terça-feira, 24 de novembro de 2009

superficialmente perto.

Pelo que uma pessoa se apaixona?
Falamos de paixão com uma propriedade singular, como se dominássemos todas as possíveis variações desse sentimento. Como se compreendessemos cada detalhe que se esconde e já tivéssemos desvendado todos os mistérios que compreendem esse estado de espírito que é estar apaixonado. Mas, se por um instante, largarmos mão das complexidades e lançarmos um olhar indagante para o trivial, chegamos a conclusão que falta uma pequena, porém importante, parte no quebra cabeça: nos apaixonamos exatamente pelo que?
Há quem diga que é pela pessoa, em sua totalidade. Afirmam apaixonar-se até pelos defeitos, mesmo sabendo que a única prova disso é a capacidade de suportá-los e não de ter afinidade por algum. Falar em partes também não foge muito a regra: amamos cheiros, gestos, risos, abraços, vozes, beijos... tudo aquilo que provoca a sensação indescritível e incomparável que se instaura com a paixão. O ponto principal, aquele sempre existente motivador para que eu inicie algum tema, é a materialização. O contato físico foi, é e sempre será essencial nos relacionamentos, não na apelação obscena do termo, mas no caráter de trasmissão, de carinho e cuidados que só este pode proporcionar. Entretanto, há quem afirme com certeza que é possível amar a longa distância. Se essa afirmação me fosse feita há alguns meses atrás, o máximo que sairia de mim seria uma risada irônica e uma frase descrente. Porém, minha opinião atual diverge da passada e endossa a tese: é possível desenvolver sentimentos por pessoas que sequer conhecemos, de fato. A dúvida que ronda as relações tão distantes é quase sempre a mesma, identidade. Se a pessoa existe, se finge ser alguém que não é, e outras tantas indagações que querem dizer exatamente o mesmo. A principio, pensamos em 'n' possibilidades que envolvem critérios sérios, como segurança própria. Com o passar do tempo, acabamos encantados e envolvidos demais num mundo aparentemente fictício, mas que nos é muito mais sadio do que as tragédias do mundo real. Apaixonar-se é encontrar algo que proporcione um bem surreal, uma sensação de manhã ensolarada, um frio na barriga e todas aquelas velhas emoções sempre listadas quando o assunto é paixão. É entender o que antes não fazia sentido e ficar boba com coisas que você sempre julga criteriosamente utilizando a razão. Portanto, não há regras que englobem com perfeição a heterogeneidade existente na composição do todo no qual estamos inseridos. Apaixone-se por aquilo que fizer sentido para você, e quando alguém te questionar com perguntas sensatas demais para o momento, recomende apenas uma coisa: 'apaixone-se você também!'

Um comentário:

Lirio de Deus disse...

Q bom q vc está pensando assim... sempre te ensinei q o amor independe de distancia; qd te digo q amo certas pessoas, é a mais pura verdade, pq vem de dentro e por mais q eu lute nada vai mudar pq faz parte de mim.
Não tenha receio de dizer 'eu te amo' nem q seja por telefone, e-mail, orkut, carta, até mesmo por pensamento.
As pessoas q vc ama tem o direito de saber por vc q vc as ama.
É por isso q tenho tanto orgulho de vc... e sei q és uma pessoa maravilhosa!
Parabens!
Eu te aaaamo