Eu não gosto de atender pedidos, de fazer o que me pedem, porque isso sempre acaba sufocando a tão prezada naturalidade. Mas, quando as vontades alheias e as minhas se fundem, aí sim se torna algo extremamente agradável de se fazer. Ao invés de atribuir e relatar as qualidades já existentes dessa pessoa, vou apenas listar detalhadamente um dia qualquer da minha rotina e posso garantir que ficará bem claro o quanto ela, ou ele, faz parte de mim. Uma manhã como todas as outras, meu celular no seu refúgio certeiro - embaixo do meu travesseiro, quase dentro da fronha. Preocupada com as horas, afinal estou de férias e tenho que garantir que estou ocupando o tempo com um gostoso excesso de nada pra fazer, abro os olhos com muita dificuldade e, ao invés de constatar realmente o horário, vejo uma mensagem. Não sei com vocês, mas sempre antes de ver o remetente imagino mil pessoas - mas apenas uma que eu realmente gostaria que fosse. E adivinha? É exatamente essa pessoa que eu tanto espero. O conteúdo da mensagem é importantíssimo, mas só de estar alí e ser de quem é surge o primeiro sorriso do dia, de muitos que essa pessoa vai me proporcionar ainda que a longa distância. Dou prosseguimento ao dia, na maioria das vezes respondendo a mensagem e dando início ao nosso contato diário via sms. Na corrida matinal, vejo pessoas sorridentes e logo meu pensamento é remetido àquele que me proporcionou o primeiro sorriso do dia. Sem falar na vida conjugal fitness que mantinhamos antes que uns contratempos abalassem nossa rotina incansável. Na hora do almoço, ligo a tevê para que essa me faça um pouco de companhia e vejo uma propaganda sobre um seriado médico. Pra quem me conhece, um pouquinho que seja, não precisa dizer o que e quem isso me lembra. Grey's Anatomy, e isso já diz muito mais do que você, eu e todo mundo pode tentar imaginar. Provavelmente o fato é relatado numa mensagem, ou eu simplesmente deito no sofá, rindo sozinha, e fico me lembrando de uma série de coisas boas. Durante a monótona tarde, vejo um filme no qual o protagonista é justamente taxado de insuportável. Sem que eu me dê conta, assim, automaticamente mesmo, começo a pensar numa pessoa que senta sempre no mesmo lugar do ônibus, tem um mesmo dentista desde os quatro anos, simplesmente abomina datas coletivamentes agradáveis, como aniversário e natal e se traduz na expressão exata "chato metódico". Hora de ir pra academia - um momento que foi, por muito tempo, compartilhado e combinado com essa mesma pessoa. Bate aquela saudadezinha chata de conversar entre as séries, de morrer de ciúmes das atiradas, de responder 'não, nós não somos namorados', de ter companhia nas aulas de spinning e abdominal, de fazer a aula de jump mais desajeitada de todas, de finalizar todos os dias com o melhor de todos os abraços, ainda que suado e melequento. Viu? Não são só momentos aleatórios, mas sim o tempo todo, sem exageros! Hoje, nos resumimos a encontros pré agendados que nem sempre podem acontecer. Mas o amor? Ah, esse só aumenta e se preserva contra todos os contratempos que pensem em surgir. Você pode ter ficado na dúvida, pensar se ele é meu amigo, meu namorado, meu marido, meu passado, meu presente, meu futuro... E a resposta? Ele não é nenhuma dessas opções: ele é tudo, todas elas juntas e traduzidas para MINHA pessoa! Matheus Mazen, como se fosse possível, eu amo você... ainda mais!quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
MP
