Todo momento da vida é propício a descobertas. Um ano é o espaço de tempo que escolhemos delimitar para armazenar acontecimentos importantes, que coincidem com a marcação do nosso próprio tempo de vida. E mais um desses períodos acaba de iniciar o fim do seu ciclo hoje, dia trinta e um de dezembro de dois mil e dez. Não sei se é hipérbole afirmar que aconteceram milhões de coisas, mas na dúvida, posso afirmar com certeza que o número de acontecimentos foi tão grande quanto à importância particular de cada um, pelo menos no meu ano. O ano que eu compartilhei com cada habitante do planeta, mas que teve uma dimensão única, complexa e essencial na minha vida. Os tão esperados dezoito anos, meu carro e minhas responsabilidades que vieram no porta-malas. A faculdade, suas greves e o aprendizado, principalmente de que as festinhas de faculdade dos filmes podem sim ter sua semelhança com as da vida real. As viagens com os amigos, e a descoberta de como é ser responsável por si e pelo outro – e o quanto isso é difícil. Os amigos, ah... os amigos. Esses vieram aos montes recheando a lista antiga e fazendo com que ela ficasse ainda maior e melhor. Tive aventuras inenarráveis, compartilhei segredos impressionantes e conheci as melhores pessoas do mundo. Algumas eu já sabia quem era, mas nesse ano pude aprofundar-me em suas histórias – das mais hilárias as mais entristecedoras. Os amores se foram, voltaram, perpetuaram, desmancharam... Foi uma parte meio confusa, mas cujos nós se desataram logo no finalzinho do ano, a tempo de me presentear com um bem diferente dos que passaram pela minha vida até então. O campo familiar não pode ficar de fora, mas dele guardo apenas o quanto senti a presença daqueles que são minha base, junto de mim nas quedas e nas premiações. A vida amadureceu nesse ano, me deparei com situações novas e difíceis, mas com a ajuda de tantas pessoas especiais e de uma lá de cima que vive me guiando, consegui desvencilhar todo e qualquer obstáculo e cheguei ao fim de mais um ano com um saldo positivíssimo de conquistas. Obviamente não me desfiz da boa e velha listinha de ano novo, mas aprendi com as novas experiências a preenchê-la com coisas minimamente possíveis, para evitar frustrações no próximo post de retrospectiva. Meu blog foi muito comentado esse ano por pessoas variadas, e seu menor sucesso já me traz uma alegria imensa – não há lógica pro quanto é importante saber que sou lida (e até aquela passadinha rápida pela página tá valendo nessa contagem!). Pra vocês, que acompanharam toda a trajetória de postagens subjetivas, saibam que estiveram partilhando de grande parte da minha vida e dos fatos mais marcantes que transitaram por ela nesse ano. Pra você que tá passando por acaso, sinta-se convidado nesse 2011 a viver suas horas de ociosidade de um novo jeito, com algumas palavras aleatórias formando pensamentos não muito concisos. FELIZ 2011!
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
"Há coisas sobre mim que você precisa saber. Veja bem que minhas palavras em momento nenhum elucidam garantia sobre o quanto apreço você terá pelas descobertas, mas eu preciso que você saiba, até daquelas que mais vão doer. Quero que você saiba que, pela manhã, meu humor é estável, mas não um estável bom. Ele é consistentemente negativo, e em momento algum procuro disfarçar tamanha negatividade. Gosto e não gosto de telefone, mas predominam os dias que esse meio de comunicação me irrita tanto quanto acordar. Não sei como você vai fazer pra adivinhar qual dia pertence a qual grupo: fica lançado mais um desafio incluso no pacote de viver ao meu lado. Não gosto de muitas pessoas, a maioria apresenta o sentimento contrário por mim; pouco me importa, reciprocidade pra mim só existe quando há bons motivos para tal. Dou valor a minha individualidade e pretendia falar sobre ela como incomparável, mas nos últimos dias a sua companhia tem sido uma opção suficientemente tentadora pra me fazer repensar sobre isso. Sofro de ciúmes múltiplos, mas grande parte das vezes inconfessáveis, seja por seu caráter bobo ou por ser realista demais. Quando estou sozinha em casa, gosto de fazer coisas inúteis, do tipo tocar meu violão desafinado e cantar composições próprias. Sobre elas, garanti por muito tempo que seriam inacessiveis aos meros mortais, mas tenho que confessar que já tive vontade de mostrá-las a você. As vezes, quando você não tá olhando, eu fico reparando no jeito como você sorri e olha despercebido pras coisas, até que encontra o meu olhar fixo em você. Eu, no seu lugar, ficaria assustado... mas você, incrivelmente, intensifica o sorriso e corresponde minha fixação com um carinho. Ah, eu também simplesmente a-d-o-r-o os seus abraços, desde os mais violentos aos mais carinhosos. Eles fazem uma falta danada nos dias que não te vejo. Me preocupo de verdade com você e quando pergunto se comeu, o que comeu e quando comeu é porque eu realmente me importo com esses e mais um monte de detalhes que envolvem seu bem-estar. Pra falar a verdade, sempre tirei sarro de quem ficava ligando pros namorados, perguntando sobre o que eles almoçaram. Fala sério, porque elas querem saber isso? Hoje, eu tenho uma boa noção do quanto essas coisinhas bobas são importantes pra gente saber que a pessoa que amamos tá bem! Admiro sua preocupação, seus ciúmes esquisitos de pessoas aleatórias, suas mensagens... Fico roxa de raiva quando meus créditos acabam e eu não posso responder que 'sim, tô morrendo de saudades de você também". Não me importo com comentários alheios sobre o quanto somos grudados e, honestamente, não acredito que isso seja só uma fase. Mas se for, tenho que confessar também que desejo a duração de umas três eternidades pra esse período que estamos vivendo. Há muitas outras coisas que você precisa saber sobre mim, mas vou te dar a missão de continuar ao meu lado pra ir descobrindo uma a uma, ao mesmo tempo que me mostra mais detalhes sobre você. Enquanto isso, a coisa mais importante que cabe a você saber é que um dos sentimentos mais bonitos e mais sinceros que eu desenvolvi, foi você quem despertou. "