quinta-feira, 30 de abril de 2009


como seria fácil ler um livro, se eu tivesse um bom par de óculos, uma cadeira confortável e um punhado de imaginação.
como seria fácil amar, ao invés de odiar, se eu tivesse um mero coração a palpitar dentro do meu peito.
quão gratificante seria poder respirar ar puro, se eu tivesse um simples nariz e uma janela a minha espera.
entender meus semelhantes seria incrível, se eu tivesse ouvidos, paciência e uma ou duas tardes livres.
mas peraí, eu tenho tudo isso ! então qual a razão pra alguns desses méritos não se concretizar ?
as vezes, as ferramentas estão em nossas mãos, esperando que tenhamos a atitude de utilizá-las na moldagem de algo realmente útil.
e não se perca nos conceitos de útil e inútil: eles são variáveis, relativos e instáveis.
não se prenda ao comum, não acredite sem contestar. prove que você tem vida, caso contrário eu posso duvidar !
compartilhe suas experiências, seja menos egoísta e mais solidário.
ajude quem precisa da sua ajuda. isso enaltece a alma e você ganha de brinde uma incontável lista de amigos.
porque se recusar ? meu Deus, a vida é tão pequena para querermos analisar cada passo a ser dado, e nunca deixar o destino atuar sem interferência !
muitos julgam tal como discurso de alguém despreocupado com a vida. mas eu, pelo contrário, passo cada dia a estar ainda mais preocupada !
e minha preocupação interliga-se com o que temos feito com a dádiva de enquadrarmos entre os vivos.
há tanto a se aproveitar, mas tão pouca curiosidade. e se não é pouca, é voltada pra itens que deveriam estar entre os últimos da lista, ou nem sequer aparecer.
minha súplica do dia: viva! apenas viva, e busque minimizar os arrependimentos e otimizar sua cota de orgulhos e expectativas

;)

terça-feira, 28 de abril de 2009



ao contrário de tantos outros 'bens' corriqueiros, personagens ativos do nosso cenário, que podem ir e vir, ganhar e perder
as palavras são particularmente coletivas, todos possuem, todos usufruem e ao mesmo tempo ninguém as roubara de você.
tamanha importância costuma ser negligenciada e o uso das palavras cai no fluxo rotineiro, sendo usado como formas de expressão inexpressivas.
as palavras causam arrepios, mágicas; elas tem beleza em seu interior.
e a única porta que doam liberdade às pequenas notáveis é você.
as vezes nos achamos bons por conseguir lidar com a escrita, mas mal percebemos que as palavras apenas nos usam como condutores
para tornar possível o contato das mesmas com o mundo exterior.
eu acredito que são mais poderosas que nós mesmos.
palavras certas podem te dar força, do mesmo jeito que as erradas podem te enfraquecer.
a relação de domínio está exatamente nítida pra você, mero figurante ? pra mim, a cada dia que passa fica mais !
mas não se menospreze por ser usada por seres inanimados mais atuantes que você mesmo. é uma dádiva, uma honra saber ser condutor
de tal ação. um orgulho inenarrável, impagável e único.
fale com o coração, fale com a alma. exale ao mundo todo o seu potencial, deixe qe as letras se juntem e se separam, progressivamente em seu interior.
e aí verá o quão belo e extremo é a magia da expressão.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

baboseira, bablogueira.



