E se um dia, apenas um dos tantos que deixamos passar despercebidos, pudéssemos parar e voltar nossa atenção àqueles que não se queixam quando motivos não faltam, que sorriem quando motivos não há, que lutam quando forças não há de onde tirar, nesse dia conheceríamos intimamente o real significado da solidariedade. De uma vez por todas desacreditar que palavras são mais importantes que ações, que intenções se restringem ao campo das idéias, que capacidade nos falta ou limitações nos sobram. Uma presença, um ombro amigo, até mesmo uma companhia na hora que mais se precisa, seja ela para um irmão, ou para um desconhecido. Fazer o bem sem olhar a quem, guardando seu preconceito ao lado do seu egoísmo e esquecendo-os por tempo indeterminado. Estender a mão sem subestimar o seu alcance, estar preparado para ouvir gritos de dor, e ao mesmo tempo abafá-los com palavras confortantes. Ajudar o próximo, e o próximo e o que vier depois dele também, incansavelmente. Entender o porque de se denominar humano e sentir uma sede por ver o bem, fazer o bem, proporcionar o bem. Derrubar suas cercas e construir pontes, conectar os povos e mostrar que, ainda que seja nas fraquezas, todos são iguais. Enquanto o outro sofre com a dor física, sofrer com a espiritual por assim vê-lo. Mas não se render às adversidades, combater as doenças da alma, lutar pelo impossível e algumas vezes contra ele. Em troca, sorrisos. Em troca, vidas. Não perder o juízo, a paciência e nem a capacidade de acalmar os desesperados apenas mostrando a sua capacitação em ajudar seus entes queridos. Ouvir aplausos silenciosos dos olhos inflados de orgulho; salvar. Salvar uma vida, dar um novo sentido a ela, remoldá-la, reconfortá-la. Curar as fraturas do íntimo, expostas à todo sofrimento que a vida oferece. Dedicar seus dias, suas noites, seus sonos, perder seus sonhos e pesadelos em troca da versão real dos mesmos. Ver barbaridades, ser barrado pela burocracia da modernidade. Deparar-se com pessoas que não entendem o significado de uma vida, muito menos de salvá-la. Respirar fundo, acordando a cada dia com a missão de não deixar apagar a chama da esperança. Diagnosticar as dificuldades e prescrever medicamentos para que por elas se possa passar. Receitar felicidade e ensinar que se trata de dosagem ilimitada. Se ligar a Deus, agradecendo a perfeição e a possibilidade de reparar os danos que venham a surgir. Carregar de importância seus erros para que eles nunca venham a acontecer, mas principalmente saber seguir após a incidência de algum. Sentar no mesmo banco de espera que a morte - que se torna uma assídua visitante. Espantá-la, lutar ao máximo e, se de outro jeito não puder ser, aceitá-la e divulgá-la. Missões difíceis, mas não há com o que se preocupar: falamos aqui de seres extraordinários; falamos não de pessoas, mas sim de heróis.
domingo, 25 de abril de 2010
E se um dia, apenas um dos tantos que deixamos passar despercebidos, pudéssemos parar e voltar nossa atenção àqueles que não se queixam quando motivos não faltam, que sorriem quando motivos não há, que lutam quando forças não há de onde tirar, nesse dia conheceríamos intimamente o real significado da solidariedade. De uma vez por todas desacreditar que palavras são mais importantes que ações, que intenções se restringem ao campo das idéias, que capacidade nos falta ou limitações nos sobram. Uma presença, um ombro amigo, até mesmo uma companhia na hora que mais se precisa, seja ela para um irmão, ou para um desconhecido. Fazer o bem sem olhar a quem, guardando seu preconceito ao lado do seu egoísmo e esquecendo-os por tempo indeterminado. Estender a mão sem subestimar o seu alcance, estar preparado para ouvir gritos de dor, e ao mesmo tempo abafá-los com palavras confortantes. Ajudar o próximo, e o próximo e o que vier depois dele também, incansavelmente. Entender o porque de se denominar humano e sentir uma sede por ver o bem, fazer o bem, proporcionar o bem. Derrubar suas cercas e construir pontes, conectar os povos e mostrar que, ainda que seja nas fraquezas, todos são iguais. Enquanto o outro sofre com a dor física, sofrer com a espiritual por assim vê-lo. Mas não se render às adversidades, combater as doenças da alma, lutar pelo impossível e algumas vezes contra ele. Em troca, sorrisos. Em troca, vidas. Não perder o juízo, a paciência e nem a capacidade de acalmar os desesperados apenas mostrando a sua capacitação em ajudar seus entes queridos. Ouvir aplausos silenciosos dos olhos inflados de orgulho; salvar. Salvar uma vida, dar um novo sentido a ela, remoldá-la, reconfortá-la. Curar as fraturas do íntimo, expostas à todo sofrimento que a vida oferece. Dedicar seus dias, suas noites, seus sonos, perder seus sonhos e pesadelos em troca da versão real dos mesmos. Ver barbaridades, ser barrado pela burocracia da modernidade. Deparar-se com pessoas que não entendem o significado de uma vida, muito menos de salvá-la. Respirar fundo, acordando a cada dia com a missão de não deixar apagar a chama da esperança. Diagnosticar as dificuldades e prescrever medicamentos para que por elas se possa passar. Receitar felicidade e ensinar que se trata de dosagem ilimitada. Se ligar a Deus, agradecendo a perfeição e a possibilidade de reparar os danos que venham a surgir. Carregar de importância seus erros para que eles nunca venham a acontecer, mas principalmente saber seguir após a incidência de algum. Sentar no mesmo banco de espera que a morte - que se torna uma assídua visitante. Espantá-la, lutar ao máximo e, se de outro jeito não puder ser, aceitá-la e divulgá-la. Missões difíceis, mas não há com o que se preocupar: falamos aqui de seres extraordinários; falamos não de pessoas, mas sim de heróis.
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Um comentário:
Que liindo filha!
Sua visita ao hospital realmente te fez ver o mundo por outro angulo. Agora entende pq a mamãe se sente bem qdo tem a possibilidade de prestar ajuda comunitária.
Tem muita gente precisando de nós, e se ajudarmos nosso proximo já é um bom começo.
Parabens!
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