Eu não gosto de atender pedidos, de fazer o que me pedem, porque isso sempre acaba sufocando a tão prezada naturalidade. Mas, quando as vontades alheias e as minhas se fundem, aí sim se torna algo extremamente agradável de se fazer. Ao invés de atribuir e relatar as qualidades já existentes dessa pessoa, vou apenas listar detalhadamente um dia qualquer da minha rotina e posso garantir que ficará bem claro o quanto ela, ou ele, faz parte de mim. Uma manhã como todas as outras, meu celular no seu refúgio certeiro - embaixo do meu travesseiro, quase dentro da fronha. Preocupada com as horas, afinal estou de férias e tenho que garantir que estou ocupando o tempo com um gostoso excesso de nada pra fazer, abro os olhos com muita dificuldade e, ao invés de constatar realmente o horário, vejo uma mensagem. Não sei com vocês, mas sempre antes de ver o remetente imagino mil pessoas - mas apenas uma que eu realmente gostaria que fosse. E adivinha? É exatamente essa pessoa que eu tanto espero. O conteúdo da mensagem é importantíssimo, mas só de estar alí e ser de quem é surge o primeiro sorriso do dia, de muitos que essa pessoa vai me proporcionar ainda que a longa distância. Dou prosseguimento ao dia, na maioria das vezes respondendo a mensagem e dando início ao nosso contato diário via sms. Na corrida matinal, vejo pessoas sorridentes e logo meu pensamento é remetido àquele que me proporcionou o primeiro sorriso do dia. Sem falar na vida conjugal fitness que mantinhamos antes que uns contratempos abalassem nossa rotina incansável. Na hora do almoço, ligo a tevê para que essa me faça um pouco de companhia e vejo uma propaganda sobre um seriado médico. Pra quem me conhece, um pouquinho que seja, não precisa dizer o que e quem isso me lembra. Grey's Anatomy, e isso já diz muito mais do que você, eu e todo mundo pode tentar imaginar. Provavelmente o fato é relatado numa mensagem, ou eu simplesmente deito no sofá, rindo sozinha, e fico me lembrando de uma série de coisas boas. Durante a monótona tarde, vejo um filme no qual o protagonista é justamente taxado de insuportável. Sem que eu me dê conta, assim, automaticamente mesmo, começo a pensar numa pessoa que senta sempre no mesmo lugar do ônibus, tem um mesmo dentista desde os quatro anos, simplesmente abomina datas coletivamentes agradáveis, como aniversário e natal e se traduz na expressão exata "chato metódico". Hora de ir pra academia - um momento que foi, por muito tempo, compartilhado e combinado com essa mesma pessoa. Bate aquela saudadezinha chata de conversar entre as séries, de morrer de ciúmes das atiradas, de responder 'não, nós não somos namorados', de ter companhia nas aulas de spinning e abdominal, de fazer a aula de jump mais desajeitada de todas, de finalizar todos os dias com o melhor de todos os abraços, ainda que suado e melequento. Viu? Não são só momentos aleatórios, mas sim o tempo todo, sem exageros! Hoje, nos resumimos a encontros pré agendados que nem sempre podem acontecer. Mas o amor? Ah, esse só aumenta e se preserva contra todos os contratempos que pensem em surgir. Você pode ter ficado na dúvida, pensar se ele é meu amigo, meu namorado, meu marido, meu passado, meu presente, meu futuro... E a resposta? Ele não é nenhuma dessas opções: ele é tudo, todas elas juntas e traduzidas para MINHA pessoa! Matheus Mazen, como se fosse possível, eu amo você... ainda mais!sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
O "pra sempre" sempre...
