Todo nosso envolto de postura e convicções se desmancha diante dos mais bobos dilemas. Talvez o mais frequente deles se traduza no medo que domina os corações dos apaixonados de plantão. Parece que a palavra "relacionamento" abalada as estruturas de modo a não deixar nada no lugar. O que antes era natural, passa a se mostrar em atitudes travadas, artificias, tão coradas pelo medo quanto nossas bochechas ruborizadas pela vergonha - que antes, sequer existia. Pode ser a descoberta de um novo sentimento por uma nova pessoa ou - a pior espécie, ao meu ver - um novo sentimento por um alguém desconhecido. Até o bom dia carismático e inocente já não se formula mais, pois parece ficar travado entre os dentes cerrados por trás de um estático sorriso de quem tem muito a dizer mas pouca coragem pra fazê-lo. Quem assiste na plateia se desmancha aos risos de ver o quanto é divertido observar as armadilhas da vida sentimental. Entretando as gargalhadas tem um singelo prazo de validade, já que amanhã a vítima pode ser um ex-expectador da vida alheia. O fato é que não escapamos disso, muito menos temos solução pra esse ''embobamento'', que é até gostoso de se viver. Não podemos é disvirtuar para o lado das complicações generalizadas, que começam a cultivar brigas em situações bobas e sumir com todo o sentimento, até aquele inicial e confuso que originou todo o cenário seguinte. Emoções são meio traiçoeiras sim, mas inevitáveis e vitais. Elas não vem com manual de instrução - que eu trocaria facilmente por uma confiável listagem de contra indicações. Estamos sujeitos às rejeições e a rejeitar também, por isso não cabe sentir raiva por essa ou aquela pessoa que não estava na mesma sintonia que você. Outro erro banal e frequente é tentar escolher por quem vamos desenvolver nossas paixonites, principalmente aquelas que culminarão em algo mais forte e verdadeiro. Devemos mesmo é apostar na espontaneidade dessa escolha, e confiar no que o destino nos reservar. Se não der certo? " A vida é um constante processo de reapaixonamento".
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Palpite.
Todo nosso envolto de postura e convicções se desmancha diante dos mais bobos dilemas. Talvez o mais frequente deles se traduza no medo que domina os corações dos apaixonados de plantão. Parece que a palavra "relacionamento" abalada as estruturas de modo a não deixar nada no lugar. O que antes era natural, passa a se mostrar em atitudes travadas, artificias, tão coradas pelo medo quanto nossas bochechas ruborizadas pela vergonha - que antes, sequer existia. Pode ser a descoberta de um novo sentimento por uma nova pessoa ou - a pior espécie, ao meu ver - um novo sentimento por um alguém desconhecido. Até o bom dia carismático e inocente já não se formula mais, pois parece ficar travado entre os dentes cerrados por trás de um estático sorriso de quem tem muito a dizer mas pouca coragem pra fazê-lo. Quem assiste na plateia se desmancha aos risos de ver o quanto é divertido observar as armadilhas da vida sentimental. Entretando as gargalhadas tem um singelo prazo de validade, já que amanhã a vítima pode ser um ex-expectador da vida alheia. O fato é que não escapamos disso, muito menos temos solução pra esse ''embobamento'', que é até gostoso de se viver. Não podemos é disvirtuar para o lado das complicações generalizadas, que começam a cultivar brigas em situações bobas e sumir com todo o sentimento, até aquele inicial e confuso que originou todo o cenário seguinte. Emoções são meio traiçoeiras sim, mas inevitáveis e vitais. Elas não vem com manual de instrução - que eu trocaria facilmente por uma confiável listagem de contra indicações. Estamos sujeitos às rejeições e a rejeitar também, por isso não cabe sentir raiva por essa ou aquela pessoa que não estava na mesma sintonia que você. Outro erro banal e frequente é tentar escolher por quem vamos desenvolver nossas paixonites, principalmente aquelas que culminarão em algo mais forte e verdadeiro. Devemos mesmo é apostar na espontaneidade dessa escolha, e confiar no que o destino nos reservar. Se não der certo? " A vida é um constante processo de reapaixonamento".
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
other way

Existe, então, uma fórmula mágica absoluta e universal com a finalidade de nos guiar, seja quem e como for e em qualquer relacionamento? Como eu pensava, não. Somos todos submissos à relatividade, e é ela que determina o comportamento adequado (ou não!) a cada situação. Não dá pra prever o que vai funcionar ou o que vai culminar no inevitável erro. Dá mesmo é pra arriscar, se poupar, acreditar ou apenas fingir que acredita. A gente espera da vida tudo aquilo que ela pode proporcionar, sejam essas coisas agradáveis ou angustiantes. Esperamos das pessoas que nos façam rir a todo momento, e em troca achamos suficiente fazê-las chorar. Acreditamos que todas as pessoas do mundo são obrigadas a saber cada um dos nossos gostos, a nos abraçar quando faz frio, nos fazer dormir quando temos sono. Somos egoístas, sim! Queremos sempre ouvir algumas notas no violão do tema do nosso filme preferido, ou que nos tragam 300ml de café numa noite fria. Que nos despertam uma sensação singular de afeto, de proteção, de medo de perder. Mas, em contraponto aquilo que queremos, há a cruel realidade que muitas vezes destinas tantos cuidados a outras pessoas, e não a nós. Mas nós, de forma alguma, perdemos nossos desejos, apenas tentamos canalizá-los a outros que possam em algum momento realizar nossos desejos. Obviamente, nessa mudança perde-se grande parte da emoção e do sentimento, mas é de perdas e adaptações que a vida é feita desde sempre. Há também o poder do tempo, que age de maneiras variadas, sutis ou drásticas, arrancando ou arrastando pessoas até nós o tempo todo. Cabe a nossa exótica sabedoria selecionar os candidatos certos as vagas adequadas e deixar o coração seguir, procurando e construindo brechas, aprendendo e desaprendendo a amar as pessoas erradas de sempre.
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