terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Pane no sistema.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Onipresença, onipotência e onisciência.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Lado Esquerdo

Mas guarde sempre os poucos e bons que tiver...
Preservar é uma arte um tanto quanto complexa para leigos. E, pelo que consta, uma vida inteira pode não ser suficiente para sairmos dessa categoria.
Há algum tempo amigos eram seres extraordinários, aos quais confiava-se facilmente a própria vida sem ter o que temer. Hoje, não mudou. Apenas são classificadas como amizade algumas relações mais estreitas, que tem dentro de si sentimentos e precedentes não muito condizentes com a realidade em questão. Encontrar alguém pra confiar sem limites tornou-se uma tarefa nada fácil. E, diante do trabalho árduo, a opção mais frequentemente recorrida é nomear sem méritos alguns semi amigos. Entretanto, do mesmo modo como não dá pra levar uma semi vida, dizer semi palavras nem amar um semi amor é complicado ter amizades pela metade. Os bons amigos são facilmente reconhecidos pelo seu instinto protetor, sua onipresença, sua compreensão e suas advertências. Tudo composto pela maior sinceridade possível, sem simulações e farsas. Nos encatamos com o novo e temos o hábito de desviar a verba destinada ao antigo para arriscar naquilo desconhecido. A nossa sorte é que a amizade, assim como o amor, é paciente. Aguarda a nossa empolgação ir embora, nossos devaneios nos retornarem a relidade e tornarmos a perceber que os verdadeiros nos bastam. Não são delimitados por data, convivência ou sentimento... apenas chegam em nossas vidas e mostram o quão importante era aquela parte que faltava! Aquela que eles, somente eles, representam.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

terça-feira, 24 de novembro de 2009
superficialmente perto.
Falamos de paixão com uma propriedade singular, como se dominássemos todas as possíveis variações desse sentimento. Como se compreendessemos cada detalhe que se esconde e já tivéssemos desvendado todos os mistérios que compreendem esse estado de espírito que é estar apaixonado. Mas, se por um instante, largarmos mão das complexidades e lançarmos um olhar indagante para o trivial, chegamos a conclusão que falta uma pequena, porém importante, parte no quebra cabeça: nos apaixonamos exatamente pelo que?
Há quem diga que é pela pessoa, em sua totalidade. Afirmam apaixonar-se até pelos defeitos, mesmo sabendo que a única prova disso é a capacidade de suportá-los e não de ter afinidade por algum. Falar em partes também não foge muito a regra: amamos cheiros, gestos, risos, abraços, vozes, beijos... tudo aquilo que provoca a sensação indescritível e incomparável que se instaura com a paixão. O ponto principal, aquele sempre existente motivador para que eu inicie algum tema, é a materialização. O contato físico foi, é e sempre será essencial nos relacionamentos, não na apelação obscena do termo, mas no caráter de trasmissão, de carinho e cuidados que só este pode proporcionar. Entretanto, há quem afirme com certeza que é possível amar a longa distância. Se essa afirmação me fosse feita há alguns meses atrás, o máximo que sairia de mim seria uma risada irônica e uma frase descrente. Porém, minha opinião atual diverge da passada e endossa a tese: é possível desenvolver sentimentos por pessoas que sequer conhecemos, de fato. A dúvida que ronda as relações tão distantes é quase sempre a mesma, identidade. Se a pessoa existe, se finge ser alguém que não é, e outras tantas indagações que querem dizer exatamente o mesmo. A principio, pensamos em 'n' possibilidades que envolvem critérios sérios, como segurança própria. Com o passar do tempo, acabamos encantados e envolvidos demais num mundo aparentemente fictício, mas que nos é muito mais sadio do que as tragédias do mundo real. Apaixonar-se é encontrar algo que proporcione um bem surreal, uma sensação de manhã ensolarada, um frio na barriga e todas aquelas velhas emoções sempre listadas quando o assunto é paixão. É entender o que antes não fazia sentido e ficar boba com coisas que você sempre julga criteriosamente utilizando a razão. Portanto, não há regras que englobem com perfeição a heterogeneidade existente na composição do todo no qual estamos inseridos. Apaixone-se por aquilo que fizer sentido para você, e quando alguém te questionar com perguntas sensatas demais para o momento, recomende apenas uma coisa: 'apaixone-se você também!'
segunda-feira, 23 de novembro de 2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Eterno perde ganha.
O calor, o cansaço, o tédio e o ócio. Coisas que podem não pertencer a um mesmo campo semântico, mas que compõem um grupo preciso sintetizador de idéias. Talvez esse não seja o caso, mas o incômodo que essa segunda feira atípica, pelo menos na minha rotina estudantil, provocou é algo que merece seu relato devidamente expresso. Entretanto, entrelinhas há toda aquela velha complexidade de sempre, que não se contenta em ser simplória como os acontecimentos banais de pessoas comuns. Não, tem sempre que haver um cunho filosófico que embase o que eu estou prestes a escrever. E sim, isso acaba sendo muito chato na esmagadora maioria das vezes. Chato ou não, convém expor que por trás dos adjetivos mal pensados e críticas oriundas de mentes exaustas há problemas bem maiores do que a capacidade do nosso imaginário de cogitá-los. Solicitando o empréstimo de frases, o que se escondeu por trás do meu olhar vago durante a totalidade da inutilidade do dia se resume bem em 'o que obviamente não presta, sempre me interessou muito'. Relevando as particularidades e intenções de Clarisse Lispector, (pra quem não sabe, a autora da frase!) ao usar a expressão como síntese pessoal, deixo claro que há uma amplitude no significado do 'não presta' : não se resume a drogas, sexo e, porque não, rock'n'roll. Remete, muito mais, aquilo que não me pertence e nem tem motivos concretos para fazer parte do meu acervo pessoal. Desafios sempre atiçaram a mente humana a despertar o sentimento dotado de toda verocidade chamado desejo; alcançar aquilo que não temos é relativamente empolgante, mas alcançar aquilo que, por ventura, não podemos ter é ainda mais atraente. O problema é fazer um balanço dos benefícios e malefícios de tal cobiça e concluir que, se há um motivo para aquilo pertencer a outras mãos, é nelas que ele deve permanecer. Pensar assim não exclui tentativas nem desaparece com a empolgação do processo, mas apenas acrescenta uma pitada extremamente necessária de consciência. Vale aplicar aqui outra frase, cujo autor eu desconheço, mas agradeço muito pelo feito: não faça com o outro aquilo que não quer que façam com você. Aceite os fatos: os seus e os dos outros. Ceder e lutar são antônimos que podem, sim, coexistir.
