os assuntos da vida, posso focar naquilo que melhor combinar com o momento. É claro que na prática as coisas não são brincadeira, e não somos personagens maleáveis o suficiente para viver uma face de acordo com nosso humor. Essa mesma realidade de vários caráteres abriga dentro de si um ponto de interseção, que foge aos padrões de conforto que muitos tomamos como parâmetro. As nossas reclamações correspondem aos sonhos de muitas pessoas que não tem a chance de poder reclamar desenfreadamente das coisas mais abstratas possíveis. Quando falamos de realidade dura para alguns, não estamos nos referimos apenas a não ter uma roupa nova para o baile, nem sapatos para combinar: falamos de pessoas que são carentes de coisas básicas, tanto para a sustentação física, quanto moral. Falamos de pessoas que não são para nós tão alheias assim, não estão em outro planeta nem em outra dimensão: são apenas ignoradas pelo nosso olhar de egoísmo e ignorância. falar é de fato muito simples e convincente, mas atitudes extrapolam feitos meramente ilustrativos. Portanto, nem sempre focar naquilo que mais lhe agrada é uma boa escolha. Talvez olhar em volta custe menos e seja mais eficaz para que você alcance o seu equilíbrio sem que para isso tenha que derrubar ninguém.

Past Continuous

Falar de assuntos gerais, por mais que seja uma prática habitual, é sempre mais complicado do que simplesmente expressar suas angústias. Mas, como o que é complexo curiosamente me agrada mais, é com algo desse gênero que pretendo gastar algumas linhas hoje. Passado. Quando o assunto é esse, não sei você, mas a mim remete de cara aos amores, amigos, momentos, vivências, aprendizados, risadas e toda essa bagagem de coisas que foram ficando, cada qual em seu respectivo ambiente e tempo, com o passar dos dias. Estaria o passado de fato estático e intacto em algum lugar? Acho que não. O futuro é proporcionalmente mutável às nossas atitudes no presente, e moldável de acordo com o rumo que tomamos. O passado é diferente por ser um fato já consumado, talvez por isso seja sempre taxado de irreversível. O pretérito, que oscila entre perfeito e real, funciona muitas vezes como um refúgio, um objeto de cobiça para conseguir sair das situações complexas que o presente nos permite construir. Engraçado mesmo é como todo presente se torna passado, e assume, a partir daí, um caráter totalmente diferente daquele que possuia de fato. Bom mesmo seria se funcionasse como um depósito, ao qual pudéssemos ter acesso sempre que julgássemos necessário; mas, se assim fosse, há de concordar que não haveria passado! Como nada na vida é mera coincidência, pelo menos não para mim e meu ponto de vista, há uma boa razão para que o passado seja assim, tão distante ainda que pertença totalmente a você. Uma relíquia, um porto seguro de armazenamento, que serve para ampará-lo, ainda que apenas com memórias, e permitir sua análise do que deu e não deu certo, pra que você copie ou exclua suas atitudes, de acordo com a dimensão que tiveram anteriormente. É o rascunho contínuo da vida que, em sua extensão, permite tentativas constantes, acompanhadas ou não de algum acerto posterior. Se é justo ou não manter momentos tão singulares apenas na memória, não cabe a nós julgar; cuidar para que esses momentos se repitam e proporcionem iguais ou melhores sensações, isso sim está ao nosso alcance.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

intimamente impessoal

bom dia.

é fato que já não há sol nenhum para que a saudação fosse essa, mas não pensem que eu não sei diferenciar dia de noite, claro de escuro. o ponto não é esse, então não vamos perder tempo nem o sentido da história nisso. há algum tempo atrás, talvez não muito, provas de amor marcavam a possibilidade de um relacionamento. e, se este chegasse a ser um fato consumado, seria duradouro, intenso e verdadeiro. os anos passaram e carregaram com eles grande parte das boas intenções que se faziam necessárias, ainda que como camuflagem, para esse tipo de relação. e hoje, numa análise bruta, onde chegamos? ao mesmo tempo que deixamos de lado nossos sentimentos, lançamos mão dos mesmos em frases feitas e dedicadas com todo afeto do mundo a pessoas praticamente desconhecidas. não se precisa mais conhecer a fundo a personalidade, os pensamentos, a vida ou qualquer outra coisa assim de um individuo para amá-lo. de fato, muito mudou, inclusive o valor do sentimento amor. eu sou sim daquelas que prega e defende que amor verdadeiro é aquele entre você e seus pais. mas dentro desse discurso não dá pra renegar aquele sentimento bom, que é um misto de conforto, prazer, segurança e mais um monte de coisas boas dificeis de serem listadas. pois então, esse mesmo sentimento tão complexo e tão intenso não corresponde ao significado atual que a maioria atribui ao amor. hoje, deixamos tornar rotineiro um 'eu te amo' que deveria, antes de tudo, conquistar espaço e ser merecedor de alí residir. muitos julgam como antiquado aquele que espera para declarar um sentimento, afinal... são só palavras, não é mesmo? não. se fossem só palavras poderiam ser ditas assim, a torto e a direito, sem a mínima preocupação se o receptor compreende o sentido e a intenção daquele discurso. qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência: quando dizemos que deturparam o significado de amar, não estamos apenas buscando uma forma culta de expressar uma indignação fajuta e superficial do caos que se instaurou no sentimentalismo como um todo. é realmente lamentante ver no que conseguimos transformar toda a magia, toda a pureza que antes era tão abundante. as pessoas, cada vez mais jovens, fazem atribuições de relacionamentos à envolvimento sem sentimento. não há relação sem sentimento, quando é que conseguiremos compreender isso? nem que seja indiferença, mas sempre há algo envolvido. negar a existência de um propósito maior parece ser motivo de orgulho, mas é apenas a prova que estamos lidando com situações tão diferentes, que acabamos vendo necessidade em nos mascarar de indiferença e estabelecer vínculos ficticios com pessoas aleatórias. não subestimando sua capacidade de ler as entrelinhas, que fique claro a função do bom dia do início: se eu escrevesse ali 'eu te amo' faria, de fato, alguma diferença? já não tenho criticas a construir quanto a essa postura dominante. ' aos meus inimigos ofereço minhas palmas e sorrisos; jamais as minhas vaias, pois não há expressão melhor da incapacidade de aceitar a superioridade do próximo quanto tentando reduzi-lo.' são minhas próprias palavras, entre aspas porque de certa forma foge ao contexto. os amantes da ausência do sentimento não são inimigos, apenas pobres almas que ainda não têm noção da lacuna que estão alimento dentro do seu universo. e a falta de inspiração pode conduzi-lo a achar o texto um tanto quanto entediante: não se culpe, pois hoje compartilhamos desse mesmo sentimento.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009



