A grosso modo, temos uma divisão convencionada entre corpo e alma, onde o primeiro refere-se a matéria e o segundo relaciona-se ao espiritual. Não entrarei em méritos quanto a crença de cada um, mas quero deixar claro meu conhecimento a cerca da existência dos mesmos e o respeito que eu dedico a cada um. Ambas partes citadas compõe o que conhecemos como nosso Eu, em sua totalidade e crescente expansão. Enquanto o corpo apresenta ápices de crescimento e aparente estagnação mediante ao avanço da idade, a alma não possui limitações e está sempre apta a ser alimentada - com o alimento que lhe for fornecido. Obviamente, procuramos nutri-la de boas energias na intenção de purificar e fazer bem a nós mesmos. Entretanto, simultaneamente a essa utopia caminha uma realidade árdua onde a negatividade ronda todas as ações, a espera de um pequeno deslize para que protagonize dali adiante. Além de alimentada, nossa alma precisa ser lapidada e aprender com o tempo a praticar a seletividade referente aquilo que tangencia nossa existência. Não vale a pena buscar uma alma impermeável, que não absorva nem exponha coisa alguma, pois assim sairiamos no débito devido as magníficas experiências que só se adquire ao compartilhar alguma outra. Os olhos, ditos "janelas da alma" devem estar sempre muito polidos para cuidar que não confundam o turvo com o límpido, permitindo ou obstruindo a entrada dos fluidos errados, por mérito de um injusto julgamento. Devemos sempre ter consciência do nosso individualismo e de sua necessidade, mas jamais fazer dele o pilar de nossa existência, lembrando sempre de que o coletivismo bem praticado, devidamente delimitado e explorado, é a fonte mais abundante de aprendizados imprescindíveis a evolução. É como se fossemos todos parte de um quebra-cabeça, que só se completa com a associação das peças no lugar correto. Muitas vezes consideramos inúteis algumas habilidades, mas o tempo é encarregado de nos mostrar que a sua importância só é revelada na hora certa e necessária. O mais mágico das particularidades é poder expô-las aqueles que não as possuem e dar a oportunidade de que o próximo conquiste algo que faça a ele o mesmo bem que lhe faz. Nem só de luz se vive, mas o segredo e não fraquejar mesmo nos momentos pouco ou nada alvos. A ajuda do próximo está sempre a disposição, barrada apenas pelo orgulho de cada um somado a dificuldade inata dos relacionamentos interpessoais. Temos uma vida toda para trabalhar as nossas limitações, mas quanto mais rápido conseguirmos superá-las, mais nos sobrará para ensinar a outros como fazê-lo.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
de corpo e alma.
A grosso modo, temos uma divisão convencionada entre corpo e alma, onde o primeiro refere-se a matéria e o segundo relaciona-se ao espiritual. Não entrarei em méritos quanto a crença de cada um, mas quero deixar claro meu conhecimento a cerca da existência dos mesmos e o respeito que eu dedico a cada um. Ambas partes citadas compõe o que conhecemos como nosso Eu, em sua totalidade e crescente expansão. Enquanto o corpo apresenta ápices de crescimento e aparente estagnação mediante ao avanço da idade, a alma não possui limitações e está sempre apta a ser alimentada - com o alimento que lhe for fornecido. Obviamente, procuramos nutri-la de boas energias na intenção de purificar e fazer bem a nós mesmos. Entretanto, simultaneamente a essa utopia caminha uma realidade árdua onde a negatividade ronda todas as ações, a espera de um pequeno deslize para que protagonize dali adiante. Além de alimentada, nossa alma precisa ser lapidada e aprender com o tempo a praticar a seletividade referente aquilo que tangencia nossa existência. Não vale a pena buscar uma alma impermeável, que não absorva nem exponha coisa alguma, pois assim sairiamos no débito devido as magníficas experiências que só se adquire ao compartilhar alguma outra. Os olhos, ditos "janelas da alma" devem estar sempre muito polidos para cuidar que não confundam o turvo com o límpido, permitindo ou obstruindo a entrada dos fluidos errados, por mérito de um injusto julgamento. Devemos sempre ter consciência do nosso individualismo e de sua necessidade, mas jamais fazer dele o pilar de nossa existência, lembrando sempre de que o coletivismo bem praticado, devidamente delimitado e explorado, é a fonte mais abundante de aprendizados imprescindíveis a evolução. É como se fossemos todos parte de um quebra-cabeça, que só se completa com a associação das peças no lugar correto. Muitas vezes consideramos inúteis algumas habilidades, mas o tempo é encarregado de nos mostrar que a sua importância só é revelada na hora certa e necessária. O mais mágico das particularidades é poder expô-las aqueles que não as possuem e dar a oportunidade de que o próximo conquiste algo que faça a ele o mesmo bem que lhe faz. Nem só de luz se vive, mas o segredo e não fraquejar mesmo nos momentos pouco ou nada alvos. A ajuda do próximo está sempre a disposição, barrada apenas pelo orgulho de cada um somado a dificuldade inata dos relacionamentos interpessoais. Temos uma vida toda para trabalhar as nossas limitações, mas quanto mais rápido conseguirmos superá-las, mais nos sobrará para ensinar a outros como fazê-lo.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
trying