as vezes enxergo meus assuntos como tão redundantes...
e na maioria delas, dou como culpado o gama de informações que perambulam pelos meus neurônios, como elétrons descontrolados num corpo.
queria eu poder organizá-los de forma contínua, fluindo delicadamente, exteriorizando de forma constante e calma.
mas, como já deve ter dado pra notar depois de algumas lidas nas postagens, não é assim que ocorre.
pensando bem, se as coisas se dessem dessa forma, eu perderia mais do que conquistaria.
a minha espontaneidade, pelo menos no que diz respeito à escrita, é a característica que mais me acrescenta, uma vez que me ensina
a lidar com as inúmeras informações a serem dissipadas ao mesmo tempo.
é ela que me ajuda na fuga ao monótono, a julgar-me criativa ou não... a definir quem e como eu sou.
agora, o que isso tem a ver com você que deposita seus preciosos, ainda que não valorizados, segundos percorrendo os olhos por tantas palavras, em sua maioria mais abstratas que literais ? ainda que soubesse, não me convêm responder.
sou adepta do 'das minhas coisas, cuido eu' e aplico isso no maior número de situações possíveis.
eu exponho minhas idéias não esperando que você se aliene ao meu pensamento e se torne um seguidor...
mas sim para que, ao lê-las, você possa romper um a um os bloqueios que distanciam a sua mente de uma perspectiva mais ampla e uma crítica mais aguçada.
pode parecer baboseira num primeiro momento, mas a relevância que coisas bobas assim adquirem ao longo de nossas vidas, é algo que eu costumo chamar de experiência intransferível. o nome é auto explicativo, mas vale ressaltar : só você pode passar por ela e, consequentemente, os frutos bons e também os ruins serão colhidos apenas por você.
não que você esteja proibido de se manifestar aos demais, mas acredite... a manifestação exterior não corresponde a um milésimo da força brutal que é aplicada por você em seu próprio interior.
a força que há guardada dentro de cada um, é algo inacreditável. a determinação de quando, onde e porque usá-la é que é algo particular.
toda hora é hora e não há necessidade de um lugar específico para mostrar o que se tem de melhor.
já o porque, implica numa reflexão que resultará em algo pelo menos próximo de
utilizar a sua capacidade, em sua totalidade, implica em mudanças para si, para quem está ao seu lado e até para quem nunca irá te conhecer. se mudar o mundo para algo melhor não estiver entre seus objetivos, em hipótese alguma experimente alimentar sua curiosidade dando o melhor de si.
vamos assumir nosso papel de seres pensantes !

domingo, 19 de abril de 2009

sonhos pra se ter, e não se realizar.




será que tudo aquilo que almejamos conquistar merece o honrado título de 'sonho' ?
ou seriam os sonhos aqueles apenas dignos de perecer no campo da utopia, alimentando nossa imaginação e cultivando as possibilidades mais remotas, cujas sensações causadas são as melhores possíveis ?
metas, objetivos e tudo do gênero acabam dissolvendo-se no final. e se não isso, passam a atuar num novo plano, na maioria das vezes comum e monótono, chamado realidade.
enquadrar os sonhos como estes acaba apagando noventa por cento da magia do processo. os sonhos são plenos e distantes, almejados comocoisas impossíveis e provedores de angústias saudáveis, frio na barriga, medo e desejo. se conseguimos concretizar um sonho... ele continuará sendo um, mas agora realizado ?
a verdade é que a grande alegria está em buscar, buscar, buscar... aprender coisas inesquecíveis e inexplicáveis na busca.
fazer deste caminho tão vasto e recheado que não acabe jamais. pra mim, isso é sonhar.
é manter as coisas presas no plano imaginário não por obrigação, mas por prefêrencia. afinal, é totalmente compreensível preferir-se instalar num plano onde tudo corre de acordo com nossas vontades, do que viver condicionada a parâmetros de realidade extrínseca.
o zelo e o cuidado com os quais tratamos e lidamos com nossos sonhos são fatores mais que suficientes para caracterizá-los como preciosos.
ao contrário do que muitos céticos pregam, não há garantias de que os sonhos são o escape do real.
o conforto que meus devaneios me proporcionam conduz minha mente a crer que eles sim são minha totalidade, e qe minha realidade dita absoluta é apenas o mínimo, porém existente, é o escape para minha incessável felicidade.
se as vezes encontramos interseções entre 'sonhos', daqueles que temos durante o sono, e 'realidade', ao invés de enxergar como coincidências, é cabível avaliar o contexto como uma informação que conseguiu permutar entre os dois planos.
é claro, você pode ser feliz sem estar, aparentemente, sonhando. mas há quem diga que são fatos interdependentes: só se é feliz sonhando, só sonha aquele que é feliz.
seja como for, não cabe mais perder tempo relutando contra crenças impostas para querer impor mais uma.
apenas, entendendo como quiser, nunca deixe de sonhar.

