terça-feira, 3 de novembro de 2009



Os espasmos de esperança, de que tudo que pode dar certo de algum modo irá dar. A vida pode não funcionar num mecanismo tão utópico como estes meus pensamentos, mas uma coisa é certa: ela é tão maleável quanto meus anseios conseguirem moldá-la. O produto bruto que compomos inicialmente é constantemente lapidado por rajadas de aprendizados, oriundos dos mais inesperados momentos, revelando mais uma vez que não há nada pré-determinado que resista a força e a intensidade da vontade verdadeira de construir algo melhor para o seu próprio amanhã. A plantação de cada um renderá frutos suficientes para saciar o mesmo, o que nos impede de plantar a mais esperando poder dividir ou plantar menos esperando poder receber. Somos donos dos nossos próprios destinos, o que não impede que façamos interseções com os de outrém; mas nada que mescle irreversivelmente o que está por vir para ambos. A nossa construção é marcada pelo erguimento de pilares primordiais, que tem em sua composição não apenas boas coisas, mas principalmente o aprendizado obtido em todas aquelas que não foram de caráter tão benéfico assim. Após fixadas as bases, começamos a dar forma ao passo que amadurecemos: escolhemos caminhos e pessoas para trilhá-los em nossa companhia. Mais uma vez, como em todas as etapas do processo, estamos sujeitos a erros no ato de optar por algo ou alguém, mas qualquer opção marcada irá trazer seus resultados. Um aprendizado efetivo na maioria das situações é o de tirar algo de útil de qualquer acréscimo de vivência. O dom de ensinar coisas complexas, como ciências, religião, política ou amores, não é tão comum como se pensa: as vezes, confundimos o saber contar suas experiências com o preparar alguem para passar por algo semelhante. Transmitir conhecimento de forma específica para a aplicação é algo que requer, acima de tudo, a mais sincera das vontades. No entanto, toda intenção de ajudar é válida, ainda que você não saiba como, com que palavras ou em que momento fazê-lo. Quando as coisas caminharem nesse eixo, opte pelas tentativas espontâneas; se não corresponderem as suas espectativas, ao menos terão saído do campo das idéias e terão colaborado para que, numa próxima vez, você obtenha mais êxito no ato de humanizar-se.

2 comentários:

Victor_fla disse...

escolhemos caminhos e pessoas para trilhá-los em nossa companhia... e ai topa minha companhia?
Adorei esse texto, mostrada bem situações q lidamos frequentemente.




Obrigado!(naun sei se lembra ainda)

Anna Oliveira disse...

TOPO! topo, pq não?
eu já escolhi sua companhia, agora já era mermão! ;DDD
p.s.: eu lembro sim!