Somos daquele tipo, aquele tipinho bem medíocre que acha que é só aprender alguma coisa que já tem gabarito pra ministrar congressos sobre o assunto! Daí, insistimos em crer que verdadeiras lições se resumem a meio cento de palavras mal distribuidas entre gaguejos e disparos em uma dúzia de minutos. Se expandíssimos as voltas que damos em torno de nós mesmo nas tentativas frustradas de sobressair desnecessariamente a caminhada seria, no mínimo, longa. Queremos tanto solucinar problemas que as vezes até confeccionamos alguns, na esperança de quebrar a cabeça para resolvê-lo. Tanta semelhança ao mazoquismo só nos permite observar o quanto nos tornamos alienados quando vivemos uma busca eterna, sem eixos, sem orientação e, principalmente, sem objetivos. Somos degenerativos, e do pior tipo: os conscientes. Essa necessidade embutida de ter complicações, não se contentar em uma vida linear e a procura por indignações é, infelizmente, parte de nós. Fragmento desse todo que nos faz seres humanos extremamente sucetíveis a falhas. Algumas reversíveis, outras fatais; que afetam apenas a nossa rotina ou que refletem na agressão, ainda que indireta, à vida alheia. Assumir nossos erros é diferente de assumir nossa capacidade de errar. Muitas vezes nos damos por vencidos pelas nossas improdutividades e afirmamos aceitá-las por não enxergar soluções cabíveis. Aceitar a situação de errante é, por outro lado, muito mais do que ter apenas compreensão por cartada final: é compreender todo o processo, desde o meio tendencioso ao qual estamos inseridos até o nosso limiar de dicernimento. Enxergar que nossos acertos estão cercados pelos seus antônimos, engatilhados para nos atingir em cheio e fazer com que caiamos da corda bamba onde nos localizamos durante todo o tempo. Acima de tudo isso, enxergar no próximo um reflexo de si mesmo, dos seus méritos e desgostos ainda que em proporções e apresentações distintas daquelas que nos apresentam. Uma vez ou outra seremos mesquinhos, soberbos, confiantes demais quanto não se sabe sequer o que faz, descrentes demais quando se tem potencial além do necessário. O valor disso tudo está em sermos crédulos em uma segunda chance, mas jamais dependentes dela.sexta-feira, 4 de junho de 2010
Somos daquele tipo, aquele tipinho bem medíocre que acha que é só aprender alguma coisa que já tem gabarito pra ministrar congressos sobre o assunto! Daí, insistimos em crer que verdadeiras lições se resumem a meio cento de palavras mal distribuidas entre gaguejos e disparos em uma dúzia de minutos. Se expandíssimos as voltas que damos em torno de nós mesmo nas tentativas frustradas de sobressair desnecessariamente a caminhada seria, no mínimo, longa. Queremos tanto solucinar problemas que as vezes até confeccionamos alguns, na esperança de quebrar a cabeça para resolvê-lo. Tanta semelhança ao mazoquismo só nos permite observar o quanto nos tornamos alienados quando vivemos uma busca eterna, sem eixos, sem orientação e, principalmente, sem objetivos. Somos degenerativos, e do pior tipo: os conscientes. Essa necessidade embutida de ter complicações, não se contentar em uma vida linear e a procura por indignações é, infelizmente, parte de nós. Fragmento desse todo que nos faz seres humanos extremamente sucetíveis a falhas. Algumas reversíveis, outras fatais; que afetam apenas a nossa rotina ou que refletem na agressão, ainda que indireta, à vida alheia. Assumir nossos erros é diferente de assumir nossa capacidade de errar. Muitas vezes nos damos por vencidos pelas nossas improdutividades e afirmamos aceitá-las por não enxergar soluções cabíveis. Aceitar a situação de errante é, por outro lado, muito mais do que ter apenas compreensão por cartada final: é compreender todo o processo, desde o meio tendencioso ao qual estamos inseridos até o nosso limiar de dicernimento. Enxergar que nossos acertos estão cercados pelos seus antônimos, engatilhados para nos atingir em cheio e fazer com que caiamos da corda bamba onde nos localizamos durante todo o tempo. Acima de tudo isso, enxergar no próximo um reflexo de si mesmo, dos seus méritos e desgostos ainda que em proporções e apresentações distintas daquelas que nos apresentam. Uma vez ou outra seremos mesquinhos, soberbos, confiantes demais quanto não se sabe sequer o que faz, descrentes demais quando se tem potencial além do necessário. O valor disso tudo está em sermos crédulos em uma segunda chance, mas jamais dependentes dela.
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