Teorias diversas sobre a solidão tentam solucioná-la sem nem se preocupar se realmente ela caracteriza um problema. Cada vez mais em minha companhia e com uma análise rápida do meu histórico, percebo que a solidão, pra mim, é quase uma amiga. Há choros e problemas que só ela conhece e se importa...Lamentações que os outros sequer se preocupam, pois nem tem conhecimento de tais. Sempre que mais preciso, vejo que não estou tão rodeada por amigos como eu pensei que seria; as vezes, me falta a companhia até daqueles mais presentes nos momentos difíceis.
Ficar sozinho quando não se quer é muito ruim no começo, mas altamente valioso no final. Aprendemos que nós nos bastamos, e que o que os outros nos somam, apenas acrescenta o nosso total. Não dependemos de ninguém, se não da nossa capacidade de sobreviver sendo nossos próprios companheiros. Afirmações históricas preconizam que 'ninguém consegue ser feliz sozinho', mas aí depende de outra definição: o que é felicidade? São tantas as possibilidades, que deve haver aqueles que conseguem sim contentar-se com ouvir apenas a si. Não sei se é o meu caso; sou muito feliz com pessoas. Mas a questão é que me viro bem - e cada vez melhor - com essa tão temida ausência. Pode ser que o costume venha com o tempo, e me deixe cada vez mais a vontade assim, por mim mesma. Também é possível que todo esse conforto associado a solidão venha da camuflagem que ela propõe. Não há mal pra atingir, não há palavras rudes, nem pessoas tentando transformar você em um monstro de mil cabeças - que você sabe que não é. Não precisamos medir palavras, com medo de ferir, e acabar sendo ofendido em troca de tanto zelo. Não há preocupações com os preconceitos, injustiças, julgamentos... Deve haver o lado ruim, a versão sombria e doentia da solidão, como pra tudo que se define. Mas quando ela é uma opção, trata-se de uma escolha muitas vezes sã - desde que não seja a única.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
mudar. por que?
Depois de tantos discursos sobre a necessidade de mudanças, só me resta uma indagação: porque?
Porque mudar algo que nos deixa feliz? Há quem garanta que é pra que possamos crescer, aprender... Hoje só acho tudo injusto e extremamente doloroso.
O maior problema é o passado, que insiste em dar as caras só pra mostrar o quanto tudo, antes de mudar, era incrivelmente bom.
Minha situação, em particular, dói um pouquinho todo dia, as vezes mais, as vezes menos.
Meu passado tinha mais felicidade. Era bobagem, tweets antigos recheados de tanto amor, que até doía os olhos alheios - mas enchia os meus de felicidade e segurança.
Eu fazia falta até causar apneia - hoje, não devo causar nenhum desconforto significativo.
Antes, eram segundos contados até que eu chegasse - hoje, talvez as horas possam passar despercebidas.
Será que é natural, como muitos dizem, é coisa que ''acontece com o tempo''? Se fosse assim, porque eu estaria sentindo tanto? Também não sei dizer.
Pode ser egoísmo puro da minha parte, não descarto essa possibilidade. Eu posso exigir que eu tenha pra sempre o mesmo valor? Definitivamente, não.
Hoje eu, que sou metida a dar conselhos, preciso de uma fórmula mágica. Não uma que obrigue alguém a me amar pra sempre, mas sim uma que me devolva o brilho que eu tinha tempos atrás. Algo que me faça de novo aquele motivo tão importante, algo a ser cuidado e preservado.
Não reclamo de como as coisas vão hoje, continuo gostando da minha realidade. Mas cada dia, quando acordo, sinto um pedacinho morrendo depois de tanto lutar pra voltar a ser feliz como já foi tempos atrás.
Sempre me pergunto, o que mudou? Se eu soubesse, talvez poderia restaurar as coisas como eram e viver me afogando em felicidade de novo.
Mas, e depois? Será que essa hora, de indagações e sofrimentos pequenininhos, ia chegar de novo? Eu teria, de qualquer forma, que lidar com esse momento? Estaria simplesmente adiando um futuro inevitável?
Mais uma vez, também não sei. Como já deu pra ver, não sei de muita coisa. Sei só que gostaria de voltar a significar mais, porque essa diminuição na qual eu me encontro tem diminuído minhas motivações; e sem elas, sobra o quê?
Tava precisando desabafar, tem algo entalado, errado, desconfortável... mas que não consigo consertar, nem refazer, nem restaurar. É uma confusão sem fim, cada dia acordando com a certeza de significar menos, e menos, e menos... me preparando pro dia que não significar mais nada. Dá pra imaginar o quanto é chato viver a espera desse dia, sem saber se estou ou estarei preparada pra sua chegada? Pois é.
Fácil não tá, mas enquanto tá tolerável... Deixa o amanhã trazer as novidades - sejam elas boas, ou nem tanto.
Porque mudar algo que nos deixa feliz? Há quem garanta que é pra que possamos crescer, aprender... Hoje só acho tudo injusto e extremamente doloroso.
O maior problema é o passado, que insiste em dar as caras só pra mostrar o quanto tudo, antes de mudar, era incrivelmente bom.
Minha situação, em particular, dói um pouquinho todo dia, as vezes mais, as vezes menos.
Meu passado tinha mais felicidade. Era bobagem, tweets antigos recheados de tanto amor, que até doía os olhos alheios - mas enchia os meus de felicidade e segurança.
Eu fazia falta até causar apneia - hoje, não devo causar nenhum desconforto significativo.
Antes, eram segundos contados até que eu chegasse - hoje, talvez as horas possam passar despercebidas.
Será que é natural, como muitos dizem, é coisa que ''acontece com o tempo''? Se fosse assim, porque eu estaria sentindo tanto? Também não sei dizer.
Pode ser egoísmo puro da minha parte, não descarto essa possibilidade. Eu posso exigir que eu tenha pra sempre o mesmo valor? Definitivamente, não.
Hoje eu, que sou metida a dar conselhos, preciso de uma fórmula mágica. Não uma que obrigue alguém a me amar pra sempre, mas sim uma que me devolva o brilho que eu tinha tempos atrás. Algo que me faça de novo aquele motivo tão importante, algo a ser cuidado e preservado.
Não reclamo de como as coisas vão hoje, continuo gostando da minha realidade. Mas cada dia, quando acordo, sinto um pedacinho morrendo depois de tanto lutar pra voltar a ser feliz como já foi tempos atrás.
Sempre me pergunto, o que mudou? Se eu soubesse, talvez poderia restaurar as coisas como eram e viver me afogando em felicidade de novo.
Mas, e depois? Será que essa hora, de indagações e sofrimentos pequenininhos, ia chegar de novo? Eu teria, de qualquer forma, que lidar com esse momento? Estaria simplesmente adiando um futuro inevitável?
Mais uma vez, também não sei. Como já deu pra ver, não sei de muita coisa. Sei só que gostaria de voltar a significar mais, porque essa diminuição na qual eu me encontro tem diminuído minhas motivações; e sem elas, sobra o quê?
Tava precisando desabafar, tem algo entalado, errado, desconfortável... mas que não consigo consertar, nem refazer, nem restaurar. É uma confusão sem fim, cada dia acordando com a certeza de significar menos, e menos, e menos... me preparando pro dia que não significar mais nada. Dá pra imaginar o quanto é chato viver a espera desse dia, sem saber se estou ou estarei preparada pra sua chegada? Pois é.
Fácil não tá, mas enquanto tá tolerável... Deixa o amanhã trazer as novidades - sejam elas boas, ou nem tanto.
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