sábado, 7 de novembro de 2009
Estar ausente, dói. Não só sentir o vazio deixado por alguém, mas principalmente se sentir alheio a coisas que antes eram suas é também um martírio. Se ver engajado em uma realidade específica torna as coisas comuns, e estar acomodado faz com que deixemos passar meros detalhes que só se intensificam na falta dos mesmos. Assistir da platéia o seu espetáculo é ser apenas observador da sua própria história. Muitos instintos nos levam a afastar pessoas, a mantê-las sempre no perímetro de segurança e barrar toda tentativa de romper suas barreiras automáticas. Mas, há algo que permite modificar essa configuração imposta: as nossas escolhas. "São nossas escolhas que revelam quem realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades"¹. Ninguém escolhe estar sozinho ou incapaz de compartilhar seus ganhos e fracassos; mas é totalmente resultado do que optamos se permitir viver, de fato, ou simplesmente pagar pelo camarote e admirar a construção de uma vida que jamais será realmente sua. sexta-feira, 6 de novembro de 2009
fácil, extremamente...difícil!
terça-feira, 3 de novembro de 2009

Os espasmos de esperança, de que tudo que pode dar certo de algum modo irá dar. A vida pode não funcionar num mecanismo tão utópico como estes meus pensamentos, mas uma coisa é certa: ela é tão maleável quanto meus anseios conseguirem moldá-la. O produto bruto que compomos inicialmente é constantemente lapidado por rajadas de aprendizados, oriundos dos mais inesperados momentos, revelando mais uma vez que não há nada pré-determinado que resista a força e a intensidade da vontade verdadeira de construir algo melhor para o seu próprio amanhã. A plantação de cada um renderá frutos suficientes para saciar o mesmo, o que nos impede de plantar a mais esperando poder dividir ou plantar menos esperando poder receber. Somos donos dos nossos próprios destinos, o que não impede que façamos interseções com os de outrém; mas nada que mescle irreversivelmente o que está por vir para ambos. A nossa construção é marcada pelo erguimento de pilares primordiais, que tem em sua composição não apenas boas coisas, mas principalmente o aprendizado obtido em todas aquelas que não foram de caráter tão benéfico assim. Após fixadas as bases, começamos a dar forma ao passo que amadurecemos: escolhemos caminhos e pessoas para trilhá-los em nossa companhia. Mais uma vez, como em todas as etapas do processo, estamos sujeitos a erros no ato de optar por algo ou alguém, mas qualquer opção marcada irá trazer seus resultados. Um aprendizado efetivo na maioria das situações é o de tirar algo de útil de qualquer acréscimo de vivência. O dom de ensinar coisas complexas, como ciências, religião, política ou amores, não é tão comum como se pensa: as vezes, confundimos o saber contar suas experiências com o preparar alguem para passar por algo semelhante. Transmitir conhecimento de forma específica para a aplicação é algo que requer, acima de tudo, a mais sincera das vontades. No entanto, toda intenção de ajudar é válida, ainda que você não saiba como, com que palavras ou em que momento fazê-lo. Quando as coisas caminharem nesse eixo, opte pelas tentativas espontâneas; se não corresponderem as suas espectativas, ao menos terão saído do campo das idéias e terão colaborado para que, numa próxima vez, você obtenha mais êxito no ato de humanizar-se.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
"...a alternativa correta é :
Respostas pra indagações complexas da vida não possuem um compartimento próprio onde aguardam que sejam solicitadas e daí simplesmente saltam até você. Contrária a toda essa facilidade, a localização das soluções encontra-se não só em um, mas em vários momentos que muitas vezes passam até despercebidos. Fragmentos das mais variadas situações se deslocam para outras, onde parecem não fazer sentido, mas estão aguardando que alguém vá em sua busca. Juntar todos esses cacos é, de longe, cansativo, desmotivando várias pessoas que se julgam incapazes de interpretar sua própria existência em busca de auxílio na obtenção do êxito naquilo que fizer. A esse tipo de pessoa talvez realmente não caiba a posse das respostas que, de tão valiosas, deve ser muito bem valorizadas. Porém, algumas vezes não podemos contar como respostas sendo artefatos enterrados em alguns lugares do passado: elas ainda podem estar por vir, e aí solicitam de nós uma coisa ainda mais difícil... paciência! Apelar para reclamações a cerca do simples 'não entendimento' das coisas é a arma que mais lançamos mão no discurso cotidiano, talvez pela amplitude característica do termo, ou simplesmente porque nos recusamos a buscar conhecer e apenas optamos por ficar alheios. Respostas, formuladas ou encontradas, situações, sonhos, planos, erros, medos... são todos componentes de um mesmo grupo chamado vida, e não merecem uma atenção particular maior do que se deve dar ao todo. Algumas vezes acabamos nos prendendo a um dos itens, ignorando o fato de haver uma gama de outros igualmente úteis e talvez até mais construtivos. Em suma, lembre-se das suas aulas de gramática e apague a aplicabilidade da metonímia na sua produção vital: nada de trocar o todo pela parte. a parte pelo todo as vezes pode até ser positivo, mas bom mesmo é dar a importância específica a cada qual e aprender a fazer com que trabalhem de forma conjunta beneficiando o mais interessado: VOCÊ!
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Febres
sábado, 24 de outubro de 2009
No Name
Sessão "publicando as obras não publicáveis". Divirtam-se, ou somente aguardem a volta dos posts reflexivos (:
terça-feira, 20 de outubro de 2009
" é coisa pra se guardar...
Dias chuvosos não são bons apenas para ibernar: eles servem também de inspiração. Isso, pra você, pode não ser uma verdade absoluta, mas pra mim com certeza as coisas funcionam exatamente desse jeito. Não sei se é a ociosidade, ou a calmaria paradoxal que os barulhos produzidos pelos elementos de uma tempestade... mas algo nisso tudo tem um quê de reflexão. Independente de explicações, o fato é que o pensamento do dia foi relacionamentos. Não, não estarei mais uma vez ocupando o espaço pra falar de amores frustrados, desilusões, paixonites e afins. Hoje, a prioridade é pra aquela que é, ao meu ver, a segunda mais importante relação que mantemos em vida: a amizade. Perdendo apenas para os laços familiares, não conheço um ser humano sequer que questione a significância dos seus amigos. O que constrói tudo aquilo que somos está diretamente ligado aos vínculos que formamos e na forma como eles vão atuar nas nossas vidas. E há amigos de todos os tipos, para todas as situações, sejam elas as mais inimagináveis. Amizades de infância, que se tornam algo equiparado ao casamento só que, é claro, não tão monótono e irritante: se conhecem a longa data, decoraram manias boas e ruins, brigaram, reataram e hoje, por mais distantes ou incomunicáveis que se encontrem, sabem bem que tudo aquilo que passaram juntos dificulta toda e qualquer tentativa de separação. Amigos espontâneos, cuja afinidade surge e se estabelece num piscar de olhos, transformando um mero desconhecido em um cúmplice com apenas alguns minutos de papo jogado fora. Amigos difíceis, que necessitou todo um processo de aceitação, onde o sentimento não foi a primeira vista, nem a segunda, muito menos a terceira, e o sentimento por pouco não se confundiu com outros bem contrários de aversão, mas que no fim das contas resultou em afinidade abundante e laços consistentes. E por que não, amigos amores, que foram frutos de outros sentimentos, mas que renderam boas amizades prevalescentes na presença ou ausência daquele sentimento que as proporcionou. É tanta variedade, mas todas com o ponto em comum mais importantes de todos: são máquinas geradoras de felicidade! E o melhor, não há valor a ser pago... cobra-se, nesses casos, apenas a reciprocidade!
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Nossa realidade é multifacetada. De acordo com a minha disposição a lidar com os assuntos da vida, posso focar naquilo que melhor combinar com o momento. É claro que na prática as coisas não são brincadeira, e não somos personagens maleáveis o suficiente para viver uma face de acordo com nosso humor. Essa mesma realidade de vários caráteres abriga dentro de si um ponto de interseção, que foge aos padrões de conforto que muitos tomamos como parâmetro. As nossas reclamações correspondem aos sonhos de muitas pessoas que não tem a chance de poder reclamar desenfreadamente das coisas mais abstratas possíveis. Quando falamos de realidade dura para alguns, não estamos nos referimos apenas a não ter uma roupa nova para o baile, nem sapatos para combinar: falamos de pessoas que são carentes de coisas básicas, tanto para a sustentação física, quanto moral. Falamos de pessoas que não são para nós tão alheias assim, não estão em outro planeta nem em outra dimensão: são apenas ignoradas pelo nosso olhar de egoísmo e ignorância. falar é de fato muito simples e convincente, mas atitudes extrapolam feitos meramente ilustrativos. Portanto, nem sempre focar naquilo que mais lhe agrada é uma boa escolha. Talvez olhar em volta custe menos e seja mais eficaz para que você alcance o seu equilíbrio sem que para isso tenha que derrubar ninguém.Past Continuous
Falar de assuntos gerais, por mais que seja uma prática habitual, é sempre mais complicado do que simplesmente expressar suas angústias. Mas, como o que é complexo curiosamente me agrada mais, é com algo desse gênero que pretendo gastar algumas linhas hoje. Passado. Quando o assunto é esse, não sei você, mas a mim remete de cara aos amores, amigos, momentos, vivências, aprendizados, risadas e toda essa bagagem de coisas que foram ficando, cada qual em seu respectivo ambiente e tempo, com o passar dos dias. Estaria o passado de fato estático e intacto em algum lugar? Acho que não. O futuro é proporcionalmente mutável às nossas atitudes no presente, e moldável de acordo com o rumo que tomamos. O passado é diferente por ser um fato já consumado, talvez por isso seja sempre taxado de irreversível. O pretérito, que oscila entre perfeito e real, funciona muitas vezes como um refúgio, um objeto de cobiça para conseguir sair das situações complexas que o presente nos permite construir. Engraçado mesmo é como todo presente se torna passado, e assume, a partir daí, um caráter totalmente diferente daquele que possuia de fato. Bom mesmo seria se funcionasse como um depósito, ao qual pudéssemos ter acesso sempre que julgássemos necessário; mas, se assim fosse, há de concordar que não haveria passado! Como nada na vida é mera coincidência, pelo menos não para mim e meu ponto de vista, há uma boa razão para que o passado seja assim, tão distante ainda que pertença totalmente a você. Uma relíquia, um porto seguro de armazenamento, que serve para ampará-lo, ainda que apenas com memórias, e permitir sua análise do que deu e não deu certo, pra que você copie ou exclua suas atitudes, de acordo com a dimensão que tiveram anteriormente. É o rascunho contínuo da vida que, em sua extensão, permite tentativas constantes, acompanhadas ou não de algum acerto posterior. Se é justo ou não manter momentos tão singulares apenas na memória, não cabe a nós julgar; cuidar para que esses momentos se repitam e proporcionem iguais ou melhores sensações, isso sim está ao nosso alcance.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
intimamente impessoal
é fato que já não há sol nenhum para que a saudação fosse essa, mas não pensem que eu não sei diferenciar dia de noite, claro de escuro. o ponto não é esse, então não vamos perder tempo nem o sentido da história nisso. há algum tempo atrás, talvez não muito, provas de amor marcavam a possibilidade de um relacionamento. e, se este chegasse a ser um fato consumado, seria duradouro, intenso e verdadeiro. os anos passaram e carregaram com eles grande parte das boas intenções que se faziam necessárias, ainda que como camuflagem, para esse tipo de relação. e hoje, numa análise bruta, onde chegamos? ao mesmo tempo que deixamos de lado nossos sentimentos, lançamos mão dos mesmos em frases feitas e dedicadas com todo afeto do mundo a pessoas praticamente desconhecidas. não se precisa mais conhecer a fundo a personalidade, os pensamentos, a vida ou qualquer outra coisa assim de um individuo para amá-lo. de fato, muito mudou, inclusive o valor do sentimento amor. eu sou sim daquelas que prega e defende que amor verdadeiro é aquele entre você e seus pais. mas dentro desse discurso