Há seres especiais no mundo, mas não por poderes excepcionais ou dons extraordinários- não. São indivíduos que levam ao pé da letra o sentido da palavra e acabam optando - voluntariamente ou não - pelo individualismo exacerbado. Eu, por exemplo, me identifico perfeitamente com a solidão e adoro fazer dela a minha melhor companhia pra qualquer atividade. Entretanto, as pessoas que realmente querem meu bem não medem esforços pra me convencer da importância de se ter alguém pra estar com você e te amparar, mesmo quando nem você esteja ciente do risco de cair. É no conforto de si mesmo que perdemos tempo pensando em bobagens e caindo nas tentações erradas. Não que reflexão faça mal, mas fazer dela uma incessante rotina tem grande probabilidade de um final não muito feliz. Pra ajudar alguém assim, que não quer sair do seu cubo, não adianta apelar nem chantagear. Não é tarefa fácil e nem todo mundo é habilitado pra cumpri-la. Os relacionamentos nem sempre sem recíprocos, ainda mais em casos assim quando o outro lado nem sempre enxerga a boa intenção da atitude alheia. Sentimentos não são moedas de troca, e a ajuda nesse caso não é um favor que deve ser cobrado mais pra frente, é simplesmente uma atitude de afeto de quem ama para quem precisa ser amado. Tem gente cabeça dura, que vai resistir e viver reafirmando a sua autosuficiência aos quatro ventos até que todos acreditem - exceto ele mesmo. Alguns tem medo de aceitar apoio, não são seguros de si muito menos de qualquer um diferente dele próprio. Há os desconfiados, que aceitam mas não abrem mão do bom e velho "pé atrás", acompanhado sempre do "ninguem faz nada de graça". E não é serviço grátis, pois a recompensa de ver quem você gosta se reerguer na vida é incomparável a qualquer transação bancária, por mais alta que seja.Vale lembrar também que nem sempre lutar é sinônimo de vencer - a coisa flui melhor quando associamos a tentativa. Essa é sempre válida e só é garantia de derrota em uma única ocasião: quando ela sequer existe.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Pol(e)ticamente correto.

Nas proximidades da "festa eleitoral", que de festa só tem as bizarrices que se candidataram esse ano, considero imprescindível falar um pouco de política. Não sou nem de longe uma entendedora do assunto, mas acredito ser impossível estar totalmente alheia ao mesmo. Nós vivemos em uma sociedade e essa afirmação por si só é suficiente para justificar a necessidade da nossa interação com o desenrolar do cenário político. Elencamos representantes inseridos numa democracia para falar pela maioria e não para ignorá-la ou indiscriminadamente manipulá-la. O grau de instrução nem sempre é pré-requisito para atestar a inteligência de fulano, entretanto é um meio de nortear nossas impressões a cerca da capacidade do cidadão de tomar atitudes, no mínimo, coerentes. Os candidatos dessas eleições chegam a preencher esse requisito com termos do tipo "lê e escreve". Não que um curso superior queira dizer muita coisa ou seja determinante, limitante ou condicionante de aptidão pra liderança. Mas um ser humano que em pleno século XXI se aceita na condição de analfabeto funcional e ainda se julga capaz de mediar interlocuções povo/poder executivo não deve ter a menor noção da dimensão do problema. Nós, população, somos maioria inquestionável. Mas o problema maior é a nossa falta de questionamento. Mentes pensantes produzem, muito mais do que ideias, dúvidas. Criticamos bravamente os minutos da propaganda eleitoral gratuita e, quando nos damos ao trabalho de assisti-la, a maioria usa a experiência na confecção de piadas infames para se destacar na multidão de espectadores das tragédias no poder público. Acontece que rir das barbaridades que estão sendo liberadas nesse espaço é condizer com as mesmas, sem sequer ameaçar uma atitude em defesa própria. A censura proibiu por um tempo as sátiras dos programas humorísticos, mas represália nenhuma foi postulada contra os absurdos que se propagam tanto no conteúdo dos discursos políticos quanto nos personagens que concorrem aos mais importantes e variados cargos. Enquanto dermos risada da propaganda do Tiririca, afirmando não saber sequer o que faz quem ocupa o cargo ao qual está candidatado, à frente das nossas mais cruciais decisões estarão personalidades despreparadas, desprovidas do menor senso de autoridade diante das dificuldades - que não são poucas. É chato, é cansativo e aparentemente inútil, mas precisamos mudar nossas posturas e analisar a fundo as propostas, ver até onde são cabíveis e observar qual a parcela do discurso que existe com o único intuito de comover e convencer o eleitor de falsas verdades. Se a reação não partir de nós, não haverá um interventor interessado em lutar por nossos direitos. Há essa necessidade urgente de romper com o conformismo e comodismo que assolam nossos hábitos e começarmos uma reforma por conta própria. É claro que atitudes como o "ficha limpa" auxiliam numa filtragem, mas isso é apenas uma medida grosseira que exclui aqueles que já foram pegos em suas infrações. Perigosos mesmo são os que estão em liberdade, mas que já empurraram pra debaixo do tapete inúmeras malfeitorias e hoje estão aí, usando cinquenta minutos de jingles baratos pra manipular os detentores do poder e o seu objeto mais valioso: você, e o seu voto.
Vote consciente!