É belíssimo como nos fazemos alheios a sociedade quando vamos criticá-la, sob qualquer aspecto. Personificamos como unitária toda massa social e atuamos como se ela detivesse todos os defeitos responsáveis pela corrupção do ideário atual. Quando nos referimos a erros, não somos sequer coadjuvantes do enredo principal. Sentimos um alívio planejado em encontrar um depósito de razões, culpas e consequência que quase sempre tem de verdadeiro apenas a nossa necessidade de maquear a realidade deturpada que construímos em nossos passos mal dados. A ponte gigantesca entre falar e agir não é rotina de muitos, pois a maioria não consegue absorver das boas causas a energia necessária para cumprir o trajeto. Mas nem por isso deixamos de exercitar os músculos faciais, em discursos honrosos e cheios de dedicação patriótica. Condenamos a desigualdade, como se jamais tivéssemos sequer mencionado esta palavra e como se desconhecessemos por completo seu mais simples significado. Ficamos aterrorizados em ver como a tal sociedade impõe padrões e submete vidas inocentes a conceitos alheios de todas as formas a sua simplória realidade. Talvez dentre tanta perfeição contida em nossa essência, a idéia de que somos parte dessa sociedade injusta e errônea tenha passado despercebida e se feito esquecida. Se não temos artifícios suficientes para introduzir medidas eficazes no combate aos males, de nada adianta culpar um ser inexistente para camuflar nossa própria incopetência. Mudança pede atitude e, acima de tudo, repele toda e qualquer verbalização insignificante dos atos inviáveis.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
culpa.
É belíssimo como nos fazemos alheios a sociedade quando vamos criticá-la, sob qualquer aspecto. Personificamos como unitária toda massa social e atuamos como se ela detivesse todos os defeitos responsáveis pela corrupção do ideário atual. Quando nos referimos a erros, não somos sequer coadjuvantes do enredo principal. Sentimos um alívio planejado em encontrar um depósito de razões, culpas e consequência que quase sempre tem de verdadeiro apenas a nossa necessidade de maquear a realidade deturpada que construímos em nossos passos mal dados. A ponte gigantesca entre falar e agir não é rotina de muitos, pois a maioria não consegue absorver das boas causas a energia necessária para cumprir o trajeto. Mas nem por isso deixamos de exercitar os músculos faciais, em discursos honrosos e cheios de dedicação patriótica. Condenamos a desigualdade, como se jamais tivéssemos sequer mencionado esta palavra e como se desconhecessemos por completo seu mais simples significado. Ficamos aterrorizados em ver como a tal sociedade impõe padrões e submete vidas inocentes a conceitos alheios de todas as formas a sua simplória realidade. Talvez dentre tanta perfeição contida em nossa essência, a idéia de que somos parte dessa sociedade injusta e errônea tenha passado despercebida e se feito esquecida. Se não temos artifícios suficientes para introduzir medidas eficazes no combate aos males, de nada adianta culpar um ser inexistente para camuflar nossa própria incopetência. Mudança pede atitude e, acima de tudo, repele toda e qualquer verbalização insignificante dos atos inviáveis.
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4 comentários:
Olá. Passei pra deixar esse recado, dizer que hoje li o que escreve ... pensamentos lindos, belas idéias e um sorriso lindo. Gostaría de entrar em contato com voce e me surpreender.
;)
Oi Ana hj eu li, realmente, o seu blog...parabéns textos mt lúcidos e bem coerentes principalmente nesse clima de discurssões importantes o qual estamos inseridos(principalmente as aulas de SS) naun prometo parar com as brincadeiras com seu blog(msm elas sendo sem graca) mas fique sabendo que me surpreendi!
flw ate os encontros na Fce
t+
Fica com Deus
Senti uma indireta...
Quer dizer que detenho a culpa de nosso relacionamento?
(L)
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