segunda-feira, 13 de abril de 2009








Enquadrados na nossa realidade, como uma moldura abstrata daquilo que não se deveria rotular. A nossa rotina se torna assim, imprópria, indevida, mas persistente e comum.
De dentro de nossos veículos capitalizados, observamos do lado visível do fumê uma realidade digna de lamentos, mas jamais de atitudes efetivas. Carências, pobreza, desigualdade.
Mas há igualdade sem parâmetros ? Ou parâmetros acentuam os 'melhores' e 'piores' do contexto ? É a falta de respostas pra indagações desse tipo que conduz nossa realidade a ir regressivamente até atingir o ponto máximo, que, nesse caso, é o mínimo.
Nossos olhos superiores caracterizam e segregam algumas almas. Elas são piores por não terem nascido com a nossa infeliz sorte de acreditar no poder do domínio. São mal aventuradas por não terem nossas angústias de gana e de incessável necessidade de ascenção. Eles são o podre das maçãs por simplesmente não usarem dos mesmos padrões e valores deturpados que nós. Nós construimos suas mentes assim, e depois com um singelo e inocente sorriso, dizemos que eles são rebeldes, violentos e não são sociáveis nem têm classe.
Pose, status, posição social, valores fantasiosos... e alma atormentada. Até que ponto vale a pena sustentar essa cena para alimentar a crítica de forma positiva, e corromper seus ideais internos ? Não há no mundo uma razão integralmente consistente pra fazer um ser humano desvalorizar outro de sua espécie buscando o prestígio de outros, que de tão alienados parecem acéfalos. Há chances de melhorar, ainda tem-se esperança que a consciencia um dia dominará o desejo eufórico de auto destruição da humanidade.
Mas enquanto essa consciência é sufocada por imposições criadas a partir de sabe-se lá o que, o medo de juntar-se e segregar não entre ricos e pobres, mas entre nobres de espírito e miseráveis do mesmo dominará a mente daqueles que, por se conhecerem, já sente-se parte da pior das partes.
O velho discurso da mudança a partir da atitude individual continua valendo, mas não de uma forma tão superficial. Não é necessário expressar sua comoção com os desabrigados ou famintos. Antes de partir pra esse estágio essencial de ajuda ao próximo, tente alimentar de visão crítica e revolucionária o faminto e carente destas mais próximo de você. E se for você mesmo, não se sinta envergonhado em trabalhar com seu eu interior para, enfim, exteriorar toda a energia que vai acumular e utilizá-la na evolução.
O dia está perto, mas o caminho cada vez mais oculto para os olhos destraídos dos demais. Ajude-se. Ajude-nos.

sexta-feira, 10 de abril de 2009



se a fúria aparecesse na hora de extrema boa ação, como tudo seria mais bonito.
sentimentos fortes parece só serem acionados em momentos irados, onde a mente vazia
por um momento transborda energia e planos maquiavélicos.
Maquiavél, que honra ter seu nome adjetivado ! é uma pena não ter desfrutado dos frutos de sua mente ferverosa em vida !
são pessoas que obteram grandes méritos assim que nos motivam a crescer, e atingir um ápice onde seremos, no mínimo, conhecidos.
há ainda aqueles que tem como ambição o reconhecimento. de suas teses, de suas idéias, de seus projetos.
o caminho de tais será, de longe, difícil.
mas a energia que abastece essas mentes utópicas se chama sonho.
e é em cada um desses, de cada uma das pessoas, que nasce a vontade devassadora de lutar.
o sabor da vitória cobre cada amargo digerido durante a luta.
chegar até o fim, olhar pra trás e dizer apenas... uau !
mas não se pode ir até o fim da montanha esperando ver o paraíso por entre as rochas do lado de lá.
pode ser que seu maior prêmio, seja apenas mais um pôr-do-sol no horizonte.
e se você, ao decorrer de todo o longo e impetuoso caminho, tiver se transformado num verdadeiro vitorioso, saberá
enxergar naquele, o melhor e mais belo prêmio que poderia querer ganhar : a chance de olhar de cima milhares de vidas, milhares
de sonhos e, principalmente, enxergar e construir seu caminho até o mais importante de todos eles: aquele traçado por VOCÊ.

domingo, 5 de abril de 2009


o que há de mais bonito tá sempre tão bem guardado, que só consegue encontrar quem realmente se dispõe a procurar de corpo e alma.
quase sempre o superficial é mais atrativo, mas somente quando você se interessa pelo interior é que entende o valor que esse tipo de coisa tem.
quando você vê o não aparente, quando você sente. ah, é tudo mágico ... algumas vezes até indescritível.
a gente se engana, claro. mas a sensação de estar no caminho certo é tão intensa e gratificante, que decepcionar-se no final é uma consequência medíocre diante
da felicidade que se colhe no caminho.
tiramos forças das espectativas, que são cada vez melhores no decorrer da busca.
imaginar que tudo será lindo, que todos os teus sonhos estão a um fio de se realizar... e acordar !
mas não simplesmente o ato de despertar do sono, mas sim de regressar ao mundo real com a mais nobre e mais bela sensação de poder.
de poder buscar a sua felicidade (: