
Antes que se assustem, não vim falar de promiscuidade. Até porque, na minha humilde concepção, amar é tão tão complicado que quem dizer manter saudáveis e sinceros laços afetivos com vários indivíduos no mesmo intuito não tem minha crença. Calma, o que eu tenho pra falar vai fazer sentido... assim espero.
Ao decorrer de nossas vidas amamos nossos pais, amamos nossos irmãos e, pra facilitar, acabamos dizendo que amamos toda nossa família, o que inclui até aqueles parentes de 10° grau que moram isolados da civilização, mas que já nasceram amados por você, que nem os conhece. Vamos crescendo, amamos os coleguinhas, que por esse amor evoluem para amiguinhos. Amamos a tia que dá aula, a tia do transporte escolar, e continuamos a crescer e incorporar mais membros à nossa lista do amor. Amamos, então, nossos ídolos, que jamais saberão da nossa existência, mas são dignos de escandalos e lágrimas quando os vemos pela tv passeando no calçadão. Mais ou menos nessa época começam os namoricos, e, pelo menos pra mim, é nessas situações que o eu te amo é mais difícil de sair. Parece que é exatamente nesse ponto que descobrimos que não dá pra amar qualquer joaninha que achamos nas folhagens, mas que há algo de mais complexo nesse simples verbo. Mesmo assim, forçamos um pouco a barra e distribuimos uns e outros "eu te amo" pra uns fulaninhos(as) que sequer merecem. Pensamos encontrar o amor verdadeiro várias vezes, e nem preciso falar em quantas delas estamos enganados né? Pois é. Mas como saber, então, que aquele indivíduo é o certo e merece ser amado? Inconscientemente, buscamos parâmetro com outros tipos de amores. Lembramos o quanto gostamos do colo da mãe, o quanto agrada brincar com o amiguinho, o quanto nos sentimos seguros na presença da tia... Observamos então se há sentimentos semelhantes a esses no outro e decidimos por amá-lo - verdadeiramente - ou não. Entregar-se à esse amor não significa, em hipótese alguma, descartar alguns dos outros. Somos individuos pluriamantes ( acabei de inventar, me desculpem ), capazes de guardar em um só coração, os vencedores das diversas formas de se amar alguém. E não pensem vocês que há um ranking entre eles, pois todos já representam o primeiro lugar de sua categoria e estão, dentro de nós, postos em um único patamar. Algumas vezes uns desconfiam das intenções dos outros, mas se eles reuniram caracteristicas suficientes para serem nossos amores, com um jeitinho com certeza eles, mais cedo ou mais tarde, aprenderão a se amar também. O amor é coletivo, é fiel e flexível - se não, não seria o sentimento mais perfeito e indescritível. Mãe, amor, amigos... eu verdadeiramente amo vocês :)
2 comentários:
mto fera
só acho que no amor não existe entrega, existe rendenção.
Entrega ou redenção, tanto faz, o importante é q estou na sua lista.
kkkkkkkkk
te aamo, aliás, nós amamos vc!
Sei q quando vc ama é pra valer;
mamãe
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