Se ninguém nos dá um manual de instruções, como é querem que saibamos o exato modo de fazer as coisas? Primeiramente, mais difícil que isso é determinar o que é exato dentre tanta relatividade. Bem antes de Einstei inventar sua teoria, já tínhamos que lidar com as ponderações devido a pontos de vista ou qualquer outro quesito. Obviamente, nossos antepassados tinham uma tolerância desprezível em relação ao espaço democrático que montamos na atualidade, mas nem tal repressão impediu que houvessem considerações a serem feitas antes de um veredito. As pessoas enxergam e levam a vida de modos tão distintos que as vezes é complexo enxergá-las como componentes de um mesmo grupo. Umas acreditam na idéia de que viver a vida sem limites é a definição perfeita de aproveitá-la. Já outros, acreditam que os perfis mais conservadores são os ideais para absorver tudo de importante que a nossa passagem por esse mundo oferece. Como não há modelos ideais, não há parâmetros a serem delineados e seguidos e resta a cada um aplicar a versão que melhor se encaixar na sua realidade. Particularmente, gosto de comparar nossa vida a um álbum de figurinhas, ou uma grande pintura em mosaico. Quando nascemos, ganhamos um em branco e vamos completando conforme recebemos nossas figurinhas ou fragmentos. Há sempre aqueles comuns, que todos tem e encontram com facilidade, mas que sem eles jamais conseguiriam completar o álbum. Alguns você não está procurando, mas grudam bem diante do seu nariz e não lhe dão opção que não seja encontrar o seu espaço e colá-los alí. Não podemos deixar de fora as mais raras, que todos buscam de uma forma tão incansável que, de tão focados, passam por cima e só a encontram na sola do sapato quando estão descansando de tanta procura. E, ao passar do tempo, gostamos de folhear algumas páginas e lembrar da história que envolveu a adesão de casa rostinho alí grudado. Infelizmente, algumas se desgastam e se vão, mas só o seu espaço semi preenchido com o que sobrou da figurinha é suficiente para alimentar as lembranças e fazer com que esteja sempre alí, num lugar que é só seu por direito. Nem todos conseguem completar seu álbum, mas talvez esse não seja o objetivo: algumas vezes, se empenhar na busca e saber aproveitar cada novo fragmento aderido é mais importante que focar em ter tudo sem importar o que ou quem seja. Em suma, as vezes a gritante diferença entre o quantitativo e o qualitativo pode ser de um aprendizado inestimável. Valorizar cada figura do seu álbum é reconhecer o quanto foi positiva e necessária a sua aquisição.
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