A começar pelo bom dia. Não esperamos em troca um "boa tarde" ou um silêncio inoportuno, o que é uma tragédia quando ocorre pois ser deixado no vácuo está, com certeza, no topo da lista de coisas desagradáveis. Sabemos que o ouvinte, que em breve se tornará locutor, irá atuar com reciprocidade e desejar, que seja da boca pra fora, um bom dia também. A tendência do recíproco também não deixa de pertencer ao campo das vontades, pois há aquelas situações onde as pessoas não atuam como esperamos - conhecidas como surpresas. Podem ser boas ou nem tão confortáveis quanto se imagina. Afunilando nossos vínculos com as pessoas, esperamos torná-las parte de nós, conhecer seus hábitos e manias, compartilhar dos mesmos pensamentos, sem ignorar os estranhamentos esporádicos. Quando amamos alguém, esperamos que todo o zelo com o qual cuidamos do referido seja equivalente àquele que esperamos ser tratados. Como você pode imaginar ou simplesmente relatar por experiência pessoal, nem sempre é. Nem quando se tem certeza, se pode tê-la assim, de forma absoluta. Pessoas são seres facilmente sucetíveis a mudanças e não há vontade no mundo que seja grande o suficiente para petrificar uma pessoa num molde tido como ideal e esperar que ela o siga enquanto viver. Felizmente não se pode fazer isso, pois a rotabilidade nas características e atitudes é que faz o mundo poder dar suas tão citadas voltas e cada pessoa poder se apaixonar ou odiar ilimitadamente. Nesse mar de alterações e permanências fica difícil determinar um "para sempre", ainda que esse sentimento se mostre aparentemente fixo e bem resolvido para durar todo esse tempo. O hoje já é tempo demais para as oportunidades irem e virem, contar com um amanhã é tão incerto quanto esperar o ontem voltar. Nossas vontades, desejos, sonhos e promessas são também passageiros, e não adianta torcer o nariz para afirmar o contrário. É besteira esperar das pessoas o comportamento dos seus sonhos ou projetar nelas atitudes que você próprio não consegue ter. Pois já disse um sábio que viveu na minha época, lecionando uma matéria não muito agraciada pela maioria, digamos assim... "O tempo é inexorável" . Realize-se enquanto pode utilizando o máximo possível a sua vida como palco - não busque atuar em outro lugar e deixar a sua platéia esperando.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
15:54

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Mathesis Megiste
Dizer que a escrita não é algo vital é ignorar que a mesma representa um marco na história da humanidade. Evoluímos da pré-história devido o início da produção de símbolos, sem que se pudesse imaginar que estes evoluiriam para polêmicas e particulares palavras. A partir daí, as simples junções de letras ganharam significados grandiosos, tornando poderosos àqueles que as detivessem. Na idade contemporânea, as palavras são, de tão presentes, quase membros despercebidos pela naturalidade como compõe o nosso cenário. Utilizamos em todos os momentos, dos mais casuais aos mais decisivos e tensos. Um dos artifícios que permite conhecer o próximo e suas intenções é a interpretação daquilo que ele diz/escreve e uma suposta análise de qual seria o alvo a ser atingido com aquela atitude. Porém, nem sempre conseguimos adivinhar com a mínima exatidão necessária o que há para ser passado através dos escritos ou falas. Procuro não me preocupar com a má interpretação, pois infelizmente tudo que produzimos está sucetível a avaliação tendenciosa de olhos pré-determinados a encontrarem apenas o que procuram. E, se pra isso for necessário realizar algumas distorções casuais no que está escrito, assim o farão sem pensar duas vezes. É complexo avaliar a má intenção nessa prática, porque ela se extende a noventa e nove por cento das pessoas! Se vemos um texto, ou simples palavras aleatórias vindas de pessoas que gostamos, já fazemos uma leitura particular tentando atribuir fatos reais a palavras, quando muitas vezes elas são sim meras obras do acaso e não fazem referência a nós nem por um instante. Mas, preferimos adotar esse método a sofrer com os horrores da frustração. Como quase tudo na vida, o melhor a fazer é tentar ser o menos paranóica possível e explanar mais e melhor a gama de opções que se tem ao fazer uma leitura, com todas as possíveis interpretações, tentar deixar de querer avaliar cada vírgula e aprender a ler e entender quando é hora de um ponto final.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Não tem hora pra chegar.

Hoje o dia acordou com uma cara bonita, e eu com a minha recém adquirida disposição matinal. Num passeio no parque, muitas pessoas em família, mas família mesmo com todos os membros, inclusive os que eu denomino como mais fiéis: os cães.
