quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sobre os porquês, sins e nãos

"Pessoas aleatórias, que compõem a nossa realidade, mas não tem consciência e nem acesso à influência que causaram num determinado momento" ¹

Muito mais que muitos participantes assíduos de nossas massantes rotinas. São as chamadas exceções que se destacam por andarem num caminho contrário ao da maioria - e mais: nos convidam a acompanhá-las sem determinar o destino final. Atiçados por nosso espírito aventureiro e barrados por noções duvidosas de moral e ética entramos num conflito interior onde entra em questão nossas prioridades. Ao que costmamos dar preferência? Ao novo em busca de uma oportunidade de ser inserido ao nosso acervo de experiências ou ao costumeiro. fiel integrante do nosso fardo de necessidades básicas? Nem sempre optamos pelo que nos fará melhor, principalmente pela dificuldade dessa previsão. Mas, ainda que sem um aparato matemático, é mais provável que tenhamos mais êxito quando associamos raciocínio à intuição. Formulando essa junção, acabamos buscando o equilíbrio, mas um dinâmico de compensação entre erros e acertos e não um estátivo, pois assim estaríamos rumo a uma busca incessante e inalcançável: a perfeição.
Como não se trata de uma atividade espontânea, gradualmente vamos agregando e constituindo nosso império particular e, muitas vezes, restrito aos demais. E restringi-lo não nos conduz ao egoísmo se soubermos expor não os métodos, mas os resultados traduzidos em coisas básicas, como o crescimento e amadurecimento psicológico. Mais importante que listar os passos a ser seguidos é concretizá-los; busque, faça, erre e aprenda - só não se esqueça jamais de compartilhar.

Anna Paula Oliveira
18 de maio de 2010, as 17:24

¹: frase originadora de todo o resto que se auto-formulou durante uma aula de epidemiologia analítica.

domingo, 23 de maio de 2010

Quanto mais melhor ou quanto melhor, mais ?

Se ninguém nos dá um manual de instruções, como é querem que saibamos o exato modo de fazer as coisas? Primeiramente, mais difícil que isso é determinar o que é exato dentre tanta relatividade. Bem antes de Einstei inventar sua teoria, já tínhamos que lidar com as ponderações devido a pontos de vista ou qualquer outro quesito. Obviamente, nossos antepassados tinham uma tolerância desprezível em relação ao espaço democrático que montamos na atualidade, mas nem tal repressão impediu que houvessem considerações a serem feitas antes de um veredito. As pessoas enxergam e levam a vida de modos tão distintos que as vezes é complexo enxergá-las como componentes de um mesmo grupo. Umas acreditam na idéia de que viver a vida sem limites é a definição perfeita de aproveitá-la. Já outros, acreditam que os perfis mais conservadores são os ideais para absorver tudo de importante que a nossa passagem por esse mundo oferece. Como não há modelos ideais, não há parâmetros a serem delineados e seguidos e resta a cada um aplicar a versão que melhor se encaixar na sua realidade. Particularmente, gosto de comparar nossa vida a um álbum de figurinhas, ou uma grande pintura em mosaico. Quando nascemos, ganhamos um em branco e vamos completando conforme recebemos nossas figurinhas ou fragmentos. Há sempre aqueles comuns, que todos tem e encontram com facilidade, mas que sem eles jamais conseguiriam completar o álbum. Alguns você não está procurando, mas grudam bem diante do seu nariz e não lhe dão opção que não seja encontrar o seu espaço e colá-los alí. Não podemos deixar de fora as mais raras, que todos buscam de uma forma tão incansável que, de tão focados, passam por cima e só a encontram na sola do sapato quando estão descansando de tanta procura. E, ao passar do tempo, gostamos de folhear algumas páginas e lembrar da história que envolveu a adesão de casa rostinho alí grudado. Infelizmente, algumas se desgastam e se vão, mas só o seu espaço semi preenchido com o que sobrou da figurinha é suficiente para alimentar as lembranças e fazer com que esteja sempre alí, num lugar que é só seu por direito. Nem todos conseguem completar seu álbum, mas talvez esse não seja o objetivo: algumas vezes, se empenhar na busca e saber aproveitar cada novo fragmento aderido é mais importante que focar em ter tudo sem importar o que ou quem seja. Em suma, as vezes a gritante diferença entre o quantitativo e o qualitativo pode ser de um aprendizado inestimável. Valorizar cada figura do seu álbum é reconhecer o quanto foi positiva e necessária a sua aquisição.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Here we go... again!

Depois de tanto tempo sem postagens, aqui estou para retomar as atividades desse aglomerado de bobagens que eu tanto aprecio dirigir. Devido a minha ausência (e que essa não seja jamais tomada como desistência, que fique claro) não acho que seja o caso retornar com dizeres filosóficos, os quais só fazem sentido após um longo processo de interpretação e tudo isso que já é rotineiro por aqui. Quero usar o espaço hoje pra falar um pouco sobre o que vem acontecendo nos mais diversos ramos da minha vida. Profissionalmente (como é difícil usar esse termo quando não se tem uma profissão de fato), recentemente passamos por tempos difíceis de greve e atrasos, muitos atrasos na nossa vida acadêmica. Agora, retornamos às aulas, mas ainda com algumas leves dificuldades que, no entanto, passam despercebidas quando comparadas ao que nos acompanhou nesses quase 60 dias de paralização. Emocionalmente, o caos ainda está instaurado e me convencendo a cada dia que mandinga nenhuma irá quebrá-lo. Sim, isso é sinal de que muitos textos que virão terão como plano de fundo relacionamentos frutrados, prepare-se! Não sei mais nomes de "setores" da vida, mas em suma os sonhos permanecem os mesmos, ainda que alguns tenham ganhado dimensão e mais ambição para alcançá-los! Nesse tempo ocioso, deixei muitas coisas destrutivas me acompanharem intimamente, mas estou tentando me livrar desses pesadelos, ainda que não seja tão fácil quanto parece quando se escreve sobre! Tais pesadelos não são individuais - pelo contrário, são compartilhados por uma grande parcela da população, o que faz deles fortes candidatos a serem aqui debatidos! Meus amigos são os mesmos, não acrescentei nenhuma pobre alma a minha lista de queridos para sempre. Mas se bem me recordo, deve ter havido algum corte de gastos emocionais e uma galera desnecessária foi simplesmente desplugada do meu círculo de amizades (adoro essa expressão, é um luxo!).
Em relação a família, ganhamos um novo membro: a Safira! E não, não sou mais uma mãe adolescente, até porque não daria um nome desses a minha filha (nada contra, Safiras humanas do mundo!). Falo da minha gatinha siamêsa, uma peste bagunceira, mas tão amada que as vezes até duvido se tratar de um animalzinho apenas! Ela protagoniza os casos dessa residência de mulheres loucas, até porque ela atende bem aos pré-requisitos de não gozar da total normalidade. Estou atrasada pra faculdade, mas também não tenho muito mais sobre o que falar nessa reapresentação ou reavaliação, como preferirem. Voltarei a ser a escritora assídua de sempre (assim espero, pelo menos) e compartilharei a minha visão, ora peculiar, ora coletiva sobre as coisas mais sérias imagináveis - e, pra não perder o costume, as mais inúteis também!