terça-feira, 7 de dezembro de 2010

...my search is over

Há quem tente surpreender, fingindo fugir a regra dos desesperados, mas quando se trata de coração, não há quem negue pra si mesmo a permanência na constante busca. Ela cessa, ou pelo menos se atenua, quando estamos na companhia de alguém. Mas basta um simples deslize, um errinho bobo, que já cogitamos uma imediata volta da eterna procura pelo conjunto de preferências ambulante. Não desconsiderando os parâmetros físicos exigentes, procuramos principalmente atributos sentimentais que culminem num ser perfeito - perfeito para nossas necessidades. Aquele que abra a porta do carro, não levante antes que terminemos a refeição, tenha vinte e quatro horas de elogios, não olhe pra nenhuma outra garota e te jure amor eterno. Mas há algo curioso, que constantemente ocorre: parece que quanto mais perto a pessoa chega dessa utópica descrição, mais longe ela está de satisfazer nossa carência. E não é fácil entender o porquê: o perfeito individual já vive apenas no imaginário, quem dirá um perfeito universal. Todas essas características citadas somam um maciço de determinações do senso comum que, teoricamente, formariam alguém capaz de agradar qualquer um. Mas nossas almas são enesimamente mais seletas que qualquer imposição. A pessoa certa de cada um vem com um combo de características exclusivas, bizarras pra uns, mas na medida pra outros. O que há de comum entre essas tantas pessoas não são os meios, mas sim os fins. A felicidade constante e incontrolável que elas conseguem despertar, apenas por existirem. Os risos incontidos, juntamente com uma vontade louca de estar sempre por perto pra brincar, cuidar, sentir... É um sentimento engraçado de posse, mas não se trata de egoísmo: é uma preocupação extrema com o intuito de deixar a pessoa sempre, sempre e sempre feliz. E a melhor parte está em não se cansar desse sentimento, expressando-o com prazer dia após dia, sem enjoar da própria "melosidade". O tempo desbota alguns prazeres do caminho, mas realça também algumas cores que, de tão belas, só aparecem nas situações mais especiais. Temos medo de errar, tanto nas escolhas, quanto nas atitudes. Mas acima desse medo, mora uma vontade incessável de saber se tá tudo bem, se ninguém magoou ou se nada aconteceu aquela pessoa singular, que sabe como ninguém arrancar o sorriso mais sincero e mais esperançoso de se transformar em um beijo. É assim que é quando você encontra quem tanto procura. E sabe quando você vai querer retomar as buscas? Nunca, mesmo sabendo qe nunca... é muuuuito tempo. ;)

2 comentários:

Anônimo disse...

é realmente uma gracinha ...

Priscilla ♥ disse...

Nossa, voc escreve muito bem :)
li quase todos os seus textos, gostei bastante, vc escreve coisas de um jeito q realmente geram uma leitura interessante e a vontade de continuar a ler ...
Não pare de fazer isso, pois essas palavras são as únicas coisas qê ninguem poderá te tirar no decorrer dessa caminhada intrigante qê é a vida!
Parabéns!