não dá pra renegar aquele sentimento bom, que é um misto de conforto, prazer, segurança e mais um monte de coisas boas dificeis de serem listadas. pois então, esse mesmo sentimento tão complexo e tão intenso não corresponde ao significado atual que a maioria atribui ao amor. hoje, deixamos tornar rotineiro um 'eu te amo' que deveria, antes de tudo, conquistar espaço e ser merecedor de alí residir. muitos julgam como antiquado aquele que espera para declarar um sentimento, afinal... são só palavras, não é mesmo? não. se fossem só palavras poderiam ser ditas assim, a torto e a direito, sem a mínima preocupação se o receptor compreende o sentido e a intenção daquele discurso. qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência: quando dizemos que deturparam o significado de amar, não estamos apenas buscando uma forma culta de expressar uma indignação fajuta e superficial do caos que se instaurou no sentimentalismo como um todo. é realmente lamentante ver no que conseguimos transformar toda a magia, toda a pureza que antes era tão abundante. as pessoas, cada vez mais jovens, fazem atribuições de relacionamentos à envolvimento sem sentimento. não há relação sem sentimento, quando é que conseguiremos compreender isso? nem que seja indiferença, mas sempre há algo envolvido. negar a existência de um propósito maior parece ser motivo de orgulho, mas é apenas a prova que estamos lidando com situações tão diferentes, que acabamos vendo necessidade em nos mascarar de indiferença e estabelecer vínculos ficticios com pessoas aleatórias. não subestimando sua capacidade de ler as entrelinhas, que fique claro a função do bom dia do início: se eu escrevesse ali 'eu te amo' faria, de fato, alguma diferença? já não tenho criticas a construir quanto a essa postura dominante. ' aos meus inimigos ofereço minhas palmas e sorrisos; jamais as minhas vaias, pois não há expressão melhor da incapacidade de aceitar a superioridade do próximo quanto tentando reduzi-lo.' são minhas próprias palavras, entre aspas porque de certa forma foge ao contexto. os amantes da ausência do sentimento não são inimigos, apenas pobres almas que ainda não têm noção da lacuna que estão alimento dentro do seu universo. e a falta de inspiração pode conduzi-lo a achar o texto um tanto quanto entediante: não se culpe, pois hoje compartilhamos desse mesmo sentimento.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
cômicos. é isso que nós somos, pra não dizer hipócritas ignorantes. num relacionamento, nos lançamos armados da cabeça aos pés com regras, comparações, advertências e opiniões. nos tornamos alheios a todas as falhas e reservamos a culpa única e exclusivamente para o outro. na relação do vizinho, palpitamos de certa forma sempre negativamente, alegando que se ele é compreensivo, é passivo demais se tem atitude, é muito explosivo. num trecho desse contexto parece humanamente impossível atingir um relacionamento ideal, que agrade os componentes e os agregados que insistem em se achar parte do todo. criticamos tanto, mas na prática tiramos uma xerox do comportamento errôneo e seguimos a risca esse molde mal intencionado. convencionamos a saciedade no relacionamento como aquela que engloba os sentimentos de participantes e alheios da interação. esquecemos do sentimento de completar-se com o que o outro tem a lhe oferecer, sem passar a maior parte do tempo tentando modificar atitudes, pensamentos, apenas convivendo e contemplando a alegria de encontrar alguém que lhe faça simplesmente bem. nunca haverá uma multidão protestando em prol da sua felicidade, assim como você não verá ninguém observando sua vida sem palpitar, seja lá com qual intenção for. jamais haverá pessoas perfeitas, com sorrisos estampados de duração vinte e quatro horas, de diálogo sempre doce e sereno. Aprender a aceitar o que te faz bem é abdicar de coisas supérfluas e, possivelmente, degenerativas de ego. aprender a viver inclui a entender que a sua vida é você quem tem que fazer.
domingo, 4 de outubro de 2009
NÃO !
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
outros são os outros. e SÓ!
arco-íris monocromático
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
aquele dia.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
culpa.
É belíssimo como nos fazemos alheios a sociedade quando vamos criticá-la, sob qualquer aspecto. Personificamos como unitária toda massa social e atuamos como se ela detivesse todos os defeitos responsáveis pela corrupção do ideário atual. Quando nos referimos a erros, não somos sequer coadjuvantes do enredo principal. Sentimos um alívio planejado em encontrar um depósito de razões, culpas e consequência que quase sempre tem de verdadeiro apenas a nossa necessidade de maquear a realidade deturpada que construímos em nossos passos mal dados. A ponte gigantesca entre falar e agir não é rotina de muitos, pois a maioria não consegue absorver das boas causas a energia necessária para cumprir o trajeto. Mas nem por isso deixamos de exercitar os músculos faciais, em discursos honrosos e cheios de dedicação patriótica. Condenamos a desigualdade, como se jamais tivéssemos sequer mencionado esta palavra e como se desconhecessemos por completo seu mais simples significado. Ficamos aterrorizados em ver como a tal sociedade impõe padrões e submete vidas inocentes a conceitos alheios de todas as formas a sua simplória realidade. Talvez dentre tanta perfeição contida em nossa essência, a idéia de que somos parte dessa sociedade injusta e errônea tenha passado despercebida e se feito esquecida. Se não temos artifícios suficientes para introduzir medidas eficazes no combate aos males, de nada adianta culpar um ser inexistente para camuflar nossa própria incopetência. Mudança pede atitude e, acima de tudo, repele toda e qualquer verbalização insignificante dos atos inviáveis.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Hipo Crisia. Escassez de críticas
Nós temos o mal hábito e a falsa impressão de que a rotina embeleza e reconsidera as más coisas. Não é só porque algo é feito com frequência que abandona seu caráter mau ou bom.
Gentilezas são gentilezas, e ofensas são ofensas. Não há essa história de hábitos gastos, generosidades dilaceradas pelo calendário nem mal repetitivo que passa despercebido.
Isso é, na verdade, artifícios de muitos para justificar suas ausências e falhas particulares. Pessoas são facilmente atraídas pela comodidade, jamais rejeitariam uma chance de facilitar sua vida, já tão simples.
Pensam que todo o discurso de inocência e atos não intencionais convence a todos, e que não fazemos idéia dos seus planos ocultos por trás de tanta falsa bondade. O problema de grande parte dos seres humanos
é esquecer que vivem rodeados pelos seus semelhantes. Perde-se em nossos pensamentos o fato de que partilhamos, se não de todas, da maioria de mesmas maldades que circundam nossa áurea pura.
Então, achando que tanta sujeira passa em branco, lameamos uns aos outros com palavras simples, tão inocentes e cortantes como uma folha de papel. Hipocrisia temos aos montes, o que ainda falta
é uma pitadinha de bom senso.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
h armo nia. h amor nia
Relações harmoniosas remetem nosso intelecto à biologia. numa avaliação mais extensa, conseguimos concluir que harmonia rege muito mais que isso.
durante um número musical, a quantidade de instrumentos que compõe um som são mescladas de uma forma tão homogênea, que chega até nós como um só.
é fato que os timbres são identificados pelos mais atentos, ou mais pacientes, mas é facilmente provável confundi-los ou indiferenciá-los.
entre os músicos, a harmonia é mais que essencial. como seu diálogo é impossibilitado pelo volume do conjunto, é criada automaticamente uma sintonia.
eles se comunicam entre notas, mas não pense que isso se resume ao do ré mi. são notas, vibrações, ondas que navegam o ar de um a outro, combinando tons, sons e sinfonias.
é tão intenso quando observado que deixa até o mais hábil escritor sem palavras para traduzir verbalmente todo o ocorrido.
harmonia é cumplicidade. aos nossos amigos, reservamos a conversa via olhares. pelos mais crédulos, telepatia. mas é simplesmente conexão.
aos nossos amantes, destinamos o desejo secreto, jamais dito nem ouvido, mas existente e compartilhado pelos mais específicos meios.
o contato, seja ele físico, visual, olfativo, pode facilmente ser substituído pelo pensamento, quando entre os seres há sintonia.
não há nada de impossível, mas passa longe do trivial chegar a este ponto com alguém. o introsamento deve ser total e a vontade de compartilhar igualmente integral.
permitir que uma pessoa ingresse assim em sua vida é dar a ela passe livre para permanecer por tempo indeterminado em cada uma de suas decisões.
nos momentos mais inertes, nos momentos nada propícios, nos mais necessários... interação entre corpos é uma coisa que não se restringe à física.
no entanto, por maior que seja a carência de esforço para obter-se o ápice da harmonia, há casos que ela é pré-destinada a não ocorrer.
lutamos, nos esforçamos, mas parece que o destino seleciona a dedo com quem será permitido que você estabeleça esse tipo de relação.
pra descobrir quem é de qual tipo ? TENTE. isso sim, não te custa nada.
sábado, 1 de agosto de 2009

os anos desbotam nosso humor.
perdemos a graça que tanto encontrávamos nas mais simplorias e inusitadas situações. tudo se resolvia aos risos e não aos berros como insistimos em preferir agora.
os anos rastejam ao nosso redor, e é necessário cuidado para que não se tropece em nenhum deles.
eles são maléficos em seu caráter passageiro, e sábios em sua face inexorável.
pobres das almas perdidas que mergulham-se em lembranças e delas pretendem viver. são um mar de algas vivas, preparadas a prender qualquer espectro de vida que por alí pensar em se instalar.
em devaneios nos perdemos, nos embriagamos com nosso passado, alvo ou negro, aquém ou além daquilo que conseguimos fielmente recordar.
arrependimento, fúria, saudade. sentimentos comuns àqueles adeptos aos nostálgicos, o que equivale a uma boa parcela de todo mundo.
palavras também se vão, ainda que possam ser lidas com toda precisão estética que o futuro insiste em distorcer.
no entanto, os seus significados e intenções não resistem ao passar dos ponteiros, e perdem-se no ar.
no passado guardam-se soluções que só podem ser enxergada com a lente de uns anos após. aí consiste um sentido para conservá-lo com tanto apreço.
mas a existência de condições para encontrar a mesma solução através de artifícios do futuro, torna desnecessário tanta dedicação.
todo tempo é passado ou futuro. o presente não dura o suficiente para caracterizar-se como tal.
hoje já está gasto a espreita de um amanhã que em breve será ontem.
valeria mesmo a pena viver inerte, alheio a tantas modificações substantivais atribuídas aos dias ?
quando disserem pra que não deixe nada pra amanhã, ouça.
quando adiar algo para amanhã, faça sua despedida.
o mundo não pára, não espera.
domingo, 26 de julho de 2009
When I Die.
quando eu morrer, quero que as luzes se apaguem um minuto por dia, para que as pessoas consigam me enxergar, ainda que no escuro.
quando eu morrer, quero que as pessoas se lembrem da excelente amiga que fui, ou pelo menos da que me tornarei quando morrer.
quando as pessoas morrem, elas ficam boas. é a única forma de purificação total.
coitado, ele morreu, não fale assim !
quero ser o centro das atenções sem ser intitulada de egocêntrica.
quero que pensem em mim sem receio, afinal eu já não vou estar mais aqui.
eu não quero morrer, não agora. deixo isso bem claro aos que pensam que estou prevendo algo, ou sequer pensando em tal. não tem nada a ver com isso,
apenas quero que saibam as minhas vontades quando tudo vier a acabar.
quero escandalos, mas nenhum sofrimento. quero apenas lágrimas sinceras, nada de aproveitadores ou penetras.
aliás, quero penetras. nenhum bom evento é entitulado como tal se não houver um.
não quero morrer no anonimato, quero que o mundo saiba, ainda que isso seja total futilidade.
quero me dar ao direito de ver rostos me olhando, quero verdadeiras saudades, e poucas tristezas. apenas as inevitáveis.
quando eu morrer, quero que a agitação seja tanta que eu possa ver de onde quer que esteja.
quero que meus amigos e familiares se juntem, e se apoiem. quero que me amem mais do que nunca.
eu não quero morrer, não agora, eu repito. não sou suicida, não sou doente, talvez um pouco maluca, mas nada que você também não seja.
quero morrer feliz, uma morte significativa, que valha a pena. não diga que você também nunca pensou nisso, pois será um mentiroso.
quero poder saber das pessoas que me procuraram na minha ausência, naquelas que se arrependeram por não terem procurado a mim em vida.
daquelas que desejaram com todas as forças o meu regresso para que pudessem me dar um último abraço, ou celebrar uma ultima vez a minha presença.
quando eu morrer, quero que o mundo aprenda a lidar com a morte. aprenda a lidar com as perdas e comece, então, a valorizar os ganhos.
quero que aprendam comigo, quero que vejam em mim uma solução. não quero morrer em vão.
quero que meus conhecidos vistam aquilo que quiserem, seja preto ou anil. seja coração, seja pensamento, seja alma, seja momento.
quero que todos sejam sinceros, e que aquele que nao sentir vontade de chorar não o faça apenas pelo momento.
quero ir em paz, e deixar todos mais em paz ainda. quero ser um bom espírito, e não pretendo incomodar.
quando eu morrer, quero que o vento apague todas as velas acesas. e que o mesmo vento leve até meus amados
apenas nossas melhores lembranças.
quando eu morrer, quero levar comigo todos os rancores que plantei em vida, e permitir as pessoas que continuem os projetos que eu, de qualquer forma, atrapalhei.
quando eu morrer, quero calmaria e silêncio. mas quero deixar agitação e som.
quando eu morrer, quero que enterrem-se comigo as coisas ruins do mundo, e que a felicidade incondicional se instaure. quero poder ajudar, quero transmitir o amor.
quando eu morrer, quero que se conclua tudo aquilo que eu comecei em vida.
quando eu morrer, eu quero estar bem. quero poder perceber que a vida é tão importante que não pode se eternizar.
quando eu morrer, eu quero apenas morrer.
deixe a magia acreditar que ela existe... e ela então existirá.
é inevitável o desejo do bem. é dificil ver coisas acontecendo ao seu redor, e não desejar o melhor. e não pense que há uma restrição a pessoas boas, porque elas sequer existem. todos somos um meio termo, oscilando entre bem e mau, oscilando entre sorrir ou chorar. algumas coisas trazem a tona toda magia que fica contida no nosso timido interior, oculta pelo medo de sua repercussão. mas lá, onde ninguém pode invadir, onde é seu e inteiramente seu lugar, ficam seus desejos, seus sonhos bobos e seus sentimentos mais bobos ainda. todos temos uma pessoa escondida por um motivo qualquer. uma pessoa que ninguém nunca poderá imaginar, exceto você. é aquela pessoa a qual você destina um lugar na fumaça no espelho do banheiro, pra que você com seus dedos molhados e sorriso sem fim escreva seu nome alí. mas, diferentemente do que acontece com o nome no vidro, essa pessoa não se apaga de você.saber que todo mundo tem alguém assim me impede de desejar coisas ruins. me faz entender melhor porque cada pessoa está com alguém. nem sempre amamos aquele que nos acompanha, mas o que sentimos por esta pessoa é suficiente para deixá-la permanecer alí e continuar escrevendo outro nome no espelho. a vida não é justa, mas você não precisa acompanhar seu ritmo. regras não são válidas no território emocional, ainda que você possa segui-las se quiser. o tempo é longo, mas também é curto e por isso faz-se necessário que todos os donos dos seus sentimentos saibam da existência deles. arrepender-se faz parte da vida, mas aprenda com isso e evite ao máximo que venha a se repetir. atire-se na vida como se ela fosse apenas uma, e aí quem sabe você vai perceber que ela realmente é.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
ah se a vida fosse cor de... verde !
Nossa rotina é saturada por sequências incomôdas, mas intocáveis. Qualquer mudança não ganha apreço suficiente para ser sequer diagnosticada em favorável ou não. Arriscar não é verbo que pertece ao acervo léxico de todo mundo, tem uns que ocupam o espaço que esta teria por um outro termo muito cotado: o medo. Eu sempre acreditei que esperança é algo pra tolos, no entanto nunca deixei de tê-las. A inconstância das situações danifica nosso sentimentalismo, mas os fatos não são tão fortemente abastecidos de mérito para destruí-lo. Tropeços sucessivos não te aproximam do chão; eles aperfeiçoam seu reflexo para que você chegue ao ponto de nem se abalar com um deles. Deixar-se molhar pelas próprias lágrimas, além de muito dramático, soa com um tom sutil de derrota. E este som não merece penetrar nem nos mais imundos ouvidos, uma vez que sua interpretação pode ter sérias consequências, destancado a que, a meu ver, é a mais intensa: a desistência. Nenhuma decepção apaga sentimentos verdadeiramente estruturados, mas não pense que pra isso são preciso anos nem vidas... é preciso apenas de verdade. Num primeiro momento a vontade dominante é de arrancar com a mão um a um todos os pensamentos bobos que insistem em vagar pelo seu atualmente vago cérebro. Mas depois, você começa a analisar a situação como se a parte drástica sequer houvesse existido... e acaba se sentindo melhor ! Se sentindo bem por não ser mais um a desistir no meio da caminhada e, ainda que tenha chegado ao final e descoberto que seu prêmio foi roubado, ter a sensação de satisfação por ter conseguido arrastar-se até alí. Quando ouvir que nada é ruim o suficiente que não possa piorar, não leve para o lado pessismista da coisa, pense apenas que a situação a qual está vivendo agora tem a obrigação de ser extremamente bem aproveitada. Pois o que vem por aí pode te fazer achar que aquilo que era o fim do mundo não passou do começo. Aposte as fichas que tiver, ainda que sejam pouquíssimas. Não se renda as mentes debilitadas, orientadas a desistir no primeiro obstáculo: vá em frente e siga com a certeza de que por aí tem alguém lutando tanto quanto você, ainda que com objetivos distintos. Ouça a sua voz antes de ouvir a dos outros, pois eles não dominam o seu futuro, nem seu sucesso, muito menos o seu fracasso. Escute seus amigos, mas saiba que a fala deles nem sempre contêm a verdade absoluta, ainda que bem camuflada pela melhor das intenções. E, principalmente, tome muito cuidado com promessas que faz ao coração alheio: eles são mais frágeis do que parece e você é bem menos íntimo do que pensa.
domingo, 19 de julho de 2009
e agora ? literatura de bulas de remédio (:
O progresso é um tornado na vida de cada um que, embora extremamente esperado, é sempre uma surpresa inevitável. Discursamos sobre nossas crenças sistêmicas em nosso potencial, mas é impossível descartar a boa e velha ponta de dúvida a respeito de obter ou não êxito. Naquilo no qual depositamos nossas expectativas estão guardados ocultamente sonhos e trajetórias imprescindíveis ao sucesso. Tenho, inevitavelmente, que deixar um pouco de lado toda minha subjetividade característica e lançar mão de uma narrativa pessoal, a qual tem a data de hoje. A minha aprovação, é disso que falo. Ao encontrar meu nome numa lista de aprovados, antes de toda euforia e alegria que tapam toda a ansiedade e angústias antecessoras, vem tudo que me ocorreu para que eu chegasse até alí. Tudo aquilo que foi em mim investido, toda a preparação, todos os professores, todos os meus erros e acertos... num flash, tudo passou pela minha mente antes que eu pudesse soltar o grito ' EU PASSEI ! '. Haviam os crédulos, os céticos, cada qual com a sua importância no meu cotidiano. Afinal, é sempre necessário ter alguém que duvide da sua capacidade, para instigá-lo a lutar ainda mais. Nesse mesmo momento vem acoplado a tamanha felicidade um pacote de respostas. Passo enfim a conhecer o porquê de nada disso ter acontecido antes ! Alguns podem não acreditar, mas hoje você é livre para interpretar e pensar como quiser. O ' 'não sucesso' anterior, que foi gerador de muita tristeza e raiva, mas principalmente de perguntas a cerca do meu mérito, da minha capacidade e até mesmo do meu destino, simplesmente não aconteceu por não ser a hora. Mais uma vez, deixando a particularidade atuar de forma dominante sobre a generalização de sempre, hoje eu posso perfeitamente compreender porque não entrei numa universidade aos 15, nem aos 16 anos. De uns tempos pra cá minha maturidade se revelou pra mim e, ainda que eu tenha sido a única a notá-la, isso fez total diferença na minha postura a partir daí. Hoje, compreendo que minha vontade infantil de ser aprovada apenas para mostrar que consigo era totalmente errônea e, enquanto durasse, eu jamais conseguiria atingir aquilo que eu chamava de objetivo. Agora, com tudo mais sólido e explícito na minha mente, creio que poderei aproveitar o máximo e da melhor forma possível todos esses frutos que estão a ser colhidos. Não posso deixar de ressaltar a minha base, tanto família quanto os amigos, os quais me incentivaram de uma forma tão sublime, me reerguendo quando eu insistia em ficar ao chão. Toda fé que foi depositada, não interessa de quem, se foi meio-amigo, muito amigo, nem amigo... tanto faz, foi elementar para minha caminhada. Ah, não sei nem como consegui escrever tanto nesse momento! Aos analistas de plantão, não busquem tamanha criatividade nem coisas inovadoras, porque hoje o espaço foi reservado único e exclusivamente para o mais ressaltado em mim no momento: a minha emoção de universitária da Universidade de Brasília.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
pensar é algo que, de tão complexo, se torna simples. parar para refletir sobre a vida monótona ou frenética que levamos não é sinônimo de pensar ! isso, ao contrário do que muitos rotulam, exige um esforço imensurável. é uma questão de buscar êxito no seu trabalho mental, e não simplesmente analisar situações por hobbie. as vezes me questionam a origem dos meus textos. na maioria das vezes, uso meu favorável dom de fingir saber a resposta mas, no fundo, eu não sei. acredito fielmente que minhas idéias sejam um reflexo de uma luz já incidida. ou, pra ser menos complexa, frutos amadurecidos de acontecimentos anteriores, que ficaram encubados em algum lugar do meu já gasto cérebro, esperando a hora certa pra escapolir em algumas linhas. mas quando saber a hora certa ? essa pergunta, dependendo da situação a qual se enquadra, tem uma resposta extremamente almejada. todos querem saber quando é a hora certa para fazer a atitude certa. eu, pra fazer jus a minha personalidade do contra, não concordo. hora certa, atitude certa... até parece que a realidade é feita nessa certeza toda ! tudo isso, todas essas dúvidas e suas respectivas respostas desenvolvem-se de nós, de nossas idéias... de nossos pensamentos ! é você quem tem que construir os seus momentos e saber ser feliz ou não em cada um deles. há, de fato, uma gama de decisões a serem tomadas que podem, algumas vezes, confundir você a respeito do que fazer. mas confundir não é sinônimo de caminhar a desistência, mas sim de levar um tempo a mais numa coisa que seria aparentemente mais ágil. a finalização do post de hoje que oscilou dos mais intensos pensamentos às idéias mais simplórias, é com o mais profundo desejo de que cada leitor desenvolva em si, em qualquer fase da vida, o poder da descoberta. descubra amor, descubra raiva... mas, além de tudo isso... a capacidade de aprender e absorver tudo que for de bom e completo em cada uma delas !
quinta-feira, 9 de julho de 2009
peace, serenity ...
maturidade é uma coisa engraçada. passamos uma boa e importante parte da vida argumentando sobre isso, afirmando sermos maduros o suficiente para entender, amar, respeitar... compramos briga com quem diz que ainda não estamos prontos e não paramos de buscar provas concretas dos nossos dizeres. mas em nenhum desses momentos atingimos, de fato, a tal maturidade. ela só aparece quando você entende o quanto se ocupou com besteiras, buscando coisas vazias e inúteis para provar pra sabe-se lá quem uma coisa totalmente desnecessária. você só é maduro quanto percebe que não há nada o que provar a pessoa alguma ! quando capta a mensagem de que a vida é simples demais para suportar pensamentos tão complexos vindo de mentes desocupadas. a boa notícia é que todos atingem o ápice de sua evolução mental. a má, é que é uma data totalmente mutável e imprevisível, que varia de pessoa pra pessoa, levando em conta suas experiências e suas perspectivas. e não há também nenhum catalisador, que acelere nosso amadurecimento. e sua existência seria totalmente prejudicial, afinal precisamos passar um tempo quebrando a cabeça, dizendo que já não somos mais crianças ! é só o tempo que vai nos fornecer uma capacidade ilustre: o entendimento. a compreensão de diversos fatos que, antes, não faziam o menor sentido ! a preocupação dos seus pais com você, o cansaço da sua irmã mais velha ao voltar do trabalho, o stress das pessoas, o seu próprio stress... são todas perguntas que guardam suas respostas nas curvas do longo caminho que temos a seguir. é bonito apreciar nossas trajetórias, compará-las e comparar-nos ao longo de cada uma. somos todos aprendizes eternos, receptores incessáveis de conhecimento e novidades, que lutam sempre para se tornar fontes construtivas de qualquer coisa. tranquilidade e serenidade podem não resolver todo o processo, nem acabar com toda a agonia que se passa... mas pode funcionar como um analgésico leve, pra ajudar as coisas a fluirem melhor. sem restrições e nem contraindicações, dosagem ilimitada e o como efeito colateral, a coisa que a maioria das pessoas mais busca: a paciência.