Não sei se é o sentimento de segurança, de carinho, de dependência e proteção que um cachorro transmite, mas são seres tão agradáveis que parece impossível não se apegar a um. Há uns bons dez anos atrás, havia um personagem desses na minha história. Meu pastor alemão, o qual media poucos centímetros quando o ganhei mas que, em uma semana de viagem, cresceu o suficiente para se tornam praticamente irreconhecível. Praticamente, porque o tamanho alcançado em nada modificou aqueles olhinhos brilhantes de felicidade ao me ver chegando no portão. Não sei como deve ser a maternidade, mas a sensação deve conseguir ser ainda maior do que a emoção que se tem ao rever seu bichinho, a preocupação que ficamos ao vê-lo doente ou simplesmente triste. Minha companhia diária, era com esse cachorro que eu costumava desabafar meus problemas. E, como todo bom dono de cachorro, eu podia jurar que ele entendia perfeitamente bem meus dilemas e que quase me aconselhava sobre os mesmos. Mas o problema nisso tudo foi a precocidade com a qual eu tive que lidar com uma das situações mais difíceis de todas: a morte. Como se desfazer de um companheiro tão especial, que de perigoso só tinha o jeito estabanado e que me fazia aquele bem incomparável ? Foi, de longe, difícil. A gente assiste filmes do tipo 'Marley e Eu' e pensa até ser exagero a possibilidade de se apegar tanto a um ser irracional. Irracional é o termo mais inadequado possível, pois eu posso assegurar que o meu animal de estimação era muito mais inteligente que muita gente que eu conheço. Mas, o fim foi inevitável e de muito sofrimento. A partir daí, até tentei ter outros bichinhos, mas um sentimento ruim, uma mistura de receio e falta de vontade, foi mais forte que eu e acabei doando um a um. Não há um dia que eu não me imagine correndo no parque com meu cachorro, deitando no chão e vendo os movimentos dele me acompanharem para uma maratona de falta do que fazer, cuidar dele como se fosse parte da família... mas ele era, ele sempre foi !
Pode parecer estranho pra vocês um texto sobre um cachorro, mas garanto que ele era suficientemente digno para receber uma homenagem assim, que é até singela demais para aquela figurinha! Ah, que saudade. Não há arrependimento, pois todo carinho que eu poderia fornecer, eu forneci... ainda que tenha recebido centenas de vezes mais do que transmiti. A dica de quem perdeu um ser tão único é que tenham a devida ESTIMA pelo seu animal de estimação.
ps: Eu acredito sim que ele está no céu dos cachorros, com internet, e com os olhinhos lacrimejando de saudades de mim, assim como eu tô dele! rs
sábado, 9 de janeiro de 2010
...que contagia! "

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
NEW

Reinventar, Renascer, Recomeçar... Parece que esse prefixo dá um toque todo especial a esses verbos tão intensos, né? Mas, acima disso, eles mostram o quão importante é aproveitarmos uma capacidade única: de persistir. A desistência quase sempre aparece como a opção mais cômoda, mas raramente a comodidade vai nos levar ao êxito. Lutas, batalhas, guerrilhas, sejam no sentido filosófico ou no literal, causam muito sofrimento e, ao contrário do que contam as historinhas, nem sempre trazem recompensas ao final. Mas, ainda assim, é sempre válida a busca, a conquista e a ousadia, pois só quem ganha algo por mérito sabe reconhecer a valiosidade desse sentimento. Numa balança entre prós e contras em lutar por uma causa, não há porquê dizer que pende para os prós quando sabemos que a realidade evidencia o peso dos fatores adversos. No entanto, eis uma situação qualitativa, e não quantitativa: independente do que te faça desistir, a recompensa pessoal de estar persistindo é suficiente motivador para que você prossiga. É importante também lembrar que renovar não significa livrar-se dos velhos e valorizar apenas o que vier daqui pra frente. Nesse caso, falo de renovar o seu modo de ver o mundo, o jeito que você escolheu de amar uma determinada pessoa... Reinventar a sua própria vida, mas sem deixar de vivê-la. Então, é nesse clima de esperanças e boas energias que eu encerro a recessão criativa do blog e dou início a mais um ano de muita ladainha pros ouvidos (ou no caso, olhos) de vocês! Que cada um desses pouco menos de 365 dias que estão por vir sejam particularmente especiais e bem aproveitados!