segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Let's do it!


O que mais, se não observar. Pacientes ou inquietos, opinantes ou omissos, favoráveis ou opositores, mas sempre observadores. Dizem por aí que há algum aprendizado em olhar – atentamente ou não – os acontecimentos adjacentes. Concordo, em parte, portanto também discordo. Minha opinião favorável vai ao encontro de que não se pode evitar a observação.
Longe de mim ser uma doce senhora que ocupa suas preciosas horas investigando gratuitamente a vida alheia, mas vivemos direta ou indiretamente acompanhando o próximo como se ele fosse protagonista de um romance – interessantíssimo – policial.
Acompanhamos também pessoas que não conhecemos, pelo menos oficialmente, pois a proximidade promovida pelos mais diversos meios de comunicação faz parecer que são amigos de longa data. Vivemos momentos, compartilhamos emoções, mas sem quase nunca transpassar a barreira invisível do desconhecimento real.
É mais ou menos o chamado “viver de tabela” onde, conscientes ou não, acabamos privando nossas possibilidades em prol da expectativa de acompanhar mais uma informação sobre acontecimentos que em nada se relacionam a nossa vida.
Obviamente, não me encontro em condição de tecer críticas aos followers assíduos, pois muitas vezes participo dessa categoria. O medo que me acerca tem origem na dificuldade em impor limites sobre quando essa prática deixa de ser saudável e passa a obstruir nossos próprios caminhos para deixar livre a passagem das mais diversas ilusões.
Por outro lado, parte do meu raciocínio tende à discordar de toda essa história de aprendizado pela observação passiva e crê fielmente que “olhar é fácil; difícil é fazer”.
Quando fiz autoescola, vi um vídeo de como montar um motor de carro e me senti super apta a trabalhar em qualquer fábrica de motores. Claro que não consigo nem montar quebra-cabeça de 500 peças, mas visualizar tudo aquilo de um modo tão sutil e didático trouxe pra mim uma falsa ilusão de capacidade – e é aí que enxergo um viés tremendo em algumas modalidades de incentivo.
A decepção pode ser intensa se somos incapazes de fazer algo que é, aparentemente, tão simplório. Se é que vale alguma coisa, minha dica é: e daí?
Isso mesmo! “E daí” pra tudo que parece fácil e é difícil, pra tudo que parece difícil e é difícil mesmo... Nem sempre o que você vê por aí é fruto de uma única tentativa! Existe uma ferramenta essencial para o êxito: a TENTATIVA! E junto dela, vem um ônus inevitável, chamado ERRO! Tentar e errar são verbos parceiros, andando sempre juntos aconteça o que acontecer! Só vão embora quando chega um outro camarada pra roubar a cena: o “CONSEGUIR”. Mas ele nem sempre vem tão rápido quando queremos, por isso o importante é estar sempre buscando convidá-lo, cada vez mais vigorosamente, pra que ele venha até você!
Vamos conseguir?

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