cômicos. é isso que nós somos, pra não dizer hipócritas ignorantes. num relacionamento, nos lançamos armados da cabeça aos pés com regras, comparações, advertências e opiniões. nos tornamos alheios a todas as falhas e reservamos a culpa única e exclusivamente para o outro. na relação do vizinho, palpitamos de certa forma sempre negativamente, alegando que se ele é compreensivo, é passivo demais se tem atitude, é muito explosivo. num trecho desse contexto parece humanamente impossível atingir um relacionamento ideal, que agrade os componentes e os agregados que insistem em se achar parte do todo. criticamos tanto, mas na prática tiramos uma xerox do comportamento errôneo e seguimos a risca esse molde mal intencionado. convencionamos a saciedade no relacionamento como aquela que engloba os sentimentos de participantes e alheios da interação. esquecemos do sentimento de completar-se com o que o outro tem a lhe oferecer, sem passar a maior parte do tempo tentando modificar atitudes, pensamentos, apenas convivendo e contemplando a alegria de encontrar alguém que lhe faça simplesmente bem. nunca haverá uma multidão protestando em prol da sua felicidade, assim como você não verá ninguém observando sua vida sem palpitar, seja lá com qual intenção for. jamais haverá pessoas perfeitas, com sorrisos estampados de duração vinte e quatro horas, de diálogo sempre doce e sereno. Aprender a aceitar o que te faz bem é abdicar de coisas supérfluas e, possivelmente, degenerativas de ego. aprender a viver inclui a entender que a sua vida é você quem tem que fazer.

domingo, 4 de outubro de 2009

NÃO !

De fato é minha peculiaridade não gostar de muitos.Muitos risos, de pessoas muito ou pouco importantes. Muitos motivos assombram meus pensamentos, e eu me encontro perdida entre tanto a analisar.Análises desnecessárias, admito. Mas se sua incidência é real, relutar contra observações passa de válido para patético.Não gosto do meio que modifica o homem, nem do homem que modifica o meio, nem de suas contradições e conflitos eternos em busca de certeza e ordem numérica dos acontecimentos.Exageros fazem parte de mim, mas não de minhas afinidades. Não gosto de subtrair por saber mais ou menos que alguém, nem de quem pensa ter poder suficiente para sair por aí fazendo isso quando quiser.Meus gostos e desgostos podem não te interessar, mas isso não me diz respeito. Quanto a ética e as regras para a boa convivência, as vezes elas lideram minhas listas de negação.Mas é ainda por elas que não me expresso como profundamente me sinto tentada a fazer. Intolerante à falsidade, compartilhadora da mesma. Antônimos compondo frases de coordenação aditiva, compondo um mundo ambíguo, intérprete das honras de habitantes acéfalos. Ah, jamais poderia lhe responder o que quero dizer, pois eu não costumo querer dizer muito as pessoas.Quero dizer muito a mim, a unica pessoa que comprovo ser entendedora dos meus silêncios, sem achar minhas metáforas antiquadas, ou sem criticas ocultas, apenas achismos explícitos.Hoje tudo me cansa, até minha presença começa a enquadrar-se em tal situação entediante. Estado de sítio para minhas relações: elas só vão de mal a pior, a medida que eu consigo ainda menos compreender o que se passa nos arredores dos meus companheiros pensantes. Se o problema sou eu ou se são eles, não interessa a mim, menos ainda a você.A grosseiria não esconde nenhum medo ou fraqueza, como alguns dizem por aí. É apenas o modo objetivo que eu escolhi nessa ocasião de externar minha revolta.E se não há motivos para minha revolta, não se faça ser um. Apenas concorde, discorde, fale ou cale-se. Não deixe sua existência passar ainda mais despercebida do que lhe foi pré-determinada.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Cada um tem seu diferente conceito sobre mudança, mas com certeza o ponto de romper com algo que já é substituível é um forte ponto de interseção entre as mais variadas definições. No entanto, o caráter substancial da mudança não consiste apenas em seu significado como ação, mas principalmente nos mais variados momentos em que ela se dá. Mudamos de roupa minutos antes de sair, mudamos de idéia minutos antes de fazer, mudamos de semblante minutos antes de sorrir. Uma relação intensa, intrínseca, que te conduz aos mais subjetivos devaneios e te retorna a realidade em um piscar de olhos, trazendo consigo a energia necessária para desviá-lo do caminho que estava prestes a seguir. O caráter da mudança não vem nela estampado como um rótulo; assim como as mais divertidas coisas da vida, é necessário o toque do 'arriscar' para suceder-se aos benefícios ou não da mudança propriamente dita. Até mesmo os conceitos que eu consigo aqui esboçar sofreram mudanças antes de se concretizarem em linhas, tendo muitas vezes seu conteúdo significativamente alterado nesse meio tempo. O importante de hoje, que serve também para qualquer outro dia, é que a mudança ocorrerá sem data marcada, sem lugar específico e sem razão determinada. O que irá diferir a nossa personalidade da de outrem, é a dosagem de opinião alheia que permitiremos interferir em nossa escolha e a coragem de enfrentar, no escuro, os obstáculos de origem não definida.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

outros são os outros. e SÓ!

Já não sabemos o que fazer para agradar, ainda que saibamos de cor que não devemos nos preocupar com isso. Manter alheias concepções e opiniões é uma tentativa quase sempre frustrada, a qual recorremos frequentemente quando não sabemos lidar com as críticas. As aparências são rótulos fajutos, que expressam uma pequena parte daquilo que você acredita ser. Incerteza rodeia tantos conceitos próprios que é pura ignorância acreditar que pode-se construir algo em sua ausência. O contexto no qual cada um está inserido é suficientemente heterogêneo para excluir a possibilidade de receptividade comum por parte de todos. É a partir daí que se tem condições de estabelecer vinculos, que conciliamos a afinidade em sua presença ou falta. Acreditar que uma pessoa externa sua parte mais semelhante pode ou não ser uma verdade consistente. Uma pessoa pode oscilar de acordo com os momentos ou vontades aos quais se encontra estabelecida. A maioria das pessoas não mostram ser o que são num primeiro momento porque a essência é algo precioso demais para estar escancarada aos olhos de qualquer pessoa sem a menor importância. Apenas aqueles que se aventuram a desmistificar o aparente e então conhecer o íntimo merecem tê-lo como recompensa. As pessoas querem mais praticidade e, quando não a tem, apelam para o artificio que mais está em uso: a rotulação. A segregação em grupos determinados de costumes acaba construindo barreiras desnecessárias entre pessoas que teriam inumeras coincidências construtivas para compartilhar. O que temos em comum com o outro não necessita ser exatamente uma proporção ideal, os cem por cento de sintonia não são nada mais que uma utopia daqueles que buscam no outro uma 'cura' para as imperfeições que já identificou em si. Palavras diferentes camuflam as revoltas, mas é isso que eu sinto ao observar seres humanos com todas as suas deficiências se sentindo capazes o suficiente para utilizar o verbo mais complexo de se conjugar na prática da vida: o verbo JULGAR.

arco-íris monocromático


São tão incalculáveis quanto perfeitamente óbvios nossos melhores e maiores desejos. A solidão, muitas vezes encarada como sentimento vazio, de caráter obscuro, sádico é, ao meu ver, uma manifestação do desejo de sempre querer completar-se. Em alguns momentos acreditamos estar realmente completos, mas em nossos momentos a sós com a consciência sabemos bem que naquele interior oscila um paradoxo entre o vazio da companhia e a complementação do solitário. Equívocos de interpretação não deveriam nem ser assim nomeados, visto que cada um tem livre arbítrio para manipular seu próprio pensamento do modo que melhor lhe convir. O que entra em questão nesse momento é a atuação sorrateira desse sentimento tão coletivo e ao mesmo tempo tão peculiar em cada uma de suas vítimas. Não há hora própria ou imprópria, independe da sua situação, não se leva em conta sua vontade de senti-la; a solidão vem como uma forma de delimitar sua capacidade de preencher as lacunas da sua existência. Ela atua como um alerta, semeando a idéia de que sempre haverá algo a se buscar, sempre haverá o que adquirir para alcançar sua complementação utópica. Solidão não se cobre com práticas de vertigem, não se limita a companhias indesejáveis ou incovenientes, muito menos a falsas afirmações de saciedade emocional. É parte da vida aprender a encarar momentos assim e são mais que necessários os seus particulares períodos de reflexão. Esse vazio vem para mostrar que o que você possui até aqui, por mérito ou acaso, é parte de um todo cujo acesso é o maior desejo de qualquer outra pessoa como você. É um abrir de olhos para que possamos pensar em nossas vidas como uma eterna conquista e não como uma batalha ganha que já não carece dos esforços de seus guerreiros. Negatividade pode ser associada a falas assim, mas, a meu ver, todo esse pressuposto só existe por conta de seus mentores e suas avaliações particulares do que leêm, veêm e respectivamente entendem. A ausência de algumas cores não faz dos objetos necessariamente monocromáticos. Aprender a colorir a vida com as cores que lhe estão a disposição é um aprendizado precioso para lidar melhor com as situações de solidão; no entanto, é de suma importância saber que aquele azul anil tão almejado deverá continuar sendo motivo de busca, sendo seu sucesso tanto possível quanto não.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

aquele dia.

Momentos de raiva são sempre os ideais para inspiração. Não que algo hiperbólico como obras produzidas agradem tanto assim, mas a sua verdade oculta sob os exageros, essa sim é de suma importância. São nesses momentos de explosão que costumamos fazer análises da vida, dos pontos onde aparentemente falhamos. Mas o diálago monólogo entre você e sua vida não explicita maneiras de melhoria, como psicológos e amigos desesperados; este, e daí seu papel que tanto beira ao inútil, apenas aponta seu lado negro e o porque dele receber essa tonalidade sombria. É nessa hora que reavaliamos nossas vidas até o ponto em que estão, e nos perguntamos por que diabos da estagnação. O que você está esperando para tocar de uma vez por todas as suas vidas e abrir novas portas, em buscas de novas saídas que não te conduzam novamente a ciclos circulares. Há, é óbvio, uma razão para tudo acontecer como acontece. A raiva é grande, mas não o suficiente para afastar tanto sua sanidade. No entanto, é um momento de por pra fora suas angústias e, como se estas tivessem se personificados, tocá-las uma a uma e observar atenta, como uma criança curiosa o seu desenrolar. O misto de dor, cuja descrição se faz desnecessária pelo seu caráter coletivo, é tão intenso e tão arbitrário, que o silêncio chega como uma explosão gigantesca, tornando surdo seus ouvidos a conselhos de quem apenas se preocupa com seu estado atual de loucura. Momentos dolorosos, passagens necessárias. Nem sempre essa relação é perfeitamente compreendidade e, quando isso acontece, a indignição se soma aos já milhares existentes sentimentos de desafeto. Dói proliferá-los, dói mencioná-los, dói ferir alguém estando sob seu domínio. Descarto discursos a cerca de resistência e força, pois esses momentos clamam apenas pelo seu surgimento. Cicatrizes sempre se fecharão, ainda que a dor fique após. Terminar com uma frase filosófica não faz do post mais doce ou mais sereno; o atual pede palavras rudes e, caso eu não tenha conseguido assim fazer, informo que é assim que elas estão circulando aqui dentro.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

culpa.


É belíssimo como nos fazemos alheios a sociedade quando vamos criticá-la, sob qualquer aspecto. Personificamos como unitária toda massa social e atuamos como se ela detivesse todos os defeitos responsáveis pela corrupção do ideário atual. Quando nos referimos a erros, não somos sequer coadjuvantes do enredo principal. Sentimos um alívio planejado em encontrar um depósito de razões, culpas e consequência que quase sempre tem de verdadeiro apenas a nossa necessidade de maquear a realidade deturpada que construímos em nossos passos mal dados. A ponte gigantesca entre falar e agir não é rotina de muitos, pois a maioria não consegue absorver das boas causas a energia necessária para cumprir o trajeto. Mas nem por isso deixamos de exercitar os músculos faciais, em discursos honrosos e cheios de dedicação patriótica. Condenamos a desigualdade, como se jamais tivéssemos sequer mencionado esta palavra e como se desconhecessemos por completo seu mais simples significado. Ficamos aterrorizados em ver como a tal sociedade impõe padrões e submete vidas inocentes a conceitos alheios de todas as formas a sua simplória realidade. Talvez dentre tanta perfeição contida em nossa essência, a idéia de que somos parte dessa sociedade injusta e errônea tenha passado despercebida e se feito esquecida. Se não temos artifícios suficientes para introduzir medidas eficazes no combate aos males, de nada adianta culpar um ser inexistente para camuflar nossa própria incopetência. Mudança pede atitude e, acima de tudo, repele toda e qualquer verbalização insignificante dos atos inviáveis.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Hipo Crisia. Escassez de críticas



Nós temos o mal hábito e a falsa impressão de que a rotina embeleza e reconsidera as más coisas. Não é só porque algo é feito com frequência que abandona seu caráter mau ou bom.
Gentilezas são gentilezas, e ofensas são ofensas. Não há essa história de hábitos gastos, generosidades dilaceradas pelo calendário nem mal repetitivo que passa despercebido.
Isso é, na verdade, artifícios de muitos para justificar suas ausências e falhas particulares. Pessoas são facilmente atraídas pela comodidade, jamais rejeitariam uma chance de facilitar sua vida, já tão simples.
Pensam que todo o discurso de inocência e atos não intencionais convence a todos, e que não fazemos idéia dos seus planos ocultos por trás de tanta falsa bondade. O problema de grande parte dos seres humanos
é esquecer que vivem rodeados pelos seus semelhantes. Perde-se em nossos pensamentos o fato de que partilhamos, se não de todas, da maioria de mesmas maldades que circundam nossa áurea pura.
Então, achando que tanta sujeira passa em branco, lameamos uns aos outros com palavras simples, tão inocentes e cortantes como uma folha de papel. Hipocrisia temos aos montes, o que ainda falta
é uma pitadinha de bom senso.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

h armo nia. h amor nia



Relações harmoniosas remetem nosso intelecto à biologia. numa avaliação mais extensa, conseguimos concluir que harmonia rege muito mais que isso.
durante um número musical, a quantidade de instrumentos que compõe um som são mescladas de uma forma tão homogênea, que chega até nós como um só.
é fato que os timbres são identificados pelos mais atentos, ou mais pacientes, mas é facilmente provável confundi-los ou indiferenciá-los.
entre os músicos, a harmonia é mais que essencial. como seu diálogo é impossibilitado pelo volume do conjunto, é criada automaticamente uma sintonia.
eles se comunicam entre notas, mas não pense que isso se resume ao do ré mi. são notas, vibrações, ondas que navegam o ar de um a outro, combinando tons, sons e sinfonias.
é tão intenso quando observado que deixa até o mais hábil escritor sem palavras para traduzir verbalmente todo o ocorrido.
harmonia é cumplicidade. aos nossos amigos, reservamos a conversa via olhares. pelos mais crédulos, telepatia. mas é simplesmente conexão.
aos nossos amantes, destinamos o desejo secreto, jamais dito nem ouvido, mas existente e compartilhado pelos mais específicos meios.
o contato, seja ele físico, visual, olfativo, pode facilmente ser substituído pelo pensamento, quando entre os seres há sintonia.
não há nada de impossível, mas passa longe do trivial chegar a este ponto com alguém. o introsamento deve ser total e a vontade de compartilhar igualmente integral.
permitir que uma pessoa ingresse assim em sua vida é dar a ela passe livre para permanecer por tempo indeterminado em cada uma de suas decisões.
nos momentos mais inertes, nos momentos nada propícios, nos mais necessários... interação entre corpos é uma coisa que não se restringe à física.
no entanto, por maior que seja a carência de esforço para obter-se o ápice da harmonia, há casos que ela é pré-destinada a não ocorrer.
lutamos, nos esforçamos, mas parece que o destino seleciona a dedo com quem será permitido que você estabeleça esse tipo de relação.
pra descobrir quem é de qual tipo ? TENTE. isso sim, não te custa nada.

sábado, 1 de agosto de 2009



os anos desbotam nosso humor.
perdemos a graça que tanto encontrávamos nas mais simplorias e inusitadas situações. tudo se resolvia aos risos e não aos berros como insistimos em preferir agora.
os anos rastejam ao nosso redor, e é necessário cuidado para que não se tropece em nenhum deles.
eles são maléficos em seu caráter passageiro, e sábios em sua face inexorável.
pobres das almas perdidas que mergulham-se em lembranças e delas pretendem viver. são um mar de algas vivas, preparadas a prender qualquer espectro de vida que por alí pensar em se instalar.
em devaneios nos perdemos, nos embriagamos com nosso passado, alvo ou negro, aquém ou além daquilo que conseguimos fielmente recordar.
arrependimento, fúria, saudade. sentimentos comuns àqueles adeptos aos nostálgicos, o que equivale a uma boa parcela de todo mundo.
palavras também se vão, ainda que possam ser lidas com toda precisão estética que o futuro insiste em distorcer.
no entanto, os seus significados e intenções não resistem ao passar dos ponteiros, e perdem-se no ar.
no passado guardam-se soluções que só podem ser enxergada com a lente de uns anos após. aí consiste um sentido para conservá-lo com tanto apreço.
mas a existência de condições para encontrar a mesma solução através de artifícios do futuro, torna desnecessário tanta dedicação.
todo tempo é passado ou futuro. o presente não dura o suficiente para caracterizar-se como tal.
hoje já está gasto a espreita de um amanhã que em breve será ontem.
valeria mesmo a pena viver inerte, alheio a tantas modificações substantivais atribuídas aos dias ?
quando disserem pra que não deixe nada pra amanhã, ouça.
quando adiar algo para amanhã, faça sua despedida.
o mundo não pára, não espera.

domingo, 26 de julho de 2009

When I Die.

Quando eu morrer, eu quero festas, mesmo sabendo que odiaria o fato de alguém comemorar minha morte.
quando eu morrer, quero que as luzes se apaguem um minuto por dia, para que as pessoas consigam me enxergar, ainda que no escuro.
quando eu morrer, quero que as pessoas se lembrem da excelente amiga que fui, ou pelo menos da que me tornarei quando morrer.
quando as pessoas morrem, elas ficam boas. é a única forma de purificação total.
coitado, ele morreu, não fale assim !
quero ser o centro das atenções sem ser intitulada de egocêntrica.
quero que pensem em mim sem receio, afinal eu já não vou estar mais aqui.
eu não quero morrer, não agora. deixo isso bem claro aos que pensam que estou prevendo algo, ou sequer pensando em tal. não tem nada a ver com isso,
apenas quero que saibam as minhas vontades quando tudo vier a acabar.
quero escandalos, mas nenhum sofrimento. quero apenas lágrimas sinceras, nada de aproveitadores ou penetras.
aliás, quero penetras. nenhum bom evento é entitulado como tal se não houver um.
não quero morrer no anonimato, quero que o mundo saiba, ainda que isso seja total futilidade.
quero me dar ao direito de ver rostos me olhando, quero verdadeiras saudades, e poucas tristezas. apenas as inevitáveis.
quando eu morrer, quero que a agitação seja tanta que eu possa ver de onde quer que esteja.
quero que meus amigos e familiares se juntem, e se apoiem. quero que me amem mais do que nunca.
eu não quero morrer, não agora, eu repito. não sou suicida, não sou doente, talvez um pouco maluca, mas nada que você também não seja.
quero morrer feliz, uma morte significativa, que valha a pena. não diga que você também nunca pensou nisso, pois será um mentiroso.
quero poder saber das pessoas que me procuraram na minha ausência, naquelas que se arrependeram por não terem procurado a mim em vida.
daquelas que desejaram com todas as forças o meu regresso para que pudessem me dar um último abraço, ou celebrar uma ultima vez a minha presença.
quando eu morrer, quero que o mundo aprenda a lidar com a morte. aprenda a lidar com as perdas e comece, então, a valorizar os ganhos.
quero que aprendam comigo, quero que vejam em mim uma solução. não quero morrer em vão.
quero que meus conhecidos vistam aquilo que quiserem, seja preto ou anil. seja coração, seja pensamento, seja alma, seja momento.
quero que todos sejam sinceros, e que aquele que nao sentir vontade de chorar não o faça apenas pelo momento.
quero ir em paz, e deixar todos mais em paz ainda. quero ser um bom espírito, e não pretendo incomodar.
quando eu morrer, quero que o vento apague todas as velas acesas. e que o mesmo vento leve até meus amados
apenas nossas melhores lembranças.
quando eu morrer, quero levar comigo todos os rancores que plantei em vida, e permitir as pessoas que continuem os projetos que eu, de qualquer forma, atrapalhei.
quando eu morrer, quero calmaria e silêncio. mas quero deixar agitação e som.
quando eu morrer, quero que enterrem-se comigo as coisas ruins do mundo, e que a felicidade incondicional se instaure. quero poder ajudar, quero transmitir o amor.
quando eu morrer, quero que se conclua tudo aquilo que eu comecei em vida.
quando eu morrer, eu quero estar bem. quero poder perceber que a vida é tão importante que não pode se eternizar.
quando eu morrer, eu quero apenas morrer.

deixe a magia acreditar que ela existe... e ela então existirá.

é inevitável o desejo do bem. é dificil ver coisas acontecendo ao seu redor, e não desejar o melhor. e não pense que há uma restrição a pessoas boas, porque elas sequer existem. todos somos um meio termo, oscilando entre bem e mau, oscilando entre sorrir ou chorar. algumas coisas trazem a tona toda magia que fica contida no nosso timido interior, oculta pelo medo de sua repercussão. mas lá, onde ninguém pode invadir, onde é seu e inteiramente seu lugar, ficam seus desejos, seus sonhos bobos e seus sentimentos mais bobos ainda. todos temos uma pessoa escondida por um motivo qualquer. uma pessoa que ninguém nunca poderá imaginar, exceto você. é aquela pessoa a qual você destina um lugar na fumaça no espelho do banheiro, pra que você com seus dedos molhados e sorriso sem fim escreva seu nome alí. mas, diferentemente do que acontece com o nome no vidro, essa pessoa não se apaga de você.
saber que todo mundo tem alguém assim me impede de desejar coisas ruins. me faz entender melhor porque cada pessoa está com alguém. nem sempre amamos aquele que nos acompanha, mas o que sentimos por esta pessoa é suficiente para deixá-la permanecer alí e continuar escrevendo outro nome no espelho. a vida não é justa, mas você não precisa acompanhar seu ritmo. regras não são válidas no território emocional, ainda que você possa segui-las se quiser. o tempo é longo, mas também é curto e por isso faz-se necessário que todos os donos dos seus sentimentos saibam da existência deles. arrepender-se faz parte da vida, mas aprenda com isso e evite ao máximo que venha a se repetir. atire-se na vida como se ela fosse apenas uma, e aí quem sabe você vai perceber que ela realmente é.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

ah se a vida fosse cor de... verde !

Nossa rotina é saturada por sequências incomôdas, mas intocáveis. Qualquer mudança não ganha apreço suficiente para ser sequer diagnosticada em favorável ou não. Arriscar não é verbo que pertece ao acervo léxico de todo mundo, tem uns que ocupam o espaço que esta teria por um outro termo muito cotado: o medo. Eu sempre acreditei que esperança é algo pra tolos, no entanto nunca deixei de tê-las. A inconstância das situações danifica nosso sentimentalismo, mas os fatos não são tão fortemente abastecidos de mérito para destruí-lo. Tropeços sucessivos não te aproximam do chão; eles aperfeiçoam seu reflexo para que você chegue ao ponto de nem se abalar com um deles. Deixar-se molhar pelas próprias lágrimas, além de muito dramático, soa com um tom sutil de derrota. E este som não merece penetrar nem nos mais imundos ouvidos, uma vez que sua interpretação pode ter sérias consequências, destancado a que, a meu ver, é a mais intensa: a desistência. Nenhuma decepção apaga sentimentos verdadeiramente estruturados, mas não pense que pra isso são preciso anos nem vidas... é preciso apenas de verdade. Num primeiro momento a vontade dominante é de arrancar com a mão um a um todos os pensamentos bobos que insistem em vagar pelo seu atualmente vago cérebro. Mas depois, você começa a analisar a situação como se a parte drástica sequer houvesse existido... e acaba se sentindo melhor ! Se sentindo bem por não ser mais um a desistir no meio da caminhada e, ainda que tenha chegado ao final e descoberto que seu prêmio foi roubado, ter a sensação de satisfação por ter conseguido arrastar-se até alí. Quando ouvir que nada é ruim o suficiente que não possa piorar, não leve para o lado pessismista da coisa, pense apenas que a situação a qual está vivendo agora tem a obrigação de ser extremamente bem aproveitada. Pois o que vem por aí pode te fazer achar que aquilo que era o fim do mundo não passou do começo. Aposte as fichas que tiver, ainda que sejam pouquíssimas. Não se renda as mentes debilitadas, orientadas a desistir no primeiro obstáculo: vá em frente e siga com a certeza de que por aí tem alguém lutando tanto quanto você, ainda que com objetivos distintos. Ouça a sua voz antes de ouvir a dos outros, pois eles não dominam o seu futuro, nem seu sucesso, muito menos o seu fracasso. Escute seus amigos, mas saiba que a fala deles nem sempre contêm a verdade absoluta, ainda que bem camuflada pela melhor das intenções. E, principalmente, tome muito cuidado com promessas que faz ao coração alheio: eles são mais frágeis do que parece e você é bem menos íntimo do que pensa.

domingo, 19 de julho de 2009

e agora ? literatura de bulas de remédio (:




O progresso é um tornado na vida de cada um que, embora extremamente esperado, é sempre uma surpresa inevitável. Discursamos sobre nossas crenças sistêmicas em nosso potencial, mas é impossível descartar a boa e velha ponta de dúvida a respeito de obter ou não êxito. Naquilo no qual depositamos nossas expectativas estão guardados ocultamente sonhos e trajetórias imprescindíveis ao sucesso. Tenho, inevitavelmente, que deixar um pouco de lado toda minha subjetividade característica e lançar mão de uma narrativa pessoal, a qual tem a data de hoje. A minha aprovação, é disso que falo. Ao encontrar meu nome numa lista de aprovados, antes de toda euforia e alegria que tapam toda a ansiedade e angústias antecessoras, vem tudo que me ocorreu para que eu chegasse até alí. Tudo aquilo que foi em mim investido, toda a preparação, todos os professores, todos os meus erros e acertos... num flash, tudo passou pela minha mente antes que eu pudesse soltar o grito ' EU PASSEI ! '. Haviam os crédulos, os céticos, cada qual com a sua importância no meu cotidiano. Afinal, é sempre necessário ter alguém que duvide da sua capacidade, para instigá-lo a lutar ainda mais. Nesse mesmo momento vem acoplado a tamanha felicidade um pacote de respostas. Passo enfim a conhecer o porquê de nada disso ter acontecido antes ! Alguns podem não acreditar, mas hoje você é livre para interpretar e pensar como quiser. O ' 'não sucesso' anterior, que foi gerador de muita tristeza e raiva, mas principalmente de perguntas a cerca do meu mérito, da minha capacidade e até mesmo do meu destino, simplesmente não aconteceu por não ser a hora. Mais uma vez, deixando a particularidade atuar de forma dominante sobre a generalização de sempre, hoje eu posso perfeitamente compreender porque não entrei numa universidade aos 15, nem aos 16 anos. De uns tempos pra cá minha maturidade se revelou pra mim e, ainda que eu tenha sido a única a notá-la, isso fez total diferença na minha postura a partir daí. Hoje, compreendo que minha vontade infantil de ser aprovada apenas para mostrar que consigo era totalmente errônea e, enquanto durasse, eu jamais conseguiria atingir aquilo que eu chamava de objetivo. Agora, com tudo mais sólido e explícito na minha mente, creio que poderei aproveitar o máximo e da melhor forma possível todos esses frutos que estão a ser colhidos. Não posso deixar de ressaltar a minha base, tanto família quanto os amigos, os quais me incentivaram de uma forma tão sublime, me reerguendo quando eu insistia em ficar ao chão. Toda fé que foi depositada, não interessa de quem, se foi meio-amigo, muito amigo, nem amigo... tanto faz, foi elementar para minha caminhada. Ah, não sei nem como consegui escrever tanto nesse momento! Aos analistas de plantão, não busquem tamanha criatividade nem coisas inovadoras, porque hoje o espaço foi reservado único e exclusivamente para o mais ressaltado em mim no momento: a minha emoção de universitária da Universidade de Brasília.

segunda-feira, 13 de julho de 2009


pensar é algo que, de tão complexo, se torna simples. parar para refletir sobre a vida monótona ou frenética que levamos não é sinônimo de pensar ! isso, ao contrário do que muitos rotulam, exige um esforço imensurável. é uma questão de buscar êxito no seu trabalho mental, e não simplesmente analisar situações por hobbie. as vezes me questionam a origem dos meus textos. na maioria das vezes, uso meu favorável dom de fingir saber a resposta mas, no fundo, eu não sei. acredito fielmente que minhas idéias sejam um reflexo de uma luz já incidida. ou, pra ser menos complexa, frutos amadurecidos de acontecimentos anteriores, que ficaram encubados em algum lugar do meu já gasto cérebro, esperando a hora certa pra escapolir em algumas linhas. mas quando saber a hora certa ? essa pergunta, dependendo da situação a qual se enquadra, tem uma resposta extremamente almejada. todos querem saber quando é a hora certa para fazer a atitude certa. eu, pra fazer jus a minha personalidade do contra, não concordo. hora certa, atitude certa... até parece que a realidade é feita nessa certeza toda ! tudo isso, todas essas dúvidas e suas respectivas respostas desenvolvem-se de nós, de nossas idéias... de nossos pensamentos ! é você quem tem que construir os seus momentos e saber ser feliz ou não em cada um deles. há, de fato, uma gama de decisões a serem tomadas que podem, algumas vezes, confundir você a respeito do que fazer. mas confundir não é sinônimo de caminhar a desistência, mas sim de levar um tempo a mais numa coisa que seria aparentemente mais ágil. a finalização do post de hoje que oscilou dos mais intensos pensamentos às idéias mais simplórias, é com o mais profundo desejo de que cada leitor desenvolva em si, em qualquer fase da vida, o poder da descoberta. descubra amor, descubra raiva... mas, além de tudo isso... a capacidade de aprender e absorver tudo que for de bom e completo em cada uma delas !

quinta-feira, 9 de julho de 2009

peace, serenity ...



maturidade é uma coisa engraçada. passamos uma boa e importante parte da vida argumentando sobre isso, afirmando sermos maduros o suficiente para entender, amar, respeitar... compramos briga com quem diz que ainda não estamos prontos e não paramos de buscar provas concretas dos nossos dizeres. mas em nenhum desses momentos atingimos, de fato, a tal maturidade. ela só aparece quando você entende o quanto se ocupou com besteiras, buscando coisas vazias e inúteis para provar pra sabe-se lá quem uma coisa totalmente desnecessária. você só é maduro quanto percebe que não há nada o que provar a pessoa alguma ! quando capta a mensagem de que a vida é simples demais para suportar pensamentos tão complexos vindo de mentes desocupadas. a boa notícia é que todos atingem o ápice de sua evolução mental. a má, é que é uma data totalmente mutável e imprevisível, que varia de pessoa pra pessoa, levando em conta suas experiências e suas perspectivas. e não há também nenhum catalisador, que acelere nosso amadurecimento. e sua existência seria totalmente prejudicial, afinal precisamos passar um tempo quebrando a cabeça, dizendo que já não somos mais crianças ! é só o tempo que vai nos fornecer uma capacidade ilustre: o entendimento. a compreensão de diversos fatos que, antes, não faziam o menor sentido ! a preocupação dos seus pais com você, o cansaço da sua irmã mais velha ao voltar do trabalho, o stress das pessoas, o seu próprio stress... são todas perguntas que guardam suas respostas nas curvas do longo caminho que temos a seguir. é bonito apreciar nossas trajetórias, compará-las e comparar-nos ao longo de cada uma. somos todos aprendizes eternos, receptores incessáveis de conhecimento e novidades, que lutam sempre para se tornar fontes construtivas de qualquer coisa. tranquilidade e serenidade podem não resolver todo o processo, nem acabar com toda a agonia que se passa... mas pode funcionar como um analgésico leve, pra ajudar as coisas a fluirem melhor. sem restrições e nem contraindicações, dosagem ilimitada e o como efeito colateral, a coisa que a maioria das pessoas mais busca: a paciência.

terça-feira, 7 de julho de 2009



erros e acertos são oriundos de uma mesma fonte inesgotável de necessidade de concretização dos mais variados devaneios do nosso ser. são sonhos e vontades que se traduzem em ações que conduzem a rota tão incerta, mas tão confiável, a qual nos submetemos dia após dia. dizem por aí que começar textos com expressões complexas é bom. mentira, dizem nada... acabei de inventar pra dar um caráter mais dinâmico, sabe ? tá, não tô boa pra inventar hoje ! mas a parte que interessa é que essas palavras de significados não tão ordinários, ordenadas de forma a compor uma idéia complexa, surgiram de uma ação não tão complicada assim: um coco vazio ao lado de uma lixeira.
caminhar no parque é minha fiel rotina e meu maior e melhor momento de solidão inspiradora. foi nesse contexto que presenciei um ato quase consciente de um ser humando. mas um ato quase consciente não deve se enquadrar de forma alguma no campo das boas ações. é claro que a questão não é exatamente o coco ( que, diga-se de passagem, eu peguei e gentilmente joguei na lixeira a dois cm dele ) mas sim a capacidade que nós temos de nos apegar aos 'quases' da vida.
algumas, na verdade, muitas vezes as oportunidades estão alí, escancaradas. e nós ou deixamos passar, ou aproveitamos pela metade ! raramente nos jogamos de corpo e alma naquilo que fazemos, embasando-se sempre no comum, na média, no popular. quem faz a diferença é aquele que acredita no que faz e faz de coração.
se o coco estivesse longe, não estaria tudo bem também. pqê ele poderia ter carregado até uma lixeira e feito a bendita ação de joga-lo lá ! mas, mais uma vez deixando claro que se trata apenas de metáforas e que eu não estou escrevendo tanto baseada em um coco, é preferível se livrar logo no fardo do que carregá-lo por medo da recompensa não ser a esperada. aí está outro problema crônico, a expectativa demasiada em situações simples. eu defendo aquilo de 'tudo que vier é lucro', mas principalmente o ' tudo que você faz, volta pra você'. clichês só são o que são por se enquadrarem em muitas situações, logo, estou autorizada a citá-los quantas vezes for preciso para narrar cotidianos, né ? né !
bom, escrevi demais. tô meio tonta só de ver tantas palavras, mas tô com uma sensação de saciedade. não é de dever cumprido, é de ter botado pra fora isso que ficou me rodeando o dia todo. e aos aventureiros que se deram ao trabalho de ler isso tudo, parabéns ! a você que não leu, pode parecer sacanagem com os corajosos, mas aí vai a síntese de tudo: jogue sempre seu coco na lixeira ;)

quinta-feira, 2 de julho de 2009



o velho dilema do guardar ou revelar.
algumas vezes, quando resolvemos 'brincar' de vida, ficamos encurralados pelas situações. elas, por sua vez, nos botam na parede como quem diz ' é agora ou nunca ' .
mas do mesmo jeito que a existência do sempre é, de longe, duvidosa, o nunca também nunca deu provas reais que tem endereço. as vezes, adiar faz mal. angústia é um
sabor muito amargo, que não desce de jeito nenhum e acaba ficando sempre entalado em algum canto de nós. mas arriscar é, perdoem o pleonasmo, arriscado ! arriscar envolve sentimento, envolve dúvida, envolve espera e, porque não, angústia ! se as respostas atenderem as suas expectativas, fica tudo muito lindo e muito bom ! mas o problema está
em quando o lado de lá não está sintonizado com você ! a dor é grande e real. claro, não é infinita... mas é intensa até demais !
eu nunca tive vocação pra conservadorismo, mas quando o assunto é esse meu acervo pessoal me grita em coro : CALMA !
hoje, pra mim, calma nunca é demais. analisar a situação e acima de tudo concluir com serenidade se vale a pena ou não. as suas intenções podem ser as melhores, os seus sentimentos os mais complexos, mas as chances de você quebrar a cara são as mesmas de sair cara no lançamento da tal moeda. e vale lembrar que quando o assunto é o coração, não existem moedas viciadas que caiam sempre num mesmo lado.
longe de fazer disto um trecho de lamentações, digo que vivam suas vidas do melhor jeito possível. se pra você a vida é feita de riscos, se é daqueles que acredita no ' é melhor arrepender pelo qe fez do que pelo que não fez', tá tudo bem ! você vive intesamente, colhe seus frutos { os bons e os podres também! } e no final da jornada sente orgulho de cada cena !
mas se você é como eu me tornei hoje, que não se martiriza com os ' ah, como teria sido se...' , viva sua vida com um certo quê de precaução, que, de acordo com nossas avós, nunca é demais ! é importante tomar cuidado, pois o bem mais precioso está guardado dentro de você ! não deixe que estraguem, roubem, nem mesmo peguem emprestado todo sentimento bonito que você tiver guardado.
acima de tudo, organize seus sentimentos e só os exponha quando estiver de fato pronta pra isso ! não pense que vai demorar demais ou de menos, pqê nada acontece por acaso.. pelo contrário: tudo acontece no tempo e no momento que tem que ser.
:*

domingo, 14 de junho de 2009



se você se deu bem, quer repetir cada feito. se não foi tão bem assim, quer anular toda e qualquer ação qe tenha feito, com
medo de repetir também nos resultados.
vale lembrar que cada atitude se aplica de um jeito a cada determinada situação, portanto, aquilo que te conduziu
ao êxito hoje pode não ser tão eficaz num amanhã próximo.
em suma, não dá pra procular fórmulas mágicas pra arrasar. afinal, os erros já estão inclusos no nosso pacote adquirido no ato
do nascimento. errar é necessário, tem toda aquela história de aprendizado e tal... mas tem também que você
passa a se conhecer mais com seus erros.
mas torcida é algo que jamais deve ser extinto. suas esperanças devem ser todas depositadas em algo e, quando der, deposite muitas
em vcê. não deixe para o próximo o papel de acreditar no seu potencial.
não se menospreze, não se superiorize. tenha calma, paciência e fé, muita fé nas suas construções (:
eu acredito.