terça-feira, 7 de julho de 2009
erros e acertos são oriundos de uma mesma fonte inesgotável de necessidade de concretização dos mais variados devaneios do nosso ser. são sonhos e vontades que se traduzem em ações que conduzem a rota tão incerta, mas tão confiável, a qual nos submetemos dia após dia. dizem por aí que começar textos com expressões complexas é bom. mentira, dizem nada... acabei de inventar pra dar um caráter mais dinâmico, sabe ? tá, não tô boa pra inventar hoje ! mas a parte que interessa é que essas palavras de significados não tão ordinários, ordenadas de forma a compor uma idéia complexa, surgiram de uma ação não tão complicada assim: um coco vazio ao lado de uma lixeira.
caminhar no parque é minha fiel rotina e meu maior e melhor momento de solidão inspiradora. foi nesse contexto que presenciei um ato quase consciente de um ser humando. mas um ato quase consciente não deve se enquadrar de forma alguma no campo das boas ações. é claro que a questão não é exatamente o coco ( que, diga-se de passagem, eu peguei e gentilmente joguei na lixeira a dois cm dele ) mas sim a capacidade que nós temos de nos apegar aos 'quases' da vida.
algumas, na verdade, muitas vezes as oportunidades estão alí, escancaradas. e nós ou deixamos passar, ou aproveitamos pela metade ! raramente nos jogamos de corpo e alma naquilo que fazemos, embasando-se sempre no comum, na média, no popular. quem faz a diferença é aquele que acredita no que faz e faz de coração.
se o coco estivesse longe, não estaria tudo bem também. pqê ele poderia ter carregado até uma lixeira e feito a bendita ação de joga-lo lá ! mas, mais uma vez deixando claro que se trata apenas de metáforas e que eu não estou escrevendo tanto baseada em um coco, é preferível se livrar logo no fardo do que carregá-lo por medo da recompensa não ser a esperada. aí está outro problema crônico, a expectativa demasiada em situações simples. eu defendo aquilo de 'tudo que vier é lucro', mas principalmente o ' tudo que você faz, volta pra você'. clichês só são o que são por se enquadrarem em muitas situações, logo, estou autorizada a citá-los quantas vezes for preciso para narrar cotidianos, né ? né !
bom, escrevi demais. tô meio tonta só de ver tantas palavras, mas tô com uma sensação de saciedade. não é de dever cumprido, é de ter botado pra fora isso que ficou me rodeando o dia todo. e aos aventureiros que se deram ao trabalho de ler isso tudo, parabéns ! a você que não leu, pode parecer sacanagem com os corajosos, mas aí vai a síntese de tudo: jogue sempre seu coco na lixeira ;)
quinta-feira, 2 de julho de 2009
o velho dilema do guardar ou revelar.
algumas vezes, quando resolvemos 'brincar' de vida, ficamos encurralados pelas situações. elas, por sua vez, nos botam na parede como quem diz ' é agora ou nunca ' .
mas do mesmo jeito que a existência do sempre é, de longe, duvidosa, o nunca também nunca deu provas reais que tem endereço. as vezes, adiar faz mal. angústia é um
sabor muito amargo, que não desce de jeito nenhum e acaba ficando sempre entalado em algum canto de nós. mas arriscar é, perdoem o pleonasmo, arriscado ! arriscar envolve sentimento, envolve dúvida, envolve espera e, porque não, angústia ! se as respostas atenderem as suas expectativas, fica tudo muito lindo e muito bom ! mas o problema está
em quando o lado de lá não está sintonizado com você ! a dor é grande e real. claro, não é infinita... mas é intensa até demais !
eu nunca tive vocação pra conservadorismo, mas quando o assunto é esse meu acervo pessoal me grita em coro : CALMA !
hoje, pra mim, calma nunca é demais. analisar a situação e acima de tudo concluir com serenidade se vale a pena ou não. as suas intenções podem ser as melhores, os seus sentimentos os mais complexos, mas as chances de você quebrar a cara são as mesmas de sair cara no lançamento da tal moeda. e vale lembrar que quando o assunto é o coração, não existem moedas viciadas que caiam sempre num mesmo lado.
longe de fazer disto um trecho de lamentações, digo que vivam suas vidas do melhor jeito possível. se pra você a vida é feita de riscos, se é daqueles que acredita no ' é melhor arrepender pelo qe fez do que pelo que não fez', tá tudo bem ! você vive intesamente, colhe seus frutos { os bons e os podres também! } e no final da jornada sente orgulho de cada cena !
mas se você é como eu me tornei hoje, que não se martiriza com os ' ah, como teria sido se...' , viva sua vida com um certo quê de precaução, que, de acordo com nossas avós, nunca é demais ! é importante tomar cuidado, pois o bem mais precioso está guardado dentro de você ! não deixe que estraguem, roubem, nem mesmo peguem emprestado todo sentimento bonito que você tiver guardado.
acima de tudo, organize seus sentimentos e só os exponha quando estiver de fato pronta pra isso ! não pense que vai demorar demais ou de menos, pqê nada acontece por acaso.. pelo contrário: tudo acontece no tempo e no momento que tem que ser.
:*
domingo, 14 de junho de 2009
se você se deu bem, quer repetir cada feito. se não foi tão bem assim, quer anular toda e qualquer ação qe tenha feito, com
medo de repetir também nos resultados.
vale lembrar que cada atitude se aplica de um jeito a cada determinada situação, portanto, aquilo que te conduziu
ao êxito hoje pode não ser tão eficaz num amanhã próximo.
em suma, não dá pra procular fórmulas mágicas pra arrasar. afinal, os erros já estão inclusos no nosso pacote adquirido no ato
do nascimento. errar é necessário, tem toda aquela história de aprendizado e tal... mas tem também que você
passa a se conhecer mais com seus erros.
mas torcida é algo que jamais deve ser extinto. suas esperanças devem ser todas depositadas em algo e, quando der, deposite muitas
em vcê. não deixe para o próximo o papel de acreditar no seu potencial.
não se menospreze, não se superiorize. tenha calma, paciência e fé, muita fé nas suas construções (